Expectativas para a renda variável em 2026: o que esperar do próximo ano?

Tempo de leitura: 3 minutos

O ano de 2026 promete ser um ponto de virada importante para quem investe em renda variável. Segundo Gabriel Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval, o mercado brasileiro entra no próximo ano com um cenário mais equilibrado entre risco e oportunidade — especialmente para ações e fundos imobiliários (FIIs).
Com juros com expectativa de queda gradual, inflação mais estável e uma atividade econômica que dá sinais de recuperação, a dinâmica dos ativos de risco pode ganhar força novamente.

Veja a análise completa do Gabriel Mollo:

Um ambiente mais favorável para ativos de risco

O mercado deve iniciar 2026 com uma mudança relevante: a expectativa predominante é de queda gradual da taxa de juros, ao mesmo tempo em que a inflação se acomoda e as projeções de crescimento seguem moderadas.

Essa combinação cria um terreno mais competitivo para a renda variável, deslocando parte do capital hoje concentrado na renda fixa para alternativas com potencial de retorno real superior.

Entre os fatores que fortalecem esse movimento estão:

  • Custo de capital mais baixo, favorecendo empresas que dependem de financiamento;
  • Bolsa com preços ainda descontados, abrindo espaço para reprecificação;
  • Melhora gradual da economia, impulsionando setores sensíveis ao ciclo econômico.

Ações em 2026: setores que podem se destacar

O novo cenário tende a beneficiar empresas capazes de transformar a retomada da demanda em crescimento de lucro.
Entre os setores que podem ganhar protagonismo estão:

  • Construtoras, impulsionadas pelo crédito mais barato;
  • Bancos, com aumento da atividade e melhoria de spreads;
  • Companhias de consumo, favorecidas por juros menores e maior circulação de renda.

Além disso, deve crescer a preferência por empresas com:

  • Balanços sólidos
  • Governança consistente
  • Previsibilidade de caixa

Com o custo de capital em trajetória de queda, esses atributos se tornam ainda mais valiosos.

Fundos Imobiliários (FIIs): tijolo em destaque

A expectativa de queda da taxa de juros de longo prazo pode reprecificar as cotas de muitos FIIs, especialmente os de “tijolo“, como:

  • Fundos de logística
  • Shoppings
  • Lajes corporativas de alta qualidade

Esses segmentos costumam responder bem à melhoria da economia real e ao aumento da atividade comercial.

Já nos fundos de papel, o cenário exige mais atenção. A seletividade será essencial, priorizando:

  • Qualidade do crédito
  • Duração equilibrada dos títulos
  • Governança e diversificação

O objetivo é equilibrar renda recorrente com controle de risco.

Os riscos que 2026 traz para a renda variável

Apesar das oportunidades, o investidor deve ter atenção redobrada.
O ano de 2026 será eleitoral no Brasil, e isso tende a aumentar a sensibilidade a ruídos fiscais, mudanças de política econômica e volatilidade do câmbio.

No cenário global, variáveis importantes permanecem no radar:

  • Comportamento das commodities
  • Desempenho da demanda internacional, especialmente da Ásia
  • Oscilações do dólar frente às principais moedas

Esses elementos continuam sendo decisivos para exportadoras e setores intensivos em insumos.

O que os investidores podem esperar do ano?

Para muitos, 2026 pode marcar um ponto de inflexão.
Para perfis mais dispostos a assumir risco com disciplina, há potencial para ganhos por meio de:

  • Reprecificação de múltiplos
  • Retomada setorial
  • Dividendos consistentes

Já para perfis mais conservadores, empresas robustas e FIIs de alta qualidade seguem oferecendo proteção com retorno atrativo.

A palavra-chave para todos os perfis é seletividade: não se trata de apostar em uma alta generalizada, mas de montar uma carteira com estratégia e gestão cuidadosa de risco.

Conclusão

A renda variável entra em 2026 com um cenário mais equilibrado e repleto de pontos de atenção — mas também com oportunidades relevantes.
O desempenho do ano dependerá menos de movimentos amplos de mercado e mais da capacidade de identificar empresas sólidas, fundos imobiliários resilientes e setores bem posicionados para a retomada.

Se você deseja se preparar para capturar essas oportunidades, acompanhar análises especializadas como a do Gabriel Mollo pode fazer toda a diferença.

Aproveite as oportunidades de renda variável em 2026.

Gabriel Mollo atua na área de finanças desde 2007, com experiência como assessor de investimentos, analista de suporte, analista de investimentos e trader. Ao longo da carreira, foi responsável por prospecção e manutenção de clientes, análise fundamentalista e técnica de ativos, execução de operações em bolsa e implementação de novos produtos e serviços. Também ministrou cursos e palestras, treinou colaboradores e contribuiu na implantação de soluções financeiras.

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