O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta-feira, 06, aumento da taxa básica de juros, a Selic, para 11,25% a.a.
Com esta decisão, o Copom sinaliza ao mercado que continuará atento aos desdobramentos internos e externos, pronto para ajustar a política monetária conforme necessário para garantir a estabilidade macroeconômica do país.
Taxa Selic e IPCA
A inflação é um indicador fundamental para nortear o Banco Central sobre os movimentos necessários para a taxa Selic. Isso porque, a taxa de juros é um dos principais instrumentos para o controle da inflação.
Em outubro, a prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), foi de 0,54%. Esse valor representa uma alta de 0,41% em comparação com setembro, quando o índice registrou 0,13%.
Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses alcançou 4,47%, enquanto a meta para 2024 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5% (até 4,5%).
No Boletim Focus do dia 4 de novembro, a expectativa de inflação do mercado financeiro aumentou pela quarta semana consecutiva, passando de 4,50% para 4,59% — acima do limite de tolerância.
Diante desse cenário, o Banco Central optou pelo aumento dos juros, como forma de conter o avanço dos preços e direcionar a inflação para a meta estipulada.
Como ficam os investimentos?
Com a Selic em alta, os investimentos em renda fixa ganham atratividade e tendem a se valorizar, pois suas taxas de retorno geralmente estão ligadas à Selic ou a outros indicadores que acompanham a taxa básica de juros.
Nesse contexto, os títulos pós-fixados são os que mais se beneficiam, pois sua rentabilidade acompanha diretamente a Selic, e são considerados produtos com risco baixo, se comparados a produtos de renda variável.
Produtos de renda fixa privados, como CDBs, LCIs, LCAs, além de ativos de crédito privado, como CRI/CRA e Debêntures, seguem oferecendo boas oportunidades de retorno.
Os títulos públicos, como Tesouro Direto, também se apresentam como opção, já que existem produtos pós-fixados, como o Tesouro Selic.
É essencial ter clareza sobre o tipo de investimento desejado e o prazo em que pretende manter o capital aplicado. Mesmo com o aumento da Selic, concentrar todos os recursos em um único produto não é o ideal. Diversificar os ativos da sua carteira de investimentos é uma estratégia importante para enfrentar oscilações econômicas e preservar o retorno da sua carteira.
Ao selecionar os produtos, é fundamental que estejam alinhados ao seu perfil, levando em conta sua tolerância ao risco e a importância de uma carteira diversificada, evitando a alocação total em um único ativo.
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