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O IPCA de fevereiro variou 0,43%, acima do esperado por nós (0,34%) e pelo mercado (0,38%). Na abertura do indicador vemos que as principais pressões altistas foram nos grupos: (i) Alimentação no domicílio (0,20 p.p); e (ii) Educação (0,17 p.p).
O impacto em educação centrado em cursos regulares é caracterizado por um efeito sazonal de ajustes de mensalidades em fevereiro. Vale destacar que esta foi a primeira vez nos últimos dez anos que o ajuste em cursos regulares (variação de 4,58% em fevereiro/19) teve variação abaixo de 5% e, portanto, mais próxima da meta (4,25%).
Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas tem sido pressionado por alta de preços pontuais em Cereais, leguminosas e oleaginosas; Tubérculos, raízes e legumes; Hortaliças e verduras e Frutas, fenômeno que acreditamos ser proveniente de choque de oferta e com pouca implicação para a polícia monetária.
Já as métricas com viés mais qualitativo arrefeceram na margem e apresentaram comportamento bastante benigno. A média dos núcleos acumulados em 12 meses e a média trimestral dessazonalizada e anualizada ficaram abaixo da banda inferior da meta, em 2,97% e 3,11% respectivamente.