O IPCA-15 de junho variou 0,02% segundo dados divulgados esta manhã pelo IBGE. No acumulado em 12 meses, o índice passou de 2,0% na leitura de maio para 1,9% em junho. Destaque para a continuidade do comportamento benigno dos núcleos (métricas de inflação com maior correlação com o ciclo econômico) e da inflação de serviços na margem.
Em relação as medidas com viés mais qualitativo citadas acima, vale destacar o comportamento da média trimestral dessazonalizada e anualizada dos núcleos de inflação que passou para o território negativo, de 0,08% para -0,64%. A inflação de serviços subjacentes, que chamou a atenção nos primeiros meses deste ano com certa tendência altista, na média trimestral dessazonalizada e anualizada está a 1,5%, patamar muito confortável.

Desta forma, com os dados mais atuais em mãos revisamos nossa projeção para o IPCA de 2020 para inflação próximo a 1,5% frente a meta de 4%. Já para 2021, apesar de alguma aceleração, esperamos que o IPCA siga bem abaixo da meta. Projetamos 2,9% frente a meta de 2021 de 3,75%.
Rafael G. Cardoso, economista-chefe
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Antônio Castro, analista econômico