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Destaques da semana
Nesta semana, os destaques da agenda econômica doméstica foram as divulgações dos dados da produção industrial de abril e o IGP-DI referente ao mês de maio.
No Exterior, destaque para os dados dos PMIs das principais economias desenvolvidas, além dos dados de emprego dos Estados Unidos.
O índice de gerente de compras (PMI – na sigla em inglês), mostrou que o mês de maio foi melhor que o anterior, mas a atividade manufatureira segue ainda em patamar inferior à retomada vista na China após a reabertura da economia. A tabela abaixo nos mostra o desempenho das principais economias, lembrando, que números abaixo de 50 apontam contração da atividade manufatureira e vice-versa.

Outro ponto de destaque é que mesmo na China, País mais avançado no ciclo de contágio pelo novo coronavírus, a retomada foi apenas para o nível anterior ao início da crise, sugerindo que não haverá retomada superior que compense os meses anteriores.
Sobre o relatório de emprego norte americano, publicado esta manhã, o resultado surpreendeu os mercados ao mostrar criação de 2,5 milhões de novas vagas ante expectativa de queda de 7,5 milhões segundo a mediana das expectativas da Bloomberg.
A taxa de desemprego do País caiu de 14,7% em abril para 13,3% em maio, a expectativa era que avançasse para 19%.
No Brasil, a produção industrial de abril mostrou uma queda de 18,8% frente a março. Na comparação com abril do ano passado a queda foi de 27,2%. Neste sentido, como era esperado, os efeitos da quarentena devido ao surto de COVID19 se intensificaram nesta leitura, assim como se intensificarão nos demais dados de atividade de abril. (para mais detalhes veja nosso post completo aqui).
Em relação ao IGP-DI de maio, o número surpreendeu ao avançar 1,07% ante 0,05% referente a abril. No entanto, os efeitos altistas ficaram concentrados no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) que subiu 1,77% pressionado pelo reajuste de combustíveis e preços de commodities. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por outro lado, aprofundou a queda em sua taxa de variação, a qual passou de -0,18% para -0,54%.
Próxima semana
Para a próxima semana, o destaque fica para o IPCA de maio, segundo nossos modelos, o índice deve ceder 0,47% em linha com indicadores coincidentes como visto acima para o IPC-DI. Com este resultado, o índice acumulará em 12 meses alta de 1,79%.
No exterior, o destaque será a reunião de política monetária do Fed, cujo resultado será divulgado na quarta-feira (10).

Rafael G. Cardoso, economista-chefe
rafael.cardoso@bancodaycoval.com.br
Antônio Castro, analista econômico