Desde sua apreciação recente, quando o real se valorizou e retornou ao patamar de R$ 4,92, parte das expectativas sobre a trajetória futura da moeda também mostrou que o real poderia continuar em um patamar mais contido, orbitando ao redor R$ 5,00. No entanto, nas últimas semanas temos assistido uma depreciação de 10%, levando o preço da moeda americana para R$ 5,32. Essa piora da moeda ocorre principalmente pela elevação dos riscos domésticos, especialmente da política.
Toda piora na percepção do risco no país eleva a incerteza, principalmente dos investidores estrangeiros. Uma incerteza maior sobre a trajetória futura do país reduz o fluxo de investimento do exterior para o Brasil, assim como diminui as posições estrangeiras em ativos financeiros. Este movimento reverso de compra de dólares para alocação em ativos mais atrativos no exterior fomenta a desvalorização da moeda. Já a piora do risco vem, principalmente, de ruídos políticos na condução fiscal do país e nos atritos entre os poderes, protagonizados pelo Executivo e o Judiciário.
Pautas positivas que contribuem para a melhora do ambiente de negócios, como a reforma administrativa e a reforma tributária, têm perdido espaço nas prioridades do país. E, como sabemos, essa depreciação da moeda piora a trajetória de preços, pois afeta fortemente produtos dolarizados ou cuja cadeia de suprimento contenha algum componente dolarizado. Preços elevados afetam a economia como um todo.
E para você empresário ou empresaria que fica exposto às variações da moeda americana, faça uso de proteções de hedge cambial para evitar custos de movimentações bruscas da taxa de câmbio.