No exterior, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, com investidores à espera de indicadores dos EUA para avaliar o impacto de pressões inflacionárias na maior economia do mundo.
Nos EUA, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa. Já os juros dos Treasuries operam em alta na madrugada desta quinta-feira, à espera de uma série de indicadores sobre o estado da economia dos EUA, incluindo a segunda estimativa do PIB do primeiro trimestre, e de um leilão do Tesouro americano, de US$ 62 bilhões em T-notes de 7 anos.
Na Europa, as bolsas também abriram em baixa nesta quinta-feira, mas os sinais agora são mistos, mesmo após dados alemães positivos de confiança do consumidor e à espera de uma série de indicadores sobre o estado da economia dos EUA, incluindo a segunda estimativa do PIB do primeiro trimestre.
Nas próximas horas, os EUA vão divulgar uma série de dados que poderão sinalizar possíveis efeitos da tendência de alta da inflação no país. Nas últimas semanas, os mercados financeiros globais têm sido pressionados por temores de que o avanço na inflação, que se tornou um fenômeno mundial, leve grandes bancos centrais a reverter seus agressivos estímulos monetários mais cedo do que se imaginava.
No entanto, em discursos após a divulgação da ata do Federal Reserve, diversos dirigentes dos principais bancos centrais do mundo voltaram a sinalizar que a inflação atual é transitória.
Na seara de indicadores, dados oficiais mostraram que o lucro industrial chinês saltou 57% na comparação anual de abril, mas mostrou forte desaceleração ante o ganho de 92,3% visto em março.
Já o vice-primeiro-ministro da China e principal chefe de comércio, Liu He, teve um contato telefônico com sua contraparte dos EUA, Katherine Tai, para discutir o comércio bilateral entre os dois países, segundo comunicado. Foram as primeiras negociações de alto nível desde a posse do presidente americano, Joe Biden.
Na Alemanha, o índice de confiança do consumidor subiu de -8,6 em maio para -7 em junho, segundo projeção do instituto GfK, mas ficou abaixo da expectativa que previam avanço do indicador a -5 pontos.
No Brasil, destaque para os dados da PNAD, divulgados a pouco pelo IBGE, o conjunto de dados nos diz que a taxa de desemprego em março subiu para 14,7% ante 14,4% em fevereiro, na série original. No conceito dessazonalizado, a taxa de desemprego se manteve estável em 14,4%.
Fonte: Broadcast, Bloomberg e FGV
Rafael G. Cardoso, economista-chefe
rafael.cardoso@bancodaycoval.com.br
Antônio Castro, analista econômico