
Saber quanto rende 100 mil no CDI por mês é uma das perguntas mais comuns entre quem busca investir com segurança e boa rentabilidade.
Afinal, o CDI é um dos principais indicadores da renda fixa no Brasil e serve como referência para produtos como CDBs, LCIs, LCAs e fundos DI.
Entender como ele funciona (e o que realmente influencia seu rendimento) é essencial para tomar decisões financeiras mais inteligentes.
Neste guia completo, você vai descobrir quanto seu dinheiro pode render de forma prática, como calcular o retorno e quais estratégias usar para conquistar resultados ainda melhores.
Continue a leitura e veja como fazer o CDI trabalhar a favor dos seus investimentos!

Sumário
ToggleQuanto rende R$100 mil no CDI por mês
O rendimento mensal de R$100 mil investidos em um título atrelado ao CDI depende de diversos fatores, como o percentual do CDI que o produto oferece (por exemplo, 100%, 105%, 110%), o prazo de aplicação, a incidência de imposto de renda e se há liquidez diária ou não.
Para uma simulação aproximada, considerando uma taxa CDI de 14,90% ao ano (referente à Selic atual), o rendimento bruto mensal de um investimento que paga 100% do CDI seria em torno de 1,165% ao mês.
Isso significa que investir R$100 mil renderia, em média, cerca de R$930 por mês antes dos descontos de impostos. Confira uma tabela com exemplos práticos:
Simulação com R$ 100.000 investidos:
| Produto | % do CDI | Rendimento Bruto Mensal | Rendimento Líquido (15% IR) | Rendimento Líquido (20% IR) |
|---|---|---|---|---|
| CDB 100% CDI | 100% | R$ 1.165,00 | R$ 990,25 | R$ 932,00 |
| CDB 110% CDI | 110% | R$ 1.281,50 | R$ 1.089,30 | R$ 1.025,00 |
| CDB 120% CDI | 120% | R$ 1.398,00 | R$ 1.188,30 | R$ 1.118,00 |
Observação importante: O Imposto de Renda é regressivo, e essa simulação considera a alíquota mínima (15%) para aplicações acima de 720 dias.
Além disso, é importante avaliar se o título tem liquidez diária (permite resgate a qualquer momento) ou se exige carência, o que pode impactar tanto o acesso ao valor investido quanto a alíquota do imposto.
Investidores mais estratégicos buscam CDBs com percentuais superiores a 100% do CDI e com prazos que maximizam o retorno líquido.
Como funciona o rendimento do CDI?

O rendimento do CDI é usado como referência para precificar muitos dos investimentos de renda fixa no Brasil. Mas ele não é um investimento em si.
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) representa a taxa média dos empréstimos realizados entre bancos por um dia. Essa taxa reflete o custo do dinheiro no curto prazo dentro do sistema financeiro.
Quando um banco oferece um CDB que rende, por exemplo, 105% do CDI, ele está dizendo que pagará ao investidor 5% a mais do que a taxa média desses empréstimos interbancários.
Portanto, quanto maior a taxa CDI vigente, maior tende a ser o rendimento dos investimentos indexados a ela e vice-versa. O CDI é calculado diariamente e divulgado pela B3. O rendimento final para o investidor depende também:
- Do percentual do CDI acordado no título (ex: 110% do CDI);
- Da frequência de capitalização (geralmente diária);
- Da duração da aplicação;
- Da alíquota do imposto de renda;
- Da liquidez do investimento (diária ou no vencimento).
Investimentos como CDBs, LCIs, LCAs e alguns fundos DI usam o CDI como benchmark. A compreensão da dinâmica do CDI ajuda o investidor a avaliar o desempenho da sua carteira, comparar produtos e identificar boas oportunidades.
CDI e Taxa Selic
O CDI e a Selic são duas taxas intimamente relacionadas, embora não sejam a mesma coisa. A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Já o CDI é a taxa média dos empréstimos entre bancos, realizada em operações de curtíssimo prazo (overnight).
Na prática, o CDI acompanha de perto a Selic. Se a Selic sobe, o CDI também sobe. Se a Selic cai, o CDI cai.
Isso acontece porque o custo do dinheiro no mercado interbancário precisa se alinhar à taxa básica definida pelo governo para que o sistema funcione com equilíbrio.
Confira uma comparação simples:
| Indicador | Definido por | Usado para | Impacto nos investimentos |
| Selic | Banco Central (Copom) | Política monetária | Direciona os juros do país |
| CDI | Mercado interbancário | Base de remuneração de títulos privados | Afeta o rendimento de CDBs, fundos DI etc. |
Essa relação é importante porque, ao entender os movimentos da Selic, o investidor pode antecipar possíveis variações no CDI.
O que influencia no rendimento do CDI?
O rendimento de um investimento atrelado ao CDI pode variar bastante dependendo de diversos fatores.
Embora o CDI seja uma taxa de referência única, o retorno real para o investidor vai depender do produto escolhido e das condições associadas a ele.
A seguir, confira os principais elementos que influenciam esse rendimento:
1. Percentual do CDI oferecido
Nem todos os produtos de renda fixa pagam exatamente 100% do CDI.
Alguns podem pagar 80%, 95%, 110% ou até mais, dependendo do prazo do investimento, do emissor (banco), da liquidez e da atratividade do produto.
Quanto maior o percentual do CDI, maior será o rendimento.
2. Prazo do investimento
Os investimentos mais curtos tendem a pagar percentuais menores do CDI, pois o banco tem menos tempo para utilizar o recurso.
Já os títulos com prazos maiores geralmente oferecem rentabilidades mais atrativas. Além disso, prazos mais longos beneficiam o investidor com uma alíquota menor de Imposto de Renda (via tabela regressiva).
3. Tributação
A maioria dos investimentos que rendem com base no CDI sofre incidência de Imposto de Renda (IR), seguindo a tabela regressiva. Isso impacta diretamente o rendimento líquido (o valor que realmente chega ao seu bolso).
Por exemplo, se o rendimento bruto for R$1.000, com alíquota de 20%, o retorno líquido será de R$800.
4. Liquidez
Produtos com liquidez diária geralmente têm menor rentabilidade, pois oferecem ao investidor a possibilidade de resgate a qualquer momento.
Já aplicações com liquidez no vencimento (como CDBs de prazo fixo) costumam pagar mais porque o banco pode contar com o dinheiro por mais tempo.

5. Inflação
Embora o CDI represente uma rentabilidade nominal, o ganho real (acima da inflação) é o que realmente importa para preservar o poder de compra. Em períodos de inflação alta, mesmo um CDI elevado pode ter rendimento real mais baixo.
6. Instituição financeira emissora
Bancos maiores tendem a oferecer percentuais do CDI mais baixos, pois têm menos necessidade de atrair recursos.
Já bancos médios ou digitais frequentemente oferecem CDBs que pagam mais de 100% do CDI como forma de captação.
É possível ter rendimento acima de 100% no CDI?
Sim, e é mais comum do que parece. Vários produtos de renda fixa, especialmente CDBs emitidos por bancos médios e digitais, oferecem rentabilidade superior a 100% do CDI.
Isso acontece porque essas instituições buscam atrair investidores oferecendo taxas mais atrativas do que grandes bancos.
Por exemplo, um CDB que paga 110% do CDI oferece um rendimento 10% maior do que a taxa de referência. Se o CDI estiver em torno de 13,65% ao ano, o rendimento bruto será equivalente a 15% ao ano aproximadamente.
Entretanto, é importante observar alguns pontos:
- Quanto maior a taxa oferecida, geralmente maior o prazo de carência ou menor a liquidez;
- Produtos com percentuais acima de 100% do CDI ainda estão sujeitos à tributação regressiva de IR, o que afeta o rendimento líquido;
- CDBs são protegidos pelo FGC (até R$250 mil por CPF por instituição), o que dá segurança adicional.
Buscar opções com rendimento acima de 100% do CDI pode ser uma excelente estratégia, desde que você analise o prazo, a liquidez e a confiabilidade da instituição emissora.
Por que investir em títulos atrelados ao CDI?

Investir em ativos atrelados ao CDI é uma das formas mais seguras e eficientes de preservar e rentabilizar seu capital com previsibilidade. Entenda por que vale a pena considerar esse tipo de aplicação:
- Rentabilidade consistente: produtos que seguem o CDI tendem a acompanhar de perto a taxa básica de juros da economia, garantindo rendimentos alinhados com o mercado;
- Boa relação risco-retorno: CDBs, LCIs e LCAs atrelados ao CDI oferecem rentabilidade atrativa com baixo risco de crédito, principalmente quando protegidos pelo FGC;
- Diversidade de prazos e emissores: é possível encontrar investimentos atrelados ao CDI com prazos curtos, médios ou longos, o que permite montar uma carteira equilibrada;
- Previsibilidade e controle: mesmo que o CDI oscile, é possível estimar com relativa precisão quanto você vai receber, facilitando o planejamento financeiro;
- Ideal para vários perfis: tanto investidores iniciantes quanto mais experientes podem se beneficiar desses produtos, seja para compor uma reserva de emergência, seja como base da carteira de renda fixa.
Se o seu objetivo é crescer com segurança, os investimentos atrelados ao CDI são excelentes aliados.
E quais são os riscos?
Embora os produtos ligados ao CDI sejam considerados seguros e conservadores, todo investimento envolve riscos. Entenda quais são os principais:
- Risco de crédito: refere-se à possibilidade de o emissor do título (geralmente um banco) não honrar com o pagamento. Em CDBs, LCIs e LCAs, esse risco é minimizado pela cobertura do FGC, até o limite de R$250 mil por CPF e por instituição;
- Risco de liquidez: nem todos os produtos permitem resgate imediato. Alguns exigem que você espere o vencimento, o que pode dificultar o acesso ao dinheiro em caso de imprevistos;
- Risco fiscal: o rendimento líquido é afetado pelo Imposto de Renda, cobrado de forma regressiva. Quanto menor o prazo da aplicação, maior a alíquota;
- Rendimento real negativo: em cenários de alta inflação, a rentabilidade líquida pode ser corroída. Mesmo com 100% do CDI, se a inflação for maior, o ganho real será reduzido;
- Risco de mercado (menor): embora o CDI seja estável, ele pode ser impactado por decisões de política monetária, o que influencia diretamente o retorno esperado.
Avaliar esses fatores com atenção e escolher produtos alinhados ao seu perfil ajuda a reduzir riscos e aumentar a eficiência dos seus investimentos.
Principais estratégias para investir em CDI
Existem diversas formas de aproveitar as oportunidades oferecidas por investimentos atrelados ao CDI. Aqui estão algumas estratégias práticas:
- Aproveite percentuais superiores a 100% do CDI: busque CDBs que ofereçam 105%, 110% ou até mais do CDI. Eles são mais comuns em bancos médios e costumam exigir prazos maiores, o que compensa pela rentabilidade;
- Monte uma escada de vencimentos (laddering): distribua seus investimentos em produtos com prazos diferentes (6 meses, 1 ano, 2 anos…), garantindo fluxo de caixa recorrente e mais flexibilidade;
- Use o CDI para a reserva de emergência (com liquidez diária): opte por CDBs com resgate imediato e rendimento próximo de 100% do CDI. Assim, você mantém seu dinheiro rendendo e disponível para imprevistos;
- Combine CDI com outros indexadores: equilibre sua carteira com produtos atrelados ao IPCA (inflação) ou prefixados, além dos ligados ao CDI. Isso reduz riscos e melhora a diversificação;
- Simule sempre antes de investir: use ferramentas de simulação para calcular o rendimento líquido com base no valor, prazo e percentual do CDI oferecido. Isso evita surpresas.

Conclusão
Investir em produtos atrelados ao CDI continua sendo uma das formas mais inteligentes de gerar rentabilidade com controle de risco.
Com estratégias bem definidas, é possível obter retornos superiores a 100% do CDI, proteger o capital, planejar a liquidez e montar uma carteira sólida e equilibrada.
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Disclaimer:
Este material foi elaborado pelo Banco Daycoval S.A (“Daycoval”). As informações deste material são apenas informativas e não constituem solicitação, oferta ou recomendação de compra ou venda de ativos financeiros. Antes de qualquer decisão de investimento, os clientes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se o produto apresentado é indicado para o seu perfil de investidor.
Para fins de verificação da adequação do perfil do investidor aos produtos de investimento oferecidos, é utilizado a metodologia de adequação por produto, nos termos das Regras e Procedimentos do Código ANBIMA de Distribuição de Produtos de Investimento. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.
Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Os CDBs e LCIs contam com garantia do fundo garantidor de créditos – FGC, que têm um limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em cada instituição, e um teto de R$ 1 milhão a cada 4 anos. Para mais informações, visite o site do FGC: www.fgc.org.br. Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os clientes. O Banco Daycoval não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base neste material, nem por prejuízos decorrentes de seu uso.
A Ouvidoria do Banco Daycoval tem como objetivo atuar de forma independente e imparcial na mediação entre o Banco Daycoval, os clientes e os usuários de seus produtos e serviços e pode ser contatada por meio do telefone: Central de Atendimento 0800 777 0900 ou SAC 0800 775 0500 a disposição nos dias úteis, no horário das 9h às 18h.
