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O IPCA-15 de maio variou -0,59% segundo dados divulgados esta manhã pelo IBGE. No acumulado em 12 meses, o índice passou de 2,9% na leitura de abril para 2,0% em maio. Destaque para o comportamento muito benigno dos núcleos (métricas de inflação com maior correlação com o ciclo econômico) e a trajetória baixista de serviços na margem.
Em relação as medidas com viés mais qualitativo citadas acima, vale destacar o comportamento da média trimestral dessazonalizada e anualizada dos núcleos de inflação com queda de 0,7% para impressionantes 0,1%. Ou seja, a inflação média dos últimos três meses em termos anualizados ficou praticamente zerada. A inflação de serviços subjacentes que chamou a atenção nos primeiros meses deste ano voltou a retroceder na margem, de 2,3% para 1,3%.

Com os dados mais atuais em mãos revisamos projetamos que o IPCA deva fechar o ano de 2020 próximo a 2,0% frente a meta de 4%, número este que possui viés de baixa. Já para 2021, apesar de alguma aceleração, esperamos que o IPCA siga abaixo da meta. Projetamos 3,2% frente a meta de 2021 de 3,75%, também com viés de baixa.
Rafael G. Cardoso, economista-chefe
rafael.cardoso@bancodaycoval.com.br
Antônio Castro, analista econômico