Rentabilidade, esse é o propósito de todos que têm algum dinheiro para poupar ou investir. A ideia é buscar meios que garantam maior rendimento e liquidez, mas sempre com segurança. Dentro dessa proposta, o mercado de ações é uma das opções para quem quer ampliar o capital investido.
Acontece que apesar de estar presente em todos os telejornais, a variação das bolsas de valores nem sempre é um tema tão familiar a quem quer Investir. Por isso, preparamos aqui um resumo sobre o assunto.
Mas afinal, o que são ações?
As empresas de capital aberto, registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), podem negociar seus papéis na Bolsa. Uma ação é a menor parcela do capital de uma organização. Os investidores são chamados de acionistas minoritários e passam a ter uma parte da companhia, dividindo assim os lucros, mas também os prejuízos.
As ações podem ser preferenciais, identificadas como PN ou ordinárias (ON), de acordo com o tipo de participação societária. Nas ações preferenciais, o investidor não tem direito a voto nas assembleias de acionistas da empresa, porém, como o próprio nome diz, tem preferência no recebimento de proventos. Já as ações ordinárias dão o direito de voto, podendo, assim, opinar nas deliberações da companhia.
Uma das vantagens de ser sócio de uma sociedade anônima com capital aberto é que a liquidez do mercado acionário permite ao investidor ter a opção de se retirar da sociedade e migrar para outro negócio a qualquer momento. A liquidação se dá em um prazo de dois dias úteis (D+2), tanto física (entrega ou recebimento do ativo em custódia) quanto financeiramente.
Como investir em ações?
No Brasil, a B3 é o único organismo responsável pela negociação dessa fração do capital social das organizações. Os investidores não podem negociar ações diretamente no pregão da B3. A compra e venda de papéis devem sempre passar por uma corretora de valores ou distribuidora, devidamente regulamentada.
Cada papel listado na B3 é identificado por um código de negociação formado por quatro letras e um número. As quatro letras fazem alguma referência ao nome da empresa emissora. Os códigos das ações da Petrobras começam com PETR, por exemplo.
Já o número indica o tipo de ação, como ordinárias, preferenciais, com direito de subscrição e outros. Veja os principais:
1 – Códigos terminados em 1 dão direito a subscrição de uma ação ordinária.
2 – Códigos com final 2 também dão direito a subscrição de uma ação preferencial.
3 – Já o final 3 indica que o papel é uma ação ordinária.
4 – O final 4 indica uma ação preferencial.
5, 6, 7 e 8 – São ações preferenciais de classes diferentes.
A rentabilidade de uma ação na bolsa de valores ocorre de dois modos: com a divisão dos lucros pelas empresas; e a valorização da companhia, consequentemente, dos papéis. Todas as empresas com ações na B3 são obrigadas a realizar a distribuição de, no mínimo, 25% do lucro. Os outros 75% ficam a critério de cada organização, se distribui entre os acionistas ou reinveste na companhia.
Porém, o mais comum, é a obtenção de lucro pela valorização dos papéis. Se o investidor compra uma ação por R$ 10 e, meses depois, vende por R$ 15, terá um lucro bruto de R$ 5. Vale destacar que na B3, para vendas mensais inferiores a R$ 20 mil, o lucro é isento de Imposto de Renda (IR).
Como funciona o vai e vem da Bolsa?
Considerado um investimento de risco, já que ele é variável, é preciso entender como funciona a Bolsa para otimizar os lucros. Quanto mais pessoas comprarem uma determinada ação, maior será o preço daquele papel. E quanto mais pessoas venderem, maior a desvalorização. Vários fatores influenciam esta oscilação na bolsa, desde questões políticas e econômicas dos governos a ambientais. O principal fica por conta do desempenho das companhias. Por isso, é comum ver papéis valorizando ou caindo após a divulgação de balanços. O processo de análise envolve acompanhamento ora da empresa, ora do setor e seus concorrentes, assim como condições macroeconômicas que tendem a influenciar positiva ou negativamente as ações, seja no curto ou no médio/longo prazo.
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