O Daycoval Multiestratégia, fundo multimercado criado há mais de 12 anos, manteve seu histórico positivo mesmo nos momentos mais agudos da pandemia. A rentabilidade acumulada nos últimos seis meses é de 179,6% do CDI. Esse desempenho foi alcançado sem altos e baixos excessivos na carteira: o índice de volatilidade do fundo seguiu abaixo de 2% em boa parte desse período, mesmo com seu limite sendo de até 3%.
O desempenho do fundo em uma crise severa como a do novo coronavírus mostra a investidores mais afoitos as virtudes da paciência em momentos de estresse dos mercados. E, para quem é mais passivo na gestão do patrimônio, os bons resultados do Multiestratégia atestam por que é igualmente importante ser ágil para tomar decisões sobre a alocação de recursos.
Anand Kishore, gestor da Daycoval Asset Management, falou sobre a dinâmica de trabalho da administradora de recursos do Banco Daycoval na edição da série Conexão Daycoval que foi ao ar na tarde desta quinta-feira (13/8). Ele conversou com Marcos Lyra e Enrico Cozzolino, gerente e estrategista de renda variável da Daycoval Investimentos, respectivamente.
O blog reuniu quatro dos pontos considerados centrais para o bom desempenho do Daycoval Multiestratégia na crise atual.
Experiência
A equipe da Daycoval Asset Management tem 23 pessoas. Dessas, 15 atuam diretamente na gestão dos fundos, que vão de produtos de renda fixa aos compostos por ações negociadas no exterior. São profissionais com 15 a 20 anos de mercado, em média. “O trabalho tem muito de ciência, de usar dados quantitativos, mas também de arte – e a arte vem da experiência”, diz Kishore. O time de veteranos é mesclado com profissionais mais jovens, que aumentam a diversidade de ideias no grupo.
Decisões colegiadas
As decisões sobre a composição do Daycoval Multiestratégia e dos demais produtos da casa são tomadas em conjunto, e todos os profissionais têm voz ativa, dos mais jovens aos mais graduados, conta o gestor. Quinzenalmente, o comitê de macroeconomia reavalia os cenários de desempenho da economia e monta os cenários base, otimista e pessimista a partir das conclusões do debate. Um outro comitê, semanal, faz análises sobre o andamento das posições do fundo, onde ele está ganhando e onde ele não está ganhando dinheiro. E há ainda as morning calls, reuniões diárias feitas antes da abertura dos mercados. “As decisões são dinâmicas”, afirma Kishore.
Reconhecer que não se pode prever tudo
Ninguém poderia prever uma pandemia. Isso reafirma uma das premissas do Multiestratégia, segundo Kishore: o de que não se consegue mapear todos os riscos. “Nós seguimos a filosofia do ‘só sei que nada sei’, afirma o gestor. Com isso, mantém-se o foco em uma das premissas do fundo: a preservação de capital, e não sua multiplicação a qualquer custo.
Pesos e contrapesos
O ano de 2020 começou com perspectivas positivas para a bolsa brasileira, com possibilidades crescentes de andamento no Congresso das reformas tributária e administrativa, por exemplo, e crescimento mais forte do produto interno bruto (PIB). Mas, mesmo com o otimismo, o fundo não deixou de ter posições que contrabalançassem eventuais perdas. Foi o que ocorreu em março: as posições na bolsa americana serviram de contrapeso para as quedas na B3.
A íntegra da conversa está disponível a seguir: