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O IPCA de abril apresentou variação negativa de -0,31%, mais intensa do que a esperada por nós e pelo mercado. Com isso o acumulado em 12 meses passou de 3,3% para 2,4%.
Apesar da pressão de preços relevante no grupo Alimentação e Bebidas, o efeito da baixíssima da demanda e da queda dos combustíveis se sobrepuseram.
Novamente, os indicadores de inflação com maior relação ao ciclo econômico, chamados de núcleos, apresentaram queda expressiva na margem. A inflação de serviços, em menor intensidade, também segue em trajetória benigna. Desta forma, a leitura é qualitativamente positiva para além da deflação expressiva do IPCA fechado.

Atualmente projetamos 2,0% para o IPCA deste ano e 3,2% para 2021. Especificamente para 2021 nossa projeção possui viés baixista. Em relação a política monetária, após comunicação recente do BCB, acreditamos que o BCB cortará a taxa de juros novamente em 0,75p.p. levando a taxa Selic a 2,25% a.a., patamar que deverá seguir até o final de 2021.
Rafael G. Cardoso, economista-chefe
rafael.cardoso@bancodaycoval.com.br
Antônio Castro, analista econômico