Capital próprio e capital de terceiros: vantagens e como escolher

Tempo de leitura: 6 minutos

Se você tem uma empresa, qualquer que seja o modelo de negócio e área de atuação, para que a operação se mantenha em funcionamento, são necessários recursos financeiros.

Podemos dizer que existem basicamente duas maneiras de financiar as atividades de uma companhia: capital próprio e capital de terceiros.

Cada uma delas tem suas vantagens e características. Por isso, é importante entender o momento do seu negócio para fazer a escolha certa.

Neste artigo, veremos em detalhes o que é o capital próprio e o capital de terceiros, suas vantagens e como tomar a decisão mais adequada para os seus investimentos.

Capital próprio e capital de terceiros: o que é?

Segundo a GEM (Global Entrepreneurship Monitor), uma pesquisa global sobre empreendedorismo realizada no país pelo Sebrae e pelo IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), o Brasil ocupa a 7ª posição no ranking mundial de empreendedorismo.

São mais de 14 milhões de pessoas à frente de um negócio no país. E se você é uma delas, entender as peculiaridades dos dois diferentes tipos de capitais é essencial para definir qual caminho seguir no financiamento das atividades da sua empresa. Vamos ver o que caracteriza cada um deles:

Capital próprio

O capital próprio é o investimento feito pelos sócios de uma empresa usando seus próprios recursos, seja dinheiro, ativos ou outros bens.  

Esse tipo de capital faz parte do Patrimônio Líquido da companhia e pode ser proveniente do próprio empresário, de acionistas ou do lucro da empresa.

Quando a companhia tem investidores com participação acionária (investidor-anjo, investidor semente ou investidor de risco), o capital aportado por eles também entra como capital próprio.

Outro ponto é que, quando os donos assumem o risco da operação, eles não se comprometem a pagar juros regulares e só são remunerados caso o negócio seja lucrativo.

Capital de terceiros

Já o capital de terceiros é um recurso obtido externamente, por meio de empréstimos, financiamentos ou outras formas de crédito, com prazos e taxas previamente definidos.

Esse tipo de capital faz parte das obrigações, do Passivo da empresa. O pagamento do empréstimo não está relacionado à performance da companhia e deve ser devolvido com juros, ainda que o negócio não tenha um bom desempenho.

Quais as vantagens do capital próprio? 

Entre os principais benefícios do capital próprio, podemos destacar os seguintes pontos:

Investimentos sem acúmulo de dívidas

Com o capital próprio, você não precisa recorrer a empréstimos ou financiamentos, o que significa que não acumulará dívidas.

Isso traz uma sensação de segurança, pois você não precisa se preocupar com pagamentos futuros ou com a possibilidade de não conseguir cumprir suas obrigações financeiras.

Tempo maior para investir

Ao utilizar capital próprio, você tem mais tempo para investir. Não há pressão para pagar empréstimos ou cumprir prazos de financiamentos.

Isso permite uma abordagem mais estratégica, possibilitando esperar por melhores oportunidades de negócio.

Mais liberdade para aplicação do capital

Com o capital próprio, você tem total liberdade para decidir como aplicar os recursos em seus investimentos.

Não há restrições impostas por terceiros, o que possibilita uma maior flexibilidade na tomada de decisão.

Incentivo dos sócios

Os sócios investidores serão os principais interessados em fazer o negócio dar certo, uma vez que eles lucram com isso.

Sendo assim, suas contribuições não costumam ser apenas financeiras, mas também participam com a troca de conhecimentos, além de novas visões e experiências para impulsionar a empresa.

Quais as vantagens do capital de terceiros?

Engana-se quem pensa que pegar um empréstimo seria sempre a segunda opção de um empresário. Existem diversas vantagens em fazer uso do capital de terceiros, como veremos a seguir:

Capital no momento que precisa

Todo empresário sabe que não se pode deixar passar uma boa oportunidade. Como disse o magnata indiano Lakshmi Mittal, “Pense sempre além do esperado e mergulhe de cabeça nas possiblidades que aparecerem no seu caminho”.

E essa é justamente uma das principais vantagens do capital de terceiros: a possibilidade de acesso imediato a recursos financeiros para aproveitar oportunidades.

Portanto, se você deseja investir no seu negócio, mas não tem o capital necessário no momento, pode ser muito interessante recorrer a um empréstimo ou financiamento para dar andamento aos seus projetos sem perder o timing.

Os juros podem ser menores

Ainda que a tomada de capital de terceiros envolva o pagamento de juros, esses custos podem ser menores em relação à rentabilidade de alguns tipos de investimentos.

Em algumas situações, é possível obter retornos maiores do que os custos dos juros, o que torna o capital de terceiros uma opção viável.

Previsibilidade

Com o capital de terceiros, você pode organizar os seus pagamentos em um cronograma fixo.

Com essa previsibilidade, fica mais fácil ter uma boa gestão financeira e um fluxo de caixa saudável, sem grandes imprevistos.

Autonomia

Ao financiar o seu negócio por meio de empréstimos, você detém o controle sobre as decisões da empresa. O credor não terá o direito de opinar nos rumos do seu negócio.

Quais as desvantagens do capital próprio?

Conflitos

Quando o capital vem dos sócios, pode ser que apareçam divergências de opinião no que diz respeito ao uso dos recursos e à própria condução do negócio.

Perda de autonomia

Uma vez que os acionistas tem o direito de participar das decisões da empresa, é necessário consultá-los para determinadas tomadas de decisão.

Distribuição dos lucros

Com o passar do tempo, a distribuição de lucros aos acionistas pode chegar a ultrapassar os juros que seriam cobrados em um empréstimo.

Quais as desvantagens do capital de terceiros?

Cobrança de juros

Mesmo que o seu negócio não esteja dando lucro, uma vez que você opte por utilizar capital de terceiros, o pagamento deverá ser feito na data acordada e com a incidência de juros.

Reputação de alto risco

Empresas muito endividadas são vistas como de alto risco por possíveis investidores e você pode ter dificuldade em conseguir esse tipo de capital no futuro.

Comprometer o caixa com dívidas

Ter acesso a recursos de forma imediata é muito conveniente. Entretanto, é preciso ter em mente que, ao longo de um período, parte do dinheiro que entrar na empresa será destinado ao pagamento da dívida e não ao crescimento do negócio.

Como escolher o melhor capital para realizar investimentos?

Decidir entre crescer com capital próprio ou de terceiros pode ser um aspecto crucial para o sucesso do seu negócio.

Em resumo, a finalidade de qualquer empresa é crescer com o menor custo de capital possível. O capital de terceiros costuma ser mais barato. Contudo, ele deverá ser pago ainda que o desempenho da empresa não esteja bom.

Já o capital próprio não impõe essa obrigatoriedade de pagamento em qualquer condição, mas seu custo é mais elevado.

Com isso, um dos grandes desafios de um empresário é encontrar a proporção ideal entre essas duas modalidades de capital, o que é chamado de estrutura de capital.

Essa escolha depende de uma série de fatores, como o plano de negócios, a capacidade de aporte dos sócios, as projeções da empresa, o tipo de investimento e a tolerância a riscos.

Antes de decidir, considere os seguintes pontos:

  • Analise a situação financeira dos sócios e se há recursos suficientes para fazer o investimento com capital próprio.
  • Considere qual seria o custo do capital de terceiros e se seria possível encontrar um investimento que oferecesse rendimentos superiores a essa taxa.
  • Avalie o risco de cada tipo de capital para saber qual estaria mais adequado ao seu perfil.
  • Identifique qual seria o tempo de retorno do investimento e a sua capacidade de pagamento em caso de capital de terceiros.

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Conclusão

Como vimos, para decidir entre o capital próprio e o capital de terceiros, é essencial avaliar cuidadosamente as vantagens e desvantagens de cada opção.

O capital próprio oferece diferenciais como a possibilidade de contar com o capital intelectual dos sócios e de só remunerá-los se o negócio apresentar um bom desempenho, enquanto o capital de terceiros proporciona acesso rápido a recursos e um custo mais baixo.

A melhor escolha dependerá das suas necessidades, objetivos e capacidade financeira. Bons negócios!

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