A indústria de fundos alternativos vem ganhando o mercado do Brasil diante da busca cada vez maior por opções mais rentáveis ao investidor. Conhecidos por oferecerem opções diversificadas de alocação de recursos, esse segmento pode ir desde a participação em startups a fundos de artes, por exemplo. Com a ideia de oferecer um modelo versátil e flexível de investir, a Galapagos Capital, em parceria com o Banco Daycoval, lançou no mês de dezembro o Galapagos Alternativos Global Multigestores. O produto aporta recursos em fundos com alocação internacional, com estratégias múltiplas com a participação de 10 a 15 gestores escolhidos pela sua especialidade.
Bruno Carvalho, sócio da Galapagos Capital, contou que a empresa surgiu a partir de uma proposta de oferecer algo realmente diferente e deixar de entregar “mais do mesmo” em serviços financeiros, optando por ativos diversos e operações que fogem ao que é praticado no Brasil. Ao lado de Marcos Lyra e Geisi Panontin, do Daycoval, Carvalho participou da série Conexão Daycoval exibida nesta segunda-feira (1/02), onde falou sobre a atuação da empresa e sobre as expectativas sobre o fundo em parceria com o banco.
“A indústria financeira brasileira precisa acompanhar essa demanda por diversificação de fato. A gente ficou muito acostumado e muito refém da taxa de juros altos, sem precisar olhar para muita coisa. Antes você fazia alguns ajustes e mantinha a rentabilidade, mas isso mudou no Brasil. Aliás, isso mudou no mundo inteiro”, explicou Carvalho.
Para Carvalho, o grande desafio atualmente é encontrar boas opções para a alocação de patrimônio e de capital, tendo em vista que a taxa de juros baixa que antes era comum em economias desenvolvidas e que agora chega aos emergentes, principalmente no Brasil. Os juros baixos, de acordo com o gestor, trouxeram uma nova realidade para o mercado nacional e diversificar é a palavra de ordem.
Inovação e diversificação em investimentos estão no DNA do Galapagos Alternativos Global Multigestores, que, segundo Carvalho, é um fundo ativo, que aproveita todas as oportunidades do mercado externo, com acesso a uma plataforma global de fundos alternativos líquidos e ETFs. A ideia é democratizar o acesso a esse tipo de investimento, com parceiros especializados sob o ponto de vista geográfico, buscando gestores para operar as classes de ativos de interesse nas regiões com total “descorrelação” com o Brasil e América Latina.
O fundo é direcionado a investidores qualificados, com prazo de cotização de resgate de 30 dias, a carteira possui bastante liquidez e não exige a necessidade de abrir uma conta ou fazer remessas de capital para o exterior. Os fluxos de aporte e resgate são sempre às quartas-feiras, com investimento inicial de R$10 mil, ficando a critério do investidor a escolha por trava cambial, somente com exposição à oscilação do ativo, ou, sem proteção cambial.
“Para que vocês possam entender, o fundo garante acesso a um portfólio de 10 a 15 gestores no exterior com um investimento a partir de R$ 10 mil, sendo que se fosse investir diretamente precisaria de US$ 1 milhão para fazer isso”, destacou Carvalho ao explicar a dimensão da diversificação oferecida pelo produto.
A custódia e administração do fundo é feita pelo Daycoval. Os recursos aportados são em UCITS (Undertakings Collective Investment in Transferable Securities), reguladas em Luxemburgo, com sistema de controle semelhante ao brasileiro e também ativos líquidos. O objetivo de retorno é de 8%, em dólar, com volatilidade de 6% a 8%. A taxa
de administração é de 1,1%, com performance de 10% sobre o que exceder a variação do título americano de dois anos, mais 2% ao ano.
Segundo dados da Anbima, em 2020, houve um crescimento dos recursos alocados em ativos de investimento no exterior, que, apesar de ser pouco representativa, mostrou crescimento de 74%, passando de R$ 32 bilhões para R$ 55 bilhões.
A íntegra da conversa com Bruno Carvalho está disponível abaixo. Assista: