2021 se mostrou desafiador, mas menos agressivo do que se esperava. A consolidação dos indicadores, tais como inflação, andaram em linha com o que os empresários e investidores previam.
Assim, a inflação de 2021 fechou em 10,06%, sendo a maior desde 2015, mas o mercado previa, 9,99%.
Por sua vez, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em carta aberta enviada ao Ministro da Economia e presidente do Conselho Monetário Nacional, Paulo Guedes, tenta explicar os fatores que levaram a inflação a ficar bem acima do teto da meta, quer era de 5,25%.
Para ele, o preço de commodities, energia e falta de insumos levaram o país a estourar a meta de inflação em 2021.
A elevação, escreve ele na carta, envolveu todos os grupos de commodities (agropecuárias, metálicas e energéticas), mas com destaque para o preço do petróleo, que é medido pelo Brent, que tem maior peso na inflação medida pelo IPCA, que justificaria o forte impacto no Indicador.
A Gasolina, teve alta de 47,49% (impacto de 2,34 pontos percentuais) e a Energia elétrica com aumento de 21,21% (impacto de 0,98 p.p).
Mas, agora em 2022, temos um grande desafio: a meta central para o IPCA deste ano é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.
Se a onda global de inflação continuar forte, a atenção deverá ser grande, pois os meios produtivos industriais devem seguir preocupados com até que ponto adiantar o estoque de insumos pode ajudar a conter os preços finais.
Um exemplo disso são as indústrias e a agropecuária que já sofreram com os custos no ano passado, mas este ano, com aumento da área de plantio, os insumos dolarizados fazem atrasos nas entregas, já que a demanda é visivelmente maior.
Mas se a indústria e o campo estão buscando expansão, o otimismo mostra-se mais viável em um 2022, que não podemos esquecer que é eleitoral.