Categorias

Diversificar na renda fixa? 6 dicas para aplicar o seu dinheiro de forma inteligente

A renda fixa é uma classe de ativos muito versátil. Além de ser a escolha de investidores mais conservadores, é também o porto seguro dos mais arrojados em tempos de Selic alta. Mas será que os títulos dessa classe são todos iguais? Com certeza, não! Por isso, você pode e deve diversificar na renda fixa. Veja como!


Abra a sua conta e comece a investir em renda fixa

Por que investir na renda fixa? 

A renda fixa é a classe que reúne ativos que possuem regras de remuneração definidas no momento da aplicação, diferente da renda variável. Saiba mais com a Larissa Gomes, economista e analista de investimentos do Banco Daycoval:

Por serem seguras e relativamente previsíveis, essas aplicações são muito indicadas para objetivos com data definida, para formação de reserva de emergência, proteção contra inflação e para investidores conservadores de forma geral.

Entre as principais vantagens da renda fixa, podemos destacar:

  • Baixo risco  Praticidade
  • Segurança
  • Previsibilidade
  • Liquidez
  • Acessibilidade

Renda fixa é tudo igual?

Nem todo mundo sabe, mas as aplicações da renda fixa são bem variadas e podem ser combinadas de forma a atender diferentes objetivos e capturar oportunidades em cenários diversos.

Conheças as diferentes características das aplicações para diversificar na renda fixa:

Tipos de emissor 

Público

Títulos emitidos pelo Governo Federal, custodiados no SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).

Privado

Títulos emitidos por empresas e instituições financeiras, custodiados na CETIP (Central de Liquidação e Custódia de Títulos Privados), que pertence a B3.

  • Financeiro – CDB, LCA, LCI e LF.
  • Securitizados – CRI e CRA.
  • Não Financeiro e S.A – Debêntures e Debêntures de Infraestrutura

Tipos de remuneração 

Existem três grandes modalidades de remuneração de títulos de renda fixa. São elas: prefixada, pós-fixada e híbrida.

Prefixada

Os juros e cupons estabelecidos e contratados no momento da aplicação não variam ao longo do período e são definidos com base nas condições do mercado e do emissor do papel (risco, saúde financeira). Exemplo: CDB 15% a.a.

Vantagens

  1. Rentabilidade fixa contratada previamente.
  2. Você sabe exatamente quanto vai resgatar no vencimento.
  3. Ideal para metas de médio e longo prazo.

Pós-fixada

O juro é estipulado com base em uma taxa flutuante de mercado (Pública – Taxa Selic, Privada – Taxa CDI). Em outras palavras, o retorno de um título pós-fixado será um percentual da taxa de juros de mercado. Exemplo: CDB 110% do CDI a.a.

 Vantagens

  1. Segurança: costumam ser emitidos por instituições financeiras sólidas e regulamentadas. Apresentam menor risco em caso de liquidação antecipada.
  2. Liquidez: geralmente, possuem boa liquidez, sendo alternativas interessantes para reservas de emergência.
  3. Rentabilidade: previsibilidade dos retornos, já que o rendimento é atrelado a índices de referência de mercado amplamente divulgados.
  4. Diversificação: parcela fundamental em qualquer carteira bem diversificada, proporcionando balanceamento do risco da carteira.

Híbrida

Neste caso, a rentabilidade é composta por dois elementos, inflação e juros prefixados. O índice de inflação utilizado para rentabilizar esse ativo é o IPCA. Exemplo: LCA IPCA + 5%.

Vantagens

  1. Proteção contra inflação: investimentos nessa modalidade proporcionam ganhos reais, ou seja, retornos acima da inflação durante o período de aplicação. Dessa forma, o investidor se protege contra a desvalorização da moeda. Ideal para investimentos de longo prazo e para compor portfólios visando à aposentadoria.
  2. Diversificação: devido a sua composição de rendimento, inflação + juros prefixado, podem proporcionar rendimentos mais satisfatórios a longo prazo.

Tipos de risco 

Apesar de seguros, os títulos de renda fixa também têm diferentes tipos de risco, como por exemplo:

  1. Risco de crédito: risco de o emissor de um título não honrar com as obrigações de pagamento de juros e principal.
  2. Risco de mercado: variação do preço do ativo em decorrência de mudanças em fatores econômicos.
  3. Risco de liquidez: risco de não conseguir vender um título antecipadamente a um preço satisfatório e no momento desejado.
  4. Risco de perda de poder de compra: risco de a inflação superar o retorno obtido no período aplicado. Nesse cenário o montante aplicado perdeu poder de compra.

Tipos de tributação 

Isentos

Títulos que não possuem tributação sobre seus rendimentos (LCI, LCA, CRI, CRA e Debêntures incentivadas).

Tributados

Títulos que possuem tributação sobre seus rendimentos de acordo com tabela regressiva.

Tempo de Aplicação (dias)Alíquota
0 a 18022,5%
180 a 36020,0%
361 a 72017,5%
acima de 72115,0%

Prazo 

A renda fixa apresenta papéis com prazos muito variados, desde liquidez diária até longos anos. Por isso, antes de investir, você precisa observar se a carência e o vencimento do título em questão estão alinhados ao seu objetivo.

6 dicas diversificar na renda fixa 

Montar uma carteira de investimentos exige conhecimento e dedicação. Se você deseja ter uma carteira diversificada com ativos de renda fixa, siga as dicas a seguir:

  1. Defina os seus objetivos – determine a finalidade das aplicações, como comprar uma casa, viajar e se aposentar, por exemplo.
  2. Estabeleça prazos – com as metas criadas, decida em qual prazo deseja alcança-las.
  3. Escolha os tipos de rentabilidade – compare os retornos ofertados por títulos pré, e pós-fixados e híbridos. Montei uma carteira diversificado que atenda suas expectativas de risco e retorno.
  4. Invista em fundos – escolha fundos de renda fixa com um bom histórico de rentabilidade. Os fundos de renda fixa apresentam carteiras diversificadas com inúmeros ativos dentro dessa classe e contam com a gestão profissional na constituição do patrimônio líquido do fundo.
  5. Tenha títulos públicos e privados – a diversificação entre diferentes emissores reduz o risco de crédito.
  6. Compare rendimentos em termos líquidos – Ao descontar os impostos dos retornos brutos, estaremos considerando a rentabilidade líquida. Dessa forma, o investidor poderá comparar todos os rendimentos de diferentes ativos, com diferentes características, sobre uma mesma base e assim optar por aquele que melhor lhe atende.

Analise o cenário econômico 

Além dos seus objetivos, o contexto econômico é um ponto fundamental de ser analisado na hora de diversificar na renda fixa. De forma resumida podemos caracterizar bem dois momentos envolvendo o contexto econômico e seus desdobramentos.

Ciclos de alta nas taxas de juros: em momentos em que as taxas de juros estão crescentes, investimentos em renda fixa pós fixados se tornam mais atrativos, por acompanhar esse movimento de alta do índice referência.

Ciclos de baixa nas taxas de juros: em momentos em que as taxas de juros estão descendentes e com perspectivas de novas quedas, investimentos em renda fixa prefixada se tornam mais atrativos por manter o rendimento da aplicação em patamares superiores às condições vigentes durante a queda nos juros.

Essa dinâmica ocorre porque a Selic é utilizada como instrumento de política monetária pelo Banco Central no controle inflacionário. Se o IPCA (indicador de inflação) sobe para níveis superiores às margens aceitáveis estabelecidas pela equipe econômica, o BC eleva os juros para atenuar e controlar a escalada de preços. Dessa forma, investidores em títulos pós-fixados que estavam posicionados durante a elevação da taxa, auferiram rendimentos crescentes em linha com o movimento da Selic.

O preço do controle inflacionário por meio da elevação nas taxas de juros será tão maior quanto o tempo de duração. Este preço será uma contração econômica. Visto que com o crédito elevado há poucos estímulos ao consumo e investimentos e, consequentemente, ao nível de renda e emprego na economia.

Essa redução na atividade econômica vai refletir em menores níveis de inflação ao longo das janelas de mensuração, permitindo ao governo iniciar um ciclo de cortes nas taxas de juros, já que a inflação não é mais um problema. Nesse cenário de cortes nas taxas de juros, bem como perspectivas baixistas para os juros futuros, papéis prefixados vão se apresentar como boas opções.

Na atual conjuntura, com a Selic elevada, as papéis pós-fixados oferecem uma rentabilidade muito atrativa. Contudo, com as projeções sinalizando o início da queda da taxa básica de juros ainda este ano, vale a pena incluir na carteira títulos prefixados que apresentem uma boa remuneração.

Investimentos feitos em papéis atrelados à inflação, nesse momento, visam capturar a parcela prefixada dessa modalidade, visto que as taxas ainda estão elevadas.

Como investir em renda fixa? 

O primeiro passo para começar a investir em renda fixa é abrir uma conta de investimentos. Aqui no Daycoval, além de contar com uma grande variedade de títulos de renda fixa para compor a sua carteira, você terá o suporte dos nossos Assessores de Investimentos.
Nosso time analisará o seu perfil e objetivos e fará as melhores recomendações em renda fixa para você.

Clique aqui e abra a sua conta

Recomendar Conteúdo:
WhatsApp
LinkedIn
Twitter
Facebook

Quem leu essa matéria também gostou

Matérias mais lidas

Gostaria de receber novidades?
WhatsApp
LinkedIn
Twitter
Facebook

    Ei, tá curtindo o nosso Blog?

    Inscreva-se para receber as nossas novidades dicas financeiras exclusivas e conteúdo especial na sua caixa de entrada.


    Prometemos não utilizar suas informações de contato para enviar qualquer tipo de SPAM.


    Obrigado por se inscrever!

      Ei! Espera um minutinho, por favor!

      Inscreva-se no Blog Daycoval para receber as nossas novidades, dicas financeiras exclusivas e conteúdo especial na sua caixa de entrada.


      Prometemos não utilizar suas informações de contato para enviar qualquer tipo de SPAM.


      Obrigado por se inscrever!