No próximo dia 18, ao fim de mais uma reunião do Copom, o rumo da taxa básica de juros da nossa economia, a Selic, será anunciado novamente.
Após duas manutenções consecutivas, o mercado começa a cogitar a possibilidade de um aumento na taxa, com o objetivo de controlar a inflação, cujas expectativas estão acima da meta.
Mas será que a alta da Selic irá mesmo se concretizar? Quais seriam os elementos que poderiam favorecer esta possível elevação?
Neste artigo, vamos entender o que é a Selic, como ela é definida, seus impactos nos investimentos, além de conferir a projeção do nosso economista-chefe, Rafael Cardoso, para esse indicador. Boa leitura!
O que é a taxa Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e serve como referência para as taxas de juros de todo o mercado, influenciando desde os empréstimos bancários até os rendimentos de investimentos em renda fixa.
Como a Selic é definida?
A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne a cada 45 dias para avaliar as condições econômicas do país, como inflação, crescimento econômico e a situação do mercado financeiro.
Com base nessa avaliação, o comitê decide se a Selic deve ser mantida, elevada ou reduzida.
O objetivo principal das alterações realizadas na Selic é controlar a inflação.
Quando a inflação está alta, o Banco Central pode aumentar a Selic para desestimular o consumo e, assim, tentar controlar a alta dos preços.
Quando a inflação está sob controle, a Selic pode ser reduzida para estimular a economia.
Qual é a expectativa atual para a Selic?
Confira a análise de Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval:
“Em ata, a comunicação oficial do Banco Central deixa a porta aberta para uma eventual alta da Selic.
Porém, a princípio, a gente considera que existem três condicionantes para que a Selic realmente volte a subir: expectativas de inflação, câmbio e atividade econômica.
As expectativas de inflação e câmbio, por enquanto, ainda estão em um patamar que não implica em alta da taxa de juros. E a atividade econômica, também não.
Ela incomoda, mas a gente não pode afirmar que da forma como está, precisaria subir a taxa de juros no curto prazo.
Então, a princípio, devido a esses fatores, a gente ainda acredita na manutenção da Selic em 10,50%, ainda que exista a possibilidade de subir.
Se a gente fosse considerar um cenário onde a Selic chegaria a 9%, contra um cenário de Selic a 10,50%, o que a gente pode esperar é uma atividade econômica mais moderada, “afirma Cardoso.
Qual a relação entre os movimentos da Selic e os investimentos?
Durante uma fase de expansão econômica, favorecida por uma Selic baixa, há um clima de confiança na economia com aquecimento do mercado.
Quando a demanda está superaquecida e a oferta não é capaz de fazer frente a ela, temos um cenário inflacionário que, se persistente e descontrolado, passa a preocupar o governo.
Do ponto de vista da renda fixa, a alta na inflação, seguida da alta nos juros para controle inflacionário, favorece ativos pós-fixados, como o CDB Daycoval 110% do CDI e atrelados à inflação, como o CDB Daycoval IPCA + 7,5% a.a. – 2 anos, pois vão capturar o movimento de alta nesses indicadores.
Já no cenário de contração, o alto nível de taxa de juros é utilizado pelo Banco Central como instrumento para conter avanços inflacionários indesejados e manter a inflação dentro da meta estipulada.
A inflação cedendo abre espaço para o Banco Central iniciar um novo ciclo de cortes na taxa de juros. Nesse cenário, a renda fixa vai capturar os melhores retornos por meio de ativos prefixados, como o CDB Daycoval Pré 13% a.a. – 3 anos.
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Conclusão
Em resumo, a decisão sobre a taxa Selic é um instrumento essencial na condução da política econômica do Brasil, influenciando diretamente tanto a inflação quanto o desempenho dos investimentos.
A partir da análise do nosso economista-chefe, Rafael Cardoso, fica claro que, embora haja especulações sobre um possível aumento da Selic, as condições atuais apontam para a manutenção da taxa no patamar atual.
Porém, é importante acompanhar de perto os próximos passos do Copom e os indicadores econômicos para entender as futuras movimentações da taxa.