O Brasil começou 2022 com tudo! O Mercado ajustou o ritmo e endureceu as perspectivas. As projeções do boletim Focus, divulgadas nesta segunda-feira, veem o PIB de 2022 baixar de 0,36% para 0,28%. Enquanto até semana passada, era de aumento nas perspectivas no crescimento deste ano. Momento delicado, já que desde 2011 o Brasil apresenta desaceleração.
Outro tópico que teve ajuste foi a previsão de SELIC, que foi para 11,75%, enquanto semana passada a análise previa que fechasse o ano em 11,50%. Ajustes pontuais, de pequena magnitude, mas que acendem uma situação: com maior SELIC, espera-se menor Inflação e os analistas de mercado também esperam os efeitos dessa contenção, reduzindo pela quinta semana consecutiva a expectativa de inflação para 2021 de 10,01% para 9,99%. Já a previsão para o ano de 2022 continuou em 5,03%.
Em ano eleitoral, o rallie cambial deve ser a cereja do bolo para quem investe, já que a projeção para a taxa de câmbio em 2022 seguiu em R$ 5,60. Já a balança comercial tem potencial de atingir superávit de US$ 55,50 bilhões, segundo o Relatório Focus.
Na análise global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que movimentos mais rápidos do que o esperado do Federal Reserve nas políticas monetárias dos EUA devem afetar economias emergentes e provocar saídas de capital e depreciação cambial no exterior, previsão esta já ajustada pelo Focus, em que a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2022 caiu de US$ 58,05 bilhões para US$ 58 bilhões.
Falando em escala global, não podemos esquecer do país do vale do Rio Yangtzé, a China, que continua sendo a principal compradora de nossa carne bovina, principalmente pela região de Hong Kong, mas as exportações totais de carne bovina em 2021 caíram 7% em volume, para 1,867 milhões de toneladas, devido aos embargos Chineses dos últimos meses, resultados da doença da Vaca Louca.
O mundo em movimento e o Brasil ganhando ajustes, fortalecendo o caminhar da economia que só se consolidará com maior protagonismo internacional.
