Para Elie Mizrahi e Claudinei Pedro, diretores Comerciais do Banco Daycoval, ter boas ideias não é o suficiente para se ter um negócio de sucesso.
Ser dono da própria empresa é o sonho de muitas pessoas. Afinal, investir em um negócio que pode vir a ser lucrativo pode ser uma ótima opção para quem busca inovar. Mas empreender não significa estar apenas nos grandes mercados. Cada vez mais, micro e pequenos negócios desempenham um papel estratégico na sociedade e no desenvolvimento econômico do país. De acordo com o Sebrae, os cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 52% do total de empregos formais.
Para os diretores Comerciais do Banco Daycoval, Claudinei Pedro e Elie Mizrahi, os desafios de empreender são muitos, seja para quem tem um mercadinho de bairro, seja para quem administra um e-commerce, por exemplo. Segundo os executivos, não basta ser criativo, é preciso também estar bem preparado para as constantes mudanças de cenário.
Como está o cenário do empreendedorismo no Brasil para pequenos negócios?
Claudinei: Empreender no Brasil não é para amadores, ainda mais se analisarmos o atual cenário de juros altos e complexas questões tributárias. Mas a abertura de novos negócios vem crescendo, muito graças à internet, já que ela abre portas para os pequenos empreendedores, como aconteceu na pandemia. Cinco entre 10 pessoas já são ou querem ser empreendedoras no Brasil. Todos têm ideias, e muitas delas acabam sendo colocadas em prática. Há também aqueles que empreendem por falta de oportunidades no mercado de trabalho.
Quais são os principais desafios para quem quer empreender hoje?
Elie: Os principais são gestão financeira e de pessoas, planejamento logístico, localização do negócio, carga tributária pesada e juros altos. Mas, na minha visão, o maior desafio é a própria decisão de empreender. Muitos se aventuram sem ter muita – ou nenhuma – noção de como funciona esse universo.
Vocês acompanham muitas histórias de sucesso no empreendedorismo. Existem características que servem de inspiração para quem busca ser bem-sucedido?
Claudinei: A originalidade é um dos atributos mais valorizados. Outras qualidades essenciais são persistência, estratégia diferenciada, capacidade de análise, foco e otimismo, além de atenção às finanças, um ponto crucial para a sustentabilidade da empresa. Além disso, o cuidado para com o cliente, o atendimento diferenciado e a oferta de vantagens e benefícios não encontrados na concorrência são diferenciais importantes.
Embora oportunidades existam, a conjuntura é desafiadora. Qual é a importância de se ter uma instituição financeira que acredite nos projetos e incentive o empreendedor?
Elie: Financiar sonhos é uma tremenda responsabilidade. Não importa o tipo ou o tamanho do negócio, é preciso ter confiança. No Banco Daycoval, por exemplo, um dos diferenciais é “estarmos sempre disponíveis, dia e noite, com a barriga no balcão”, como dizemos. Para nós, o contato direto com o cliente faz toda a diferença. Por isso, somos considerados um dos bancos líderes no segmento de crédito no país, porque somos capazes de oferecer soluções customizadas, voltadas às necessidades de cada cliente.
Quais os cuidados necessários ao contratar um parceiro de crédito?
Claudinei: Escolher uma instituição séria, capaz de apoiar o cliente em suas necessidades é de extrema importância. A oferta de taxas de juros adequadas e de linhas de crédito de longo prazo é essencial para ajudar as empresas nos primeiros anos de atividade.
Quais dicas você daria para quem deseja empreender?
Elie: Não abra um negócio sem antes conhecer o universo do empreendedorismo. É preciso estudar. Hoje, há diversas instituições de ensino e órgãos de apoio, como o Sebrae, que orientam e oferecem formações voltadas à criação e à gestão de negócios. Vale destacar também que não basta ter uma boa ideia, um negócio é muito mais do que isso. É preciso fazer a “lição de casa”, que inclui pesquisar aspectos como cenário, perfil de público e do produto ou serviço que se pretende oferecer e diferenciais competitivos, além de práticas de gestão e investimento em tecnologias para implementar processos.
