Renda Fixa pós-fixada, prefixada e híbrida: diferenças e qual escolher

Tempo de leitura: 6 minutos
Mulher feliz porque investiu em renda fixa pós fixada

Se você investe ou está pensando em investir, já deve ter ouvido falar que, por conta dos juros altos, este é um ótimo momento para aplicar em títulos de renda fixa. Contudo, fica a dúvida: é melhor investir em títulos de renda fixa pré ou pós-fixados?

A resposta para essa pergunta envolve diversos fatores. E nem sempre existe uma resposta pronta. Porém, não compreender as diferenças entre essas duas formas de rentabilidade pode conduzir à escolha errada.

Neste artigo, você irá saber quais são as características, vantagens e desvantagens de cada um desses tipos de investimentos em renda fixa para fazer a escolha mais indicada para você. Boa leitura!

O que é renda fixa e como funciona?

Antes de entrar especificamente nas explicações sobre rentabilidade pré ou pós-fixada, vamos definir o que é renda fixa.

Renda fixa é uma classe de investimentos que paga juros em uma proporção determinada, como você verá nos exemplos mais adiante.

Por conta de sua relativa previsibilidade, boa liquidez e riscos controlados,  os títulos de renda fixa costumam ser considerados um investimento de baixo risco e atraem a atenção de perfis mais conservadores e de quem deseja montar uma reserva de emergência.

Entre os principais exemplos de renda fixa que contam com opções prefixadas e pós-fixadas, podemos citar Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, Letra de Câmbio e Debêntures.

Qual é o impacto do cenário econômico na Renda Fixa?

O cenário econômico exerce uma influência direta sobre os investimentos em renda fixa. Elementos como taxa de juros, inflação, crescimento econômico e políticas monetárias afetam a rentabilidade desses ativos. 

Entender como cada um desses fatores interfere no desempenho dos títulos é fundamental para tomar decisões financeiras mais acertadas.

A taxa Selic, por exemplo, é um dos principais indicadores a serem observados. Quando a Selic está alta, os títulos pós-fixados, como CDBs atrelados ao CDI e Tesouro Selic, tornam-se mais atrativos devido ao aumento da rentabilidade. 

Já em cenários de queda da taxa de juros, os títulos prefixados ganham destaque, pois permitem travar uma rentabilidade interessante antes da redução.

A inflação também tem um papel importante. Quando os preços sobem de forma acelerada, títulos híbridos, como CDB IPCA, Tesouro IPCA+ e LCIs atreladas ao IPCA, são recomendados, pois oferecem proteção ao garantir uma rentabilidade acima da inflação.

Em momentos de instabilidade econômica, é comum que os investidores busquem ativos de menor risco, como a renda fixa, devido à previsibilidade e segurança desses investimentos em comparação com a volatilidade da renda variável.

Quais são os tipos de investimentos de renda fixa?

Os investimentos em renda fixa se destacam por oferecer previsibilidade e segurança, sendo uma escolha popular entre investidores de diferentes perfis.

Eles podem ser classificados em três principais categorias: prefixados, pós-fixados e híbridos. Cada uma dessas modalidades possui características distintas, adequadas a diferentes cenários econômicos e objetivos financeiros.

A seguir, vamos entender como cada tipo funciona, quando são mais indicados e exemplos práticos para facilitar a compreensão.

Renda fixa prefixada

Em um título prefixado, os juros e cupons estabelecidos e contratados no momento da aplicação não variam ao longo do período do investimento.

Um exemplo seria um CDB 15,5% ao ano como prazo de 3 anos.

Moedas e gráficos representando a renda fixa pós fixada

A principal vantagem desse tipo de investimento é a garantia de rentabilidade fixa. Se o título for mantido até o vencimento, você sabe exatamente quanto irá resgatar.

Os investimentos pré-fixados são ideais para metas de médio e longo prazo e o melhor momento para investir nesse tipo de papel é quando a taxa de juros está alta e com perspectivas de quedas para o futuro.

Renda fixa pós-fixada

Nesse tipo de título, o juro é estipulado com base em uma taxa flutuante de mercado, como um CDB 107% do CDI ou o Tesouro Selic.

Títulos pós-fixados costumam ser indicados para reserva de emergência e objetivos de curto prazo e a vantagem é que eles oferecem menor risco caso você precise antecipar a liquidação do título.

Quanto ao cenário mais favorável para investir, vale lembrar que a rentabilidade será maior quando a taxa de juros estiver alta e com perspectivas de novas elevações.

Porém, independente do contexto econômico, ter investimentos pós-fixados é sempre uma boa estratégia para manter parte da carteira com baixo risco.

Renda fixa híbrida

Por fim, em um título híbrido, a rentabilidade é composta por dois elementos, a inflação e os juros prefixados. Um exemplo seria uma LCI IPCA + 8,5%, prazo de 2 anos.

O grande diferencial aqui é a garantia de um retorno real, já que a rentabilidade fica sempre acima da inflação.

Por conta da proteção contra as variações inflacionárias, os títulos híbridos são indicados sempre que há necessidade de proteger o poder de compra ao longo do tempo.

Eles costumam ser usados para investimentos de longo prazo e para compor portfólios com foco na aposentadoria.

Renda fixa pós-fixada, prefixada e híbrida: diferenças e comparações

Cada modalidade de renda fixa possui características distintas, que devem ser avaliadas com base em objetivos e cenários econômicos. A tabela a seguir facilita a visualização dessas diferenças:

ModalidadeRentabilidadeIndicaçãoCenário favorávelExemplo
PrefixadaFixaMédio e longo prazoJuros altos com quedaCDB 15,5% a.a.
Pós-fixadaVariávelCurto prazoJuros altos crescentesCDB 107% CDI
HíbridaFixa + InflaçãoLongo prazoInflação elevadaLCI IPCA + 8,5%

Como escolher entre renda fixa pós-fixada, prefixada e híbrida?

A escolha entre as modalidades de renda fixa depende de uma análise cuidadosa dos seus objetivos financeiros, do cenário econômico e das características de cada tipo de investimento.

Veja as principais etapas para tomar uma decisão informada.

Defina seu objetivo financeiro

Antes de investir, tenha clareza sobre suas metas: aposentadoria, compra de um imóvel, reserva de emergência ou viagem. Cada objetivo pode exigir um tipo de título diferente.

Analise o cenário econômico e a taxa de juros

Considere a taxa Selic, a inflação e as perspectivas econômicas. Em momentos de alta de juros, títulos pós-fixados podem ser mais vantajosos. Quando a inflação está elevada, os híbridos são as melhores opções.

Compare os tipos de investimentos

Leve em conta a rentabilidade, o prazo de investimento, a liquidez e o nível de risco de cada modalidade. Uma carteira diversificada, com um mix de títulos prefixados, pós-fixados e híbridos, costuma ser a estratégia mais equilibrada.

Como investir em renda fixa?

Investir em renda fixa é uma maneira eficiente de conquistar bons retornos com risco controlado.

No entanto, para aproveitar ao máximo as vantagens desse tipo de aplicação, é importante seguir alguns passos essenciais. Aqui estão as principais dicas para investir de forma inteligente e alinhada aos seus objetivos.

Mulher com cofrinho analisando a renda fixa pós fixada

Abra uma conta de investimentos

Antes de começar a investir, é necessário abrir uma conta em uma corretora ou banco especializado. Esse é o primeiro passo para acessar os produtos de renda fixa disponíveis no mercado.

No Daycoval, você pode contar com uma assessoria personalizada para te orientar na escolha das melhores opções de investimento.

Escolha investimentos de acordo com seu perfil e objetivos

Cada investidor possui um perfil único, que pode ser conservador, moderado ou arrojado, e isso influencia diretamente a escolha dos investimentos. Entenda melhor a seguir:

  • Perfil conservador: para quem busca segurança, os títulos públicos ou CDBs com garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e emitidos por instituições sólidas e de confiança são opções ideais, pois oferecem menor risco e rentabilidade estável;
  • Perfil moderado: investidores que toleram um pouco mais de risco podem optar por títulos atrelados à inflação, como CDB IPCA+, que oferece rentabilidade real ao longo do tempo;
  • Perfil arrojado: se você tem maior tolerância ao risco, pode buscar títulos privados de empresas (debêntures, CRIs e CRAs), que geralmente oferecem uma rentabilidade superior, mas envolvem um risco de crédito maior.

Use estratégias de diversificação e acompanhe os resultados

Diversificar sua carteira de investimentos é essencial para minimizar riscos e maximizar o retorno. Ao investir em renda fixa, busque equilibrar diferentes tipos de títulos e prazos:

  • Diversificação de tipos de títulos e emissores: além dos títulos do governo, considere incluir investimentos de crédito privado, como CDBs e debêntures, para potencializar a rentabilidade;
  • Diversificação de prazos: combine títulos de curto, médio e longo prazos para equilibrar a liquidez e o retorno do seu portfólio;
  • Acompanhamento constante: não basta investir e deixar os títulos no “piloto automático”. Acompanhe o desempenho da sua carteira e, se necessário, faça ajustes para otimizar seus ganhos conforme as condições do mercado.

Conclusão

Em resumo, os investimentos em renda fixa pós-fixada, prefixada e híbrida oferecem alternativas distintas para alcançar seus objetivos financeiros. 

Enquanto os títulos prefixados são ideais em um cenário de juros altos com quedas previstas, os pós-fixados se destacam em momentos de taxa Selic alta.

Já os híbridos, com rentabilidade atrelada à inflação, são perfeitos para quem busca proteção do poder de compra no longo prazo.

A chave para tomar a melhor decisão é alinhar suas escolhas ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros, sempre levando em consideração o cenário econômico atual. Lembre-se também de diversificar seus investimentos para equilibrar risco e retorno.

Quer saber mais sobre como investir nesses ativos? Conheça as opções de renda fixa do Daycoval Investe e descubra a melhor estratégia para o seu portfólio!

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