O mês de agosto trouxe novidades importantes para o cenário macroeconômico, tanto no Brasil quanto no exterior. Com as expectativas de mudanças na política monetária dos Estados Unidos e desafios fiscais em território brasileiro, este é um momento crucial para entender os rumos da economia global.
Sumário
ToggleO cenário macroeconômico global
Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed), George Omeepal, deu fortes sinais de que a redução das taxas de juros está próxima. Em discurso recente no simpósio de Jackson Hole, ele mencionou que o Fed está preparado para ajustar sua política monetária, com uma possível redução de 25 pontos base já nas próximas reuniões, a partir de setembro.
O principal risco identificado pelo Fed agora é o mercado de trabalho, que superou as preocupações com a inflação. Caso haja uma piora significativa no emprego, existe a possibilidade de cortes ainda maiores, de até 50 pontos base.
Essa mudança pode impactar a economia global, especialmente economias emergentes como o Brasil, que são sensíveis às decisões da política monetária americana.
O cenário macroeconômico no Brasil
Enquanto isso, no Brasil, as discussões sobre política fiscal e monetária seguem no centro das atenções. No campo fiscal, a incerteza permanece elevada, especialmente após a apresentação do orçamento para 2024, que conta com uma série de ajustes e receitas condicionadas a decisões judiciais e administrativas.
Em relação à política monetária, a indicação de Gabriel Galipo para a presidência do Banco Central trouxe algum alívio, mas o mercado ainda está atento à possibilidade de ajustes na taxa Selic. Embora tenha havido rumores sobre um possível aumento da Selic, as projeções atuais sugerem que a manutenção da taxa em 10,5% seria suficiente para atingir as metas de inflação previstas para os próximos anos.
O que esperar para o futuro?
Nossa expectativa é que o Banco Central adote uma postura conservadora nas próximas reuniões, monitorando de perto a inflação e a atividade econômica. Mesmo que a taxa Selic permaneça estável no curto prazo, o cenário ainda é incerto, especialmente com o câmbio flutuando e a economia mostrando sinais de recuperação.
Mantemos a projeção de que a Selic deverá cair para 9,5% em meados de 2025, mas a convicção nessa previsão é menor do que antes, devido às pressões externas e internas.
Conclusão
O cenário macroeconômico global e brasileiro está em constante evolução. As políticas monetária e fiscal serão cruciais para definir o rumo da economia nos próximos meses. Continue acompanhando nossas análises e fique por dentro das atualizações.
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