
Em junho, o dólar iniciou o mês acima de R$ 5,70 e encerrou por volta de R$ 5,40. Embora isso represente um alívio para o mercado, a permanência dessa tendência depende de fatores tanto externos quanto internos. Mas o que esperar para o dólar em julho?
Otávio Oliveira, Gerente de Tesouraria do Banco Daycoval, deixa claro: “O mercado segue dividido. De um lado, o dólar perde força por conta de fatores externos. De outro, aqui dentro, o risco fiscal e político reacende a cautela.”
Assista à análise completa com Otávio Oliveira para compreender como esses fatores podem alterar o cenário cambial e suas estratégias de investimento.
Sumário
ToggleCenário global: o papel de Trump, petróleo e acordos internacionais
Tensão no Oriente Médio
A crise entre Irã e Israel, intensificada pela intervenção americana, provocou valorização do petróleo — e, consequentemente, do dólar. No entanto, após a intervenção americana a situação não voltou a escalar.
Diplomacia e comércio
A moeda americana também está sob pressão negativa devido aos acordos diplomáticos que Trump tem articulado com China, Reino Unido e Canadá. Isso pode enfraquecer o dólar globalmente em um cenário de “guerra fiscal”.
Acordo EUA-União Europeia
Espera-se que a UE e os EUA concluam acordos sobre tarifas na primeira quinzena de julho — outro fator que pode afetar positivamente o dólar no mercado global.
Foco no Brasil: IOF e pré-campanha eleitoral
Judicialização do IOF
Em junho, com o embate entre o Congresso e o Executivo, o tema do IOF voltou ao centro das atenções. Caso o governo leve o assunto à Justiça, Otávio nos alerta: “isso aumenta a percepção de risco Brasil — principalmente para o capital estrangeiro — o que pode afetar tanto os juros quanto o câmbio de forma indireta.”
Início da pré-campanha 2026
A antecipação do processo eleitoral de 2026 adiciona incerteza ao cenário doméstico. Conforme Otávio observa, “há sinais de rejeição crescente ao governo atual, enquanto nomes de oposição mais moderados – e com apoio do mercado – começam a se movimentar.” Isso pode ampliar o risco político e impactar o câmbio.
Dólar em julho: expectativas e limites
O dólar acumulou uma queda de cerca de 30 centavos em junho. O último Relatório Focus projeta a moeda em R$ 5,70 para dezembro — menos do que os R$ 5,80 previstos previamente.
Ainda assim, conforme Otávio destaca, “há uma percepção de melhora… mas o cenário continua desafiador.” Em resumo: a correção foi grande, mas espaço extra para desvalorização já é mais limitado.
Conclusão
Junho foi favorável ao real, com dólar recuando cerca de 5%, mas os meses seguintes trazem desafios. No cenário global, tensão no Oriente Médio, políticas tarifárias e acordos comerciais estão no radar. Já no plano doméstico, IOF e movimentos eleitorais adicionam volatilidade adicional.
Para Otávio Oliveira, “investidor precisa estar atento aos desdobramentos dos acordos internacionais, à novela do IOF e ao início da corrida eleitoral, que promete mexer com o câmbio e os ativos locais.”
Continue acompanhando a análise completa de Otávio Oliveira para tomar decisões mais embasadas. E, se quiser se posicionar bem em um cenário incerto, abra sua conta no Banco Daycoval.