Se existem duas coisas em constante alta nos mercados nesses últimos dias são tensão e ansiedade, dois fatores que podem levar à tomada de decisões precipitadas. Em um mercado de alta volatilidade, essa conduta pode cobrar um preço alto.
“Antes de se movimentar, o investidor deve contemplar a situação de sua carteira como um todo, não somente de uma parcela que tenha sido mais atingida pelas fortes oscilações dos últimos dias”, afirma o diretor da Daycoval Asset Management, Roberto Kropp.
Ele salienta que, se um pedaço da carteira voltado para um investimento de maior risco sofre uma desvalorização mais acentuada agora, isso se deve à condição de mercado, não à qualidade dos ativos. Portanto, se não há urgência em levantar caixa, não há porque materializar essa perda. Deve-se aguardar.
“Essa crise é mais aguda que a de 2008, mas pode não ser tão duradoura”, acrescenta Kropp. Porém, uma característica se repete, na comparação desta crise com anteriores: o mercado brasileiro sempre apresenta volatilidade maior que a de outras praças, o que torna eventuais mudanças de posições ainda mais arriscadas.
“Se tiver que fazer caixa, o investidor deve avaliar primeiro a venda de ativos nos quais tenha investido diretamente e procurar preservar os fundos”, recomenda o Kropp. “Com gestão profissional, essas aplicações oferecem ferramentas sofisticadas e são capazes de executar estratégias defensivas com uma agilidade inacessível ao investidor comum.”