Em entrevista ao site Poder 360, Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, falou sobre as perspectivas para a inflação de junho e julho e seus desdobramentos na economia:
Segundo Cardoso, o IPCA corrente de junho e julho deverá ser baixo, o que pesará para o Banco Central em termos de pressões políticas.
“[Esse patamar de inflação aliado com juros altos] realmente incomoda e, mais do que isso, há o contágio das próprias expectativas [futuras] por uma inflação corrente mais baixa. […] Uma inflação corrente mais baixa ajuda com que as expectativas também fiquem mais comportadas”, declara.
Cardoso afirma esperar uma manutenção do regime de metas da inflação com o patamar que é o objetivo inflacionário atual. Estima haver um impacto positivo nas projeções futuras para a inflação e os juros.
“Passados esses meses, até o finalzinho de julho, agosto. Já poderá sinalizar um corte da Selic em setembro ou até em agosto. Essa pressão por parte dos agentes públicos também tem tempo para acabar, porque inevitavelmente o BC vai cortar juros no 2º semestre”, afirma.
Na tabela abaixo, é possível observar que o Banco Daycoval espera um saldo de impacto de 0,15 ponto percentual na inflação com os combustíveis, sendo que 0,45 ponto percentual se deve à redução do preço nas refinarias e 0,30 ponto percentual se deve à alta do ICMS.
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