Principais Eventos e Indicadores
Veja aqui os eventos da próxima semana
Próxima semana
Devido ao feriado de ano novo a agenda econômica da próxima semana será reduzida. Será também uma semana de indicadores com menor relevância. O destaque doméstico serão as divulgações da utilização da capacidade instalada pela CNI na quarta-feira (02) e a inflação da cidade de São Paulo divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) na sexta-feira (04). Para o IPC-FIPE nossas projeções, tanto para a publicação que abrange o período da terceira semana quanto para o consolidado do mês, apontam para variação nula (0,00%).
No exterior os destaques são a divulgação do Payroll nos Estados Unidos e também da taxa de desemprego. A expectativa de mercado é de criação de 180 mil vagas de emprego e de manutenção da taxa de desemprego em 3,7%.
Semana Anterior
A semana encurtada pelas festividades de Natal teve a agenda econômica esvaziada. Os destaques foram o IGP-M e a PNAD (taxa de desemprego), ambos divulgados hoje.
O IGP-M recuou para -1,08% em dezembro, resultado que ficou próximo à expectativa do mercado e abaixo da nossa (-1,10% e -0,99%, respectivamente), após queda de -0,49% no mês anterior. O destaque da queda ficou por conta dos preços ao produtor (IPA), que intensificou a queda de -0,81% no mês anterior para -1,67% em dezembro, impulsionado pelo recuo dos preços industriais (de -0,24% para -1,77%), enquanto os preços de produtos agropecuários registraram variação menos negativa (de -2,51% para -1,35%). O IPC, índice de preços ao consumidor, por sua vez, variou de +0,09% para +0,04% em dezembro, com destaque para o grupo Transportes (de -0,10% para -0,90%). Por fim, o INCC, que mede os preços da construção civil, registrou variação de +0,13% no mês, ante alta de +0,26% em novembro. Com isso, o IGP-M acumulou alta de +7,54% no ano de 2018. Com os números mais atuais de inflação colocamos viés de baixa para nossa projeção de 0,08% para o IPCA dezembro.
Os dados da PNAD (taxa de desemprego) continuaram mostrando um mercado de trabalho fragilizado. Na margem a taxa de desemprego caiu de 11,7% para 11,6%, entretanto em termos dessazonalizados permaneceu estável em 12,1%. Na abertura dos dados os destaques ficam por conta da moderação do ritmo de crescimento da população ocupada, que tinha ganhado ímpeto em meados do ano. Além disso também chama a atenção a forte criação da vagas informais sem repercussão em vagas formalizadas. Neste sentido, o mercado de trabalho ainda segue em ritmo de recuperação moroso com repercussões sobre a renda e, também, inflação.
Rafael G. Cardoso, economista-chefe
rafael.cardoso@bancodaycoval.com.br
Antônio Castro
antonio.castro@bancodaycoval.com.br