Cenário Macroeconômico para Setembro: Perspectivas no Brasil e no Mundo

Tempo de leitura: 2 minutos

Neste artigo, Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, traz um resumo dos principais acontecimentos recentes no cenário internacional e nacional, além das projeções para os próximos meses.

Antes de seguir a leitura, confira também o vídeo completo com a análise detalhada do cenário macroeconômico de setembro.

Cenário Internacional: Início do Ciclo de Corte de Juros

O simpósio de Jackson Hole trouxe novidades relevantes. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sinalizou a possibilidade de início dos cortes de juros já em setembro.

Essa mudança de tom foi motivada principalmente pela desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos, com a criação de vagas bem abaixo da média observada no início do ano. Além disso, o impacto tarifário tem se mostrado mais moderado do que o inicialmente previsto.

Com isso, nossa avaliação é de que o Fed deve iniciar cortes graduais de juros, buscando evitar uma desaceleração mais forte do mercado de trabalho. A projeção é de taxa de juros entre 3,75% e 4,00% no fim de 2025, caminhando para 3,25% a 3,50% em 2026.

Cenário Brasil: Crescimento do PIB

No Brasil, revisamos levemente nossa projeção para o PIB de 2025, de 2,2% para 2,1%, devido ao desempenho mais fraco da indústria e do investimento.

Ainda assim, a agropecuária e os serviços seguem sustentando a atividade econômica. Os sinais de desaceleração acumulados no segundo trimestre sugerem que esse movimento deve continuar à frente.

Para 2026, mantemos a projeção de crescimento em 1,9%, impulsionada, em parte, pela isenção do IRPF.

  • PIB 2025: 2,1%
  • PIB 2026: 1,9%

Inflação: Ajustes nas Projeções

A inflação de 2025 foi revisada de 5,0% para 4,9%, em função de surpresas baixistas em bens industriais e alimentos. No entanto, os serviços permanecem pressionados, especialmente com passagens aéreas e resiliência no mercado de trabalho. Isso levou a uma projeção de inflação em 6,1% para este segmento.

Para 2026, mantemos a projeção em 4,0%, refletindo a expectativa de desaceleração generalizada da atividade econômica e maior estabilidade das commodities.

  • Inflação 2025: 4,9%
  • Inflação 2026: 4,0%

Taxa Selic: Projeções até 2026

Mantemos nossa projeção de Selic em 15% ao fim de 2025, considerando baixa probabilidade de cortes ainda neste ano. A melhora recente da inflação está concentrada em itens voláteis, e as expectativas seguem desancoradas.

O início da flexibilização monetária deve ocorrer apenas em janeiro de 2026, em um ritmo gradual de 0,25 p.p. por reunião, levando a taxa para 11,5% no fim de 2026.

  • Selic 2025: 15% a.a.
  • Selic 2026: 11,5% a.a.

Conclusão

O cenário macroeconômico para setembro mostra um movimento de cautela tanto no exterior quanto no Brasil. Nos Estados Unidos, o foco está no início do ciclo de cortes de juros, enquanto aqui, a atenção se volta para o desempenho do PIB, inflação e os próximos passos da política monetária.

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