Por
Mauro Rached, Head de Investimentos
Pedro Assumpção, Analista de Fundos
Em 2023, com o cenário internacional instável somado às incertezas do âmbito fiscal no Brasil, os investimentos em renda fixa prometem seguir como uma opção vantajosa para os investidores.
Uma dica de outro para este e os próximos anos: procure manter uma carteira diversificada o tempo inteiro, alterando o peso de cada classe de ativos com alguma frequência, e não apenas uma vez por ano. Atualize a carteira em função da conjuntura econômica e dos preços dos ativos, atuais e projetados.
Sumário
ToggleRenda fixa: a grande atração dos portfólios
Para começar, é preciso ter em mente que não somente o Brasil, mas o “mundo” vai rodar 2023 com taxas de juros no pico dos últimos anos. Só por isso já daria para dizer que a renda fixa vai ser a grande atração dos portfolios. E quando falamos de renda fixa aqui incluímos não somente títulos e valores mobiliários, públicos e privados, mas também os fundos de investimento dessa classe.
Seja qual for a sua pegada, conservadora ou mais arrojada, a participação da renda fixa na sua carteira em 2023 deveria ser a maior possível aplicável ao seu perfil. Por exemplo, se você gosta de aplicar em renda variável e nunca aplica mais do que 30% dos seus investimentos em renda fixa, então se mantenha nesse patamar, e não menos do que isso.
O Brasil começa o ano com um novo Governo e uma nova política econômica. É normal que o primeiro ano seja de formulação e os demais de execução. Isso pode gerar algumas dúvidas temporárias sobre o futuro da economia.
O Banco Central do Brasil já subiu a taxa de juros básicos (SELIC) até onde pretendia e agora deve mantê-los nos atuais 13,75% aa por um longo período a fim de domar as pressões inflacionárias e suavizar os efeitos das incertezas mencionadas.
Por tudo isso, o momento parece favorecer as aplicações pós-fixadas indexadas à Selic ou ao CDI, pelo menos para as aplicações de curto e médio prazo. Caso queira (e possa) alongar parte das aplicações (acima de 3 anos), prefira os investimentos indexados ao IPCA.
Quer saber como fica a Selic em 2023? Confira a análise do nosso economista-chefe.
Fundos Multimercados e Fundos Imobiliários
Indo agora para as classes de risco menos conservadoras, vemos com bons olhos a manutenção de uma fatia da carteira em Fundos Multimercados. Boa parte dos fundos mais renomados dessa classe obteve bons resultados em 2022. Quando bem aproveitada, a liberdade que os gestores têm nessa modalidade permite resguardar o patrimônio dos cotistas nos momentos de alta volatilidade e turbinar os ganhos no médio e longo prazo. Continuamos confiantes de que os Multimercados bem selecionados continuarão a entregar desempenho superior ao CDI em 2023.
Os Fundos Imobiliários não costumam ir muito bem em tempos de juros altos, de forma geral. Isso acontece em parte porque os aluguéis e as prestações recebidos pelos fundos por conta dos imóveis investidos rivalizam com os juros das aplicações financeiras mais líquidas.
Se um fundo recebe por um andar corporativo um aluguel mensal que corresponde a 1% do valor do imóvel e, por outro lado, uma aplicação de título público paga mais do que isso, é lógico que os investidores vão preferir essa segunda opção.
São situações como essa que fazem os fundos imobiliários se desvalorizarem em tempos de juros mais elevados. Mas se a trajetória dos juros for declinante no 2º semestre, como esperamos, esses fundos podem iniciar uma forte tendência de alta. O melhor é manter um “pé” dentro dessa classe e, eventualmente, aumentar a alocação mais adiante, lá pela metade do ano.
Ações e investimentos internacionais
Avançando um pouco mais na linha do arrojo, falar sobre renda variável é quase uma obrigação, além de motivo de muito interesse de um bocado de gente, não é mesmo? Quem acompanha minimamente o mercado financeiro sabe que 2022 foi um ano bem complicado para as ações, tanto na B3 quanto nas principais praças financeiras internacionais.
No Brasil, a forte inflação no primeiro semestre e as incertezas associadas às eleições minaram o caminho das ações brasileiras, mesmo que o PIB do país tenha crescido cerca de 3% no ano. Esse comportamento do mercado acionário gerou uma disparidade entre os resultados econômicos das empresas e o preço de suas respectivas ações.
Para 2023, acreditamos que essa classe de ativos pode surpreender positivamente. Indicamos como possíveis gatilhos para essa recuperação: os altos descontos nos preços das ações e a perspectiva de início da queda dos juros locais no 2º semestre do ano. Procure diversificar a carteira de ações e usar os fundos de ações para garantir uma escolha profissional dos ativos.
Não dá para falar de uma carteira diversificada sem abordar os investimentos internacionais. Na média, essa estratégia teve um desempenho bem desfavorável em 2022. Tanto os ativos de renda fixa (a maioria deles são prefixados) quanto as ações sofreram com a alta dos juros ao redor do globo, especialmente nos Estados Unidos e Europa. Partindo da premissa de que o pior do aperto monetário global já esteja precificado nas curvas de juros, nossa expectativa é de que a renda fixa internacional deve gerar bons retornos em 2023.
Como em tudo na vida, procure se informar antes de dar qualquer passo importante na vida, pessoal ou profissional, o que obviamente inclui investir as suas próprias economias. Mas se você não se sente suficientemente confortável para fazer as escolhas sozinho, não titubeie nem um minuto: busque ajuda profissional. Investir com clareza e segurança com certeza vai contribuir para um feliz 2023.
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