Como em tudo na vida, para fazer algo bem feito, é preciso aprender e se envolver com o tema. Para investir bem, não é diferente. É preciso estabelecer objetivos e prazos para o investimento, calcular seus riscos, para só então definir a rentabilidade desejada. Por exemplo: vale a pena ter a possibilidade de dobrar seus recursos para os gastos do dia a dia em um curto período de tempo, se o risco envolvido for perder tudo?
Um objetivo de investimento bem definido é aquele que se mostra viável no tempo almejado e que, em paralelo, é compatível com a realidade patrimonial e com o perfil de risco de cada um. A rentabilidade é a variável-chave de tudo isso.
Mas você sabe o que é rentabilidade e como é feito esse cálculo? O Daycoval preparou aqui algumas dicas para quem está entrando no mundo dos investimentos, ou mesmo para quem já o conhece bem mas quer relembrar os fundamentos financeiros.
O que é rentabilidade?
A rentabilidade de um investimento é o percentual de valorização de uma aplicação financeira em relação ao montante investido e pelo tempo investido. Por exemplo, para saber qual a sua rentabilidade, basta dividir o valor do investimento inicial total pelo resultado obtido ao final do prazo da operação. O resultado é a taxa de retorno ou rentabilidade do investimento.
Como calcular a rentabilidade?
Entendido o conceito, isso se torna simples. Algumas variáveis precisam ser levadas em conta. Umas das grandes utilidades de se saber calcular a rentabilidade é poder comparar investimentos de diferentes riscos e retornos, além de poder avaliar o desempenho de um investimento com outros índices como, por exemplo, a inflação do mesmo período. Essas comparações são altamente desejáveis para se fazer uma boa opção de investimento.
O cálculo básico da rentabilidade considera a divisão do lucro (de determinado período) pelo valor que foi investido inicialmente. Por exemplo, se a pessoa investir R$10.000 e tiver um retorno de R$ 1.500, a rentabilidade será de 15%.
Importante! Rentabilidade é sempre o percentual de retorno.
O conceito de rentabilidade permite que se calcule o resultado esperado de um investimento. Para tanto, deve-se ir além dos juros simples, pois as taxas dos investimentos, em geral, funcionam com juros compostos (sobre o valor acumulado). Para isso, devem ser considerados o valor investido, a taxa de juros e tempo de investimento.
Outra questão envolvendo o cálculo da rentabilidade é o que incide sobre o investimento além da valorização, por exemplo: tributos, taxas e emolumentos. Nesses casos, a fórmula ideal para chegar à taxa de rentabilidade é partir do rendimento líquido, ou seja, já descontados os impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre aquele investimento. Na prática, para um investimento de R$ 8.500, que teve rendimento de 1.250, tendo apenas a cobrança de Imposto de Renda (17,5%), sem cobrança de taxas, teríamos um rendimento líquido de R$ 1.031,25. Para se chegar à rentabilidade, a conta é: R$ 1.031,25 / R$ 8.500 = 12,13%.
Rendimento e rentabilidade são a mesma coisa?
Não. Conforme já explicamos, a rentabilidade é um percentual. Ela é a taxa de retorno sobre o capital investido. Já o rendimento é a remuneração que o investidor receberá ao final da aplicação. Ou seja, nos casos dos exemplos acima, o rendimento do capital de R$ 10.000 foi R$ 1.500, com rentabilidade de 15%. Já no segundo caso, para um investimento de R$ 8.500 o rendimento líquido foi de R$ 1.031,25, uma rentabilidade de 12,13%.
Rentabilidade e liquidez, qual a diferença?
Muita gente também confunde rentabilidade com liquidez. Relembrando, rentabilidade é a taxa de retorno sobre um investimento. O conceito de liquidez se refere ao tempo de conversão do investimento em dinheiro. Ou seja, quanto mais rápido e fácil transformar um ativo em dinheiro, maior é a liquidez. Em muitos casos, prazos de liquidez mais longos estão associados a ativos de maior risco, ainda que isso não seja uma regra.
Tipos de rentabilidade
- De acordo com a análise e a comparação que se queira fazer, é comum classificar a rentabilidade em determinados tipos. As mais comuns são as seguintes:
- Rentabilidade nominal: calculada a partir do rendimento total sem descontos de taxas e impostos;
- Rentabilidade real: rentabilidade descontada a variação da inflação;
- Rentabilidade líquida: calculada a partir do rendimento já com as deduções de taxas e impostos.
Qual a importância de calcular a rentabilidade?
Para quem investe e busca bons retornos, é fundamental fazer diagnósticos que levem em conta a rentabilidade dos ativos em que se investe ou se pretenda investir. Mas é importante ter em mente que, no mundo dos investimentos, as coisas são dinâmicas e precisam ser interpretadas com a devida contextualização. Um investimento que foi considerado bom no passado por conta de sua rentabilidade não será necessariamente um bom investimento no presente. Isso vai depender da conjuntura e dos níveis atuais das taxas de juros e/ou da inflação.
Ficou claro? Se quiser saber mais, consulte a equipe de atendimento do Daycoval.