O IBGE divulgou hoje o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador de agosto registrou queda de 0,36%, sendo o segundo mês consecutivo de deflação, ou seja, a queda de preços de produtos e serviços.
Como impacta o seu bolso?
A principal causa da deflação é o aumento da oferta de produtos e a queda da demanda. Apesar da redução de preços parecer algo positivo, a deflação por longos períodos (o que não é o caso agora) pode colocar a economia em risco, resultando, por exemplo, na perda de empregos. Sendo assim, podemos considerar que a oscilação dos preços funciona como um termômetro para a economia.
Entenda a deflação
Com o exemplo abaixo, é possível entender que, seja você empregado, empresário ou investidor, a deflação persistente pode ser bem desfavorável.
Suponha que um produtor de bananas não consiga vender toda a sua produção e decida diminuir os preços para aumentar as vendas.
Contudo, ainda assim, ele não consegue vender tudo e tem prejuízo, o que leva à demissão de funcionários.
Os funcionários que perderam o emprego ficaram sem renda e reduziram o consumo e passaram a comprar menos no mercado.
O dono do mercado sofre com a redução das vendas e faz menos pedidos à indústria de alimentos, que também tem o seu faturamento afetado e diminui a compra de insumos, como a banana, por exemplo.
Viram como a deflação, que a princípio parece boa, envolve um encadeamento de acontecimentos negativos?
É por isso que o cenário ideal prevê uma alta controlada dos preços a cada espaço de tempo, melhorando também outros indicadores importantes, como o consumo, a renda da população e a geração de empregos.
Por isso, ao investir, é importante considerar tanto a proteção contra a inflação, preservando o seu poder de compra com aplicações atreladas ao IPCA, como a deflação, formando uma reserva de emergência com liquidez para possíveis momentos de crise.