Veja aqui os eventos da próxima semana
Principais Eventos e Indicadores
Próxima semana
No Brasil, a próxima semana terá diversos eventos domésticos relevantes. O destaque sem dúvidas será a reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil. Nós esperamos que haja manutenção da taxa SELIC em 6,5%. Além disso, também esperamos alguma mudança na comunicação do BCB reconhecendo a melhora do balanço de riscos e sinalizando com a estabilidade da taxa SELIC durante algum período.
No decorrer da semana também haverá divulgação de importantes dados de atividade econômica, como a Pesquisa Mensal do Comércio – PMC, também conhecida como vendas no varejo (quinta-feira), e a Pesquisa Mensal de Serviços (sexta-feira). Além disso também serão divulgados o IPC-Fipe (terça-feira) e o IGP-10 (sexta-feira) para os quais projetamos 0,04% e -1,37% na margem, respectivamente, e 7,77% em12 meses para o IGP-10.
No exterior os destaques serão a divulgação da inflação norte-americana (quarta-feira), a decisão de política monetária da zona do euro (quinta-feira) e dados de atividade na China. Além destes dados haverá divulgação de PMI’s de diversas regiões.
Semana Anterior
Nesta semana os principais indicadores publicados foram: IPCA, IGP-DI e Pesquisa Industrial Mensal.
O IPCA registrou deflação de 0,21% no mês de novembro. Tal valor foi abaixo da nossa expectativa de deflação de 0,10% e do mercado de 0,09%, com este valor o índice acumula em 12 meses alta de 4,03%.
Na abertura vemos que os principais responsáveis foram, conforme havíamos destacado anteriormente, as categorias de habitação e transportes. Dentro destas categorias os itens de maior queda foram combustíveis (-0,15p.p) e energia elétrica residencial (-0,16p.p).
Além disso, os núcleos apresentaram comportamento benigno o que, em nossa opinião, reforça nosso cenário de inflação controlada e manutenção da taxa de juros estável nos próximos trimestres.
Outro indicador de inflação que também nos surpreendeu foi o IGP-DI cujo valor foi -1,14%. O resultado abaixo muito abaixo da nossa projeção (0,60%) e do mercado (0,62%). No acumulado em 12 meses o índice cresce 8,38%.
E por fim a produção industrial registrou crescimento de 0,2% na comparação com o mês anterior e de 1,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Por mais que o resultado tenha decepcionado, na abertura do indicador vemos que as principais agremiações que registraram resultado positivo foram Bens de Capital e Bens de Consumo Duráveis o que é compatível com a expansão de investimento que vimos nos resultados do PIB.
Rafael G. Cardoso, economista-chefe
rafael.cardoso@bancodaycoval.com.br
Antônio Castro
antonio.castro@bancodaycoval.com.br