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Próxima semana
Devido às comemorações de natal a agenda econômica da próxima semana será reduzida. Os destaques para o cenário local serão o IGP-M de dezembro (quinta-feira), cuja nossa projeção é de deflação de 0,99%. Confirmada esta estimativa o índice fechará o ano com crescimento de 7,63% no acumulado em 12 meses e a publicação da PNAD do trimestre terminado em novembro (sexta-feira). A expectativa do mercado é de queda da taxa de desocupação em 0,2 p.p, levando-a para o nível de 11,5% em novembro.
Por fim teremos os dados fiscais do governo central, ente eles a dívida pública federal de novembro (quarta-feira), o resultado fiscal do Tesouro Nacional (quinta-feira) e o superávit primário e nominal (sexta-feira).
Semana Anterior
Nesta semana houve a divulgação do IPCA-15 de dezembro, cujo valor foi de -0,16%, abaixo tanto da nossa estimativa quanto de mercado. Na abertura do indicador os destaques foram semelhantes com o IPCA de novembro, ou seja, as principais categorias com pressões deflacionárias foram Habitação com impacto de -0,07p.p. e Transportes com impacto de -0,17p.p. Em linhas gerais, tal resultado não gera grandes alterações para o cenário corrente e prospectivo para a inflação. Neste sentido, reforçamos nossa projeção de IPCA de dezembro de 0,08% levando a inflação em 2018 a 3,67%. Já para 2019 projetamos que o IPCA será de 3,84%.
Sobre atividade econômica, na segunda-feira houve a publicação do IBC-BR, cujo resultado foi de crescimento marginal de 0,02% na comparação com o mês anterior. Tal valor veio em linha com a nossa projeção de crescimento de 0,06% e a acima da mediana de mercado de -0,10%. Com este valor o índice cresce 2,99% na comparação contra o mesmo período do ano anterior. Por fim tivemos os dados de emprego do Caged de novembro, cujo resultado foi de criação de 58,6 mil vagas formais, bem acima da expectativa de mercado que foi de 30 mil vagas.
Também houve a divulgação da ata do COPOM e do Relatório Trimestral de Inflação do 4T18, ambos relevantes para a política monetária. Em nossa opinião, não houve grandes novidades frente a comunicação do BCB logo após a reunião. Neste sentido, mantemos nosso cenário base para a taxa SELIC que só deverá ser elevada no 1T20.
Externamente o destaque foi a decisão do Comitê de Política Monetária norte-americano de elevar a taxa de juros básica de 2,00% – 2,25% para 2,25% – 2,50% em decisão amplamente esperada. Também houve divulgação de documento onde consta as projeções dos membros do FED a respeito das principais variáveis macroeconômicas. Havia certa expectativa de redução das altas de juros projetadas para os próximos anos, algo que se confirmou, entretanto, segundo tais projeções, o PIB deverá continuar crescendo acima do ritmo potencial e, portanto, sugerindo continuidade do aperto monetário no curto prazo. Neste sentido, apesar do viés mais dovish em relação a comunicação passada, a decisão, comunicação e projeções do FED são condizentes com a continuidade do ciclo de alta de juros. Vale ressaltar que dada a redução da estimativa para a taxa de juros neutra pelos membros do FED provavelmente o ciclo de altas será mais curto do que anteriormente.
Rafael G. Cardoso, economista-chefe
rafael.cardoso@bancodaycoval.com.br
Antônio Castro
antonio.castro@bancodaycoval.com.br