O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta-feira, 29, um novo aumento na taxa básica de juros, a Selic, que agora alcança 13,25% ao ano.
A decisão, amplamente esperada pelo mercado, confirma os sinais dados pelo Banco Central em dezembro, quando havia indicado pelo menos mais duas elevações de 1 ponto percentual cada.
Essa medida reflete o compromisso em conter a inflação, que encerrou 2024 em 4,83%, acima da meta de 3,0%.
Este Copom marca também a estreia de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central, assumindo o desafio de manter o compromisso de usar a taxa de juros como instrumento essencial para controlar a alta dos preços e reforçar a credibilidade da política monetária.
O novo presidente do BC precisará equilibrar expectativas do mercado e do governo em meio a um cenário econômico desafiador.
Taxa Selic e IPCA
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,52% em dezembro de 2024, fechando o ano com um acumulado de 12 meses em 4,83%.
Esse número ultrapassou a meta de inflação estipulada para o ano, que era de 3,0%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
O resultado acende um sinal de alerta, uma vez que a inflação elevada impacta o poder de compra das famílias, encarece o crédito e pode inibir o crescimento econômico.
Esse cenário reforça o papel crucial da inflação como um dos principais indicadores a ser monitorado pelo Banco Central, que utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como ferramenta para mantê-la sob controle.
Elevações na Selic tendem a encarecer o crédito e reduzir o consumo, ajudando a frear a pressão inflacionária.
No entanto, o desafio reside em equilibrar o controle dos preços com a necessidade de impulsionar o crescimento econômico, especialmente em um contexto de inflação persistentemente acima da meta
Como ficam os investimentos?
Com a Selic em alta, os investimentos em renda fixa ganham atratividade e tendem a se valorizar, pois suas taxas de retorno geralmente estão ligadas à Selic ou a outros indicadores que acompanham a taxa básica de juros, como o CDI.
Nesse contexto, os títulos pós-fixados são os que mais se beneficiam, pois sua rentabilidade acompanha diretamente a Selic, e são considerados produtos com risco baixo, se comparados a produtos de renda variável.
Produtos de renda fixa bancário, como CDBs, LCIs, LCAs, além de ativos de crédito privado, como CRI/CRA e Debêntures, seguem oferecendo boas oportunidades de retorno. Além dos títulos públicos, como Tesouro Direto, que também tem produtos pós-fixados, como o Tesouro Selic.
É essencial ter clareza sobre o tipo de investimento desejado e o prazo em que pretende manter o capital aplicado.
Mesmo com o aumento da Selic, concentrar todos os recursos em um único produto não é o ideal. Diversificar os ativos da sua carteira de investimentos é uma estratégia importante para enfrentar oscilações econômicas e preservar o retorno da sua carteira.
Ao selecionar os produtos, é fundamental que estejam alinhados ao seu perfil, levando em conta sua tolerância ao risco e a importância de uma carteira diversificada, evitando a alocação total em um único ativo.
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