Este artigo, com análise de Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, apresenta um resumo das principais tendências econômicas para outubro no Brasil e no exterior, com foco nos últimos dados de mercado, projeções e expectativas.
O cenário econômico de outubro segue marcado por cautela diante das tendências internacionais e nacionais. O acompanhamento de inflação, PIB, juros e política fiscal é fundamental para decisões de investimento.

Cenário Internacional
Nos Estados Unidos, o mercado de trabalho dá sinais de enfraquecimento, com criação média de apenas 29 mil vagas em agosto, bem abaixo da média histórica. O PIB do 2º trimestre, porém, cresceu 3,8% ao ano, puxado por serviços. A inflação mostra quadro mais benigno, apesar de pressão nos serviços. O Federal Reserve mantém cautela devido à desancoragem parcial das expectativas inflacionárias. Projeta-se dois cortes de 0,25 p.p. na taxa de juros em 2025 (para 3,50%-3,75%) e novo corte em 2026 (3,25%-3,50%).
Cenário Brasil
A projeção do PIB brasileiro permanece em 2,1% para 2025 e 1,9% para 2026. A indústria segue enfraquecida, impactada por tarifas dos EUA sobre bens intermediários, enquanto transportes e serviços financeiros mantêm resiliência. O crédito desacelera, com crescimento projetado em 3,8% para 2025 (6,4% em 2024), inadimplência alta e spreads elevados. No campo fiscal, a meta de 2025 deve ser cumprida no limite inferior, com desafios crescentes para 2026. A inflação foi revisada para 4,8% em 2025, principalmente pela queda dos alimentos, e para 4,1% em 2026, devido ao aumento do ICMS sobre combustíveis.
Selic: Projeções
A Selic deve permanecer em 15% ao fim de 2025, com início do ciclo de cortes previsto apenas para janeiro de 2026, em ritmo gradual, até 11,5% ao fim do ano.
Conclusão
O contexto macroeconômico de outubro reforça a importância de cautela. As atenções seguem voltadas ao mercado de trabalho e aos próximos passos fiscais e monetários, no Brasil e lá fora.
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