Em busca de proteção contra as oscilações do mercado local? Descubra como investir no exterior e diversificar a sua carteira.
Diversificação. Essa é a palavra a ser usada por aqueles que desejam se proteger das turbulências da economia. Mas será que só manter ativos domésticos é o bastante para ter mais garantias? Sejamos francos: saber como investir no exterior – de forma legal, claro – pode ser a sua carta na manga.
O assunto, porém, gera muitas dúvidas. Quais são as opções disponíveis? Os custos são altos? E os riscos? Se você está atrás dessas respostas, continue lendo este texto.
Por que investir no exterior?
Você já deve ter ouvido a seguinte máxima: nunca deixe os ovos na mesma cesta. A metáfora pode ser batida, mas é verdadeira.
Afinal, mesmo com todas as garantias, ter posições apenas na renda fixa o deixará exposto aos riscos de mercado, como juros e inflação, ou mesmo ao risco de crédito, caso decida por títulos privados.
Já ao adquirir títulos de renda variável ou cotas de fundos com perfis moderados e arrojados – que têm mais potencial de ganhos no longo prazo – a situação se inverte. Entretanto, ainda assim, as incertezas domésticas continuarão a rondá-lo, o que atingirá em cheio os seus rendimentos.
Agora, se você investir no exterior legalmente, a sua carteira ficará menos exposta às oscilações locais. Além disso, poderá lucrar com a apreciação da moeda estrangeira em relação ao real e com o crescimento de setores do mercado internacional que estejam imunes à realidade brasileira.
Como investir no exterior?
Você deve estar pensando: e quais são as minhas alternativas? Pode não parecer, mas elas são muitas. Por isso, selecionamos as mais populares. Acompanhe:
Fundos de investimentos
No mercado, existem fundos formados exclusivamente por ativos e títulos de dívidas internacionais – conhecidas como bonds. As cestas têm composições e características diferentes, que dependem da categoria e da estratégia. Por isso, é preciso olhar com cuidado as lâminas e os custos antes de comprá-las para que de fato tragam o retorno esperado.
Como vantagem, as opções oferecem carteiras prontas, sem a necessidade de arcar com os custos da composição e com o tempo de pesquisa das melhores alternativas. No entanto, as cotas são reservadas apenas para investidores qualificados – com ao menos R$ 1 milhão aplicados.
ETF
Sigla para Exchage Traded Funds, os ETFs ficaram conhecidos por aqui como fundos de índices, por replicarem indicadores de mercados amplos ou específicos. Por isso, a gestão deles é passiva, o que representa menos riscos em relação aos fundos de ações com gestão agressiva. E também têm menores custos, porque não contam com o intuito de superar metas.
No Brasil, é possível adquirir ETFs que replicam o S&P 500 – índice das 500 ações mais negociadas na Bolsa de Nova York. No entanto, por aqui, a variedade desses fundos ainda é limitada.
BDR
Os Brazilian Depositary Recips são certificados de ações internacionais negociadas na B3. Em geral, correspondem a carteiras de ativos de uma única empresa, que seguem as cotações nas bolsas internacionais e são montadas por bancos nacionais ou estrangeiros.
Na prática, ao comprar BDRs, os aplicadores adquirem participações em companhias como Apple, Nike e Barkeshire and Hathaway – do megainvestidor Warren Buffett – sem precisar abrir uma conta no exterior. Para contratá-los, porém, é preciso ser um investidor qualificado.
Investir diretamente em outros países
Todos que busca entender como investir no exterior já se viram diante dessa possibilidade. De fato, trata-se de uma maneira comum e bastante efetiva de aplicação: para isso, basta abrir uma conta, enviar o dinheiro e comprar os ativos desejados.
O ponto positivo é que, ao fazer isso, você tem mais liberdade de escolha para determinar a sua carteira. Aqui, a cesta de investimentos é sua, o que confere exclusividade e maleabilidade. No entanto, é preciso estar atento para aplicações acima de US$ 100 mil, que exigem a notificação das operações ao Banco Central e à Receita Federal.
Outra medida de segurança importante é fugir dos paraísos fiscais e escolher mercados com grandes volumes negociados e oportunidades de ganhos, como Estados Unidos, Japão e Inglaterra.
Comece agora!
Agora que você entendeu como investir no exterior legalmente, pôde perceber como há detalhes e decisões importantes a serem tomadas, não é mesmo? Se você quer começar a aplicar e precisa tirar mais dúvidas sobre o processo, entre em contato com um de nossos consultores!