Dólar em julho: cenários e riscos para o câmbio no segundo semestre

Tempo de leitura: 3 minutos

Em junho, o dólar iniciou o mês acima de R$ 5,70 e encerrou por volta de R$ 5,40. Embora isso represente um alívio para o mercado, a permanência dessa tendência depende de fatores tanto externos quanto internos. Mas o que esperar para o dólar em julho?

Otávio Oliveira, Gerente de Tesouraria do Banco Daycoval, deixa claro: “O mercado segue dividido. De um lado, o dólar perde força por conta de fatores externos. De outro, aqui dentro, o risco fiscal e político reacende a cautela.”

Assista à análise completa com Otávio Oliveira para compreender como esses fatores podem alterar o cenário cambial e suas estratégias de investimento.

Cenário global: o papel de Trump, petróleo e acordos internacionais

Tensão no Oriente Médio

A crise entre Irã e Israel, intensificada pela intervenção americana, provocou valorização do petróleo — e, consequentemente, do dólar. No entanto, após a intervenção americana a situação não voltou a escalar.

Diplomacia e comércio

A moeda americana também está sob pressão negativa devido aos acordos diplomáticos que Trump tem articulado com China, Reino Unido e Canadá. Isso pode enfraquecer o dólar globalmente em um cenário de “guerra fiscal”.

Acordo EUA-União Europeia

Espera-se que a UE e os EUA concluam acordos sobre tarifas na primeira quinzena de julho — outro fator que pode afetar positivamente o dólar no mercado global.

Foco no Brasil: IOF e pré-campanha eleitoral

Judicialização do IOF

Em junho, com o embate entre o Congresso e o Executivo, o tema do IOF voltou ao centro das atenções. Caso o governo leve o assunto à Justiça, Otávio nos alerta: “isso aumenta a percepção de risco Brasil — principalmente para o capital estrangeiro — o que pode afetar tanto os juros quanto o câmbio de forma indireta.”

Início da pré-campanha 2026

A antecipação do processo eleitoral de 2026 adiciona incerteza ao cenário doméstico. Conforme Otávio observa, “há sinais de rejeição crescente ao governo atual, enquanto nomes de oposição mais moderados – e com apoio do mercado – começam a se movimentar.” Isso pode ampliar o risco político e impactar o câmbio.

Dólar em julho: expectativas e limites

O dólar acumulou uma queda de cerca de 30 centavos em junho. O último Relatório Focus projeta a moeda em R$ 5,70 para dezembro — menos do que os R$ 5,80 previstos previamente.

Ainda assim, conforme Otávio destaca, “há uma percepção de melhora… mas o cenário continua desafiador.” Em resumo: a correção foi grande, mas espaço extra para desvalorização já é mais limitado.

Conclusão

Junho foi favorável ao real, com dólar recuando cerca de 5%, mas os meses seguintes trazem desafios. No cenário global, tensão no Oriente Médio, políticas tarifárias e acordos comerciais estão no radar. Já no plano doméstico, IOF e movimentos eleitorais adicionam volatilidade adicional.

Para Otávio Oliveira, “investidor precisa estar atento aos desdobramentos dos acordos internacionais, à novela do IOF e ao início da corrida eleitoral, que promete mexer com o câmbio e os ativos locais.”

Continue acompanhando a análise completa de Otávio Oliveira para tomar decisões mais embasadas. E, se quiser se posicionar bem em um cenário incerto, abra sua conta no Banco Daycoval.

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