
O que você precisa saber:
● Hedge financeiro é uma estratégia usada para proteger investimentos contra perdas causadas por volatilidade de mercado;
● Pode ser aplicado em diversos contextos: variações cambiais, commodities, juros e ações;
● Existem diferentes tipos de hedge, como hedge cambial, natural, em commodities e em ações;
● A estratégia é comum em empresas exportadoras, investidores institucionais e pessoas físicas experientes;
● Hedge não visa maximizar lucros, mas sim garantir previsibilidade e preservar capital em tempos de incerteza;
● Pode ser realizado com instrumentos como contratos futuros, opções ou swaps;
● Não deve ser confundido com diversificação, pois o hedge atua na neutralização de riscos específicos.
Hedge financeiro é uma das principais estratégias utilizadas por investidores e empresas para se proteger de perdas em cenários voláteis.
Em momentos de incerteza econômica, variações cambiais abruptas, crises geopolíticas ou instabilidade nos mercados, a preocupação com a preservação de patrimônio cresce, e é aí que o hedge se torna essencial.
Se você já se perguntou como proteger seu portfólio ou seu negócio de riscos como a alta do dólar, a queda nos preços de commodities ou oscilações na bolsa, este artigo é para você. Boa leitura!

Sumário
ToggleO que é hedge financeiro?
Hedge financeiro é uma técnica de proteção usada por investidores e empresas para reduzir os riscos associados à instabilidade do mercado.
Em vez de esperar passivamente por perdas causadas por variações cambiais, flutuações nas taxas de juros ou mudanças nos preços de ações e commodities, quem utiliza hedge age de forma estratégica para se antecipar a esses movimentos.
Na prática, isso significa criar uma operação paralela, como se fosse uma espécie de “escudo”, que compense eventuais prejuízos da aplicação original.
Por exemplo, uma empresa que exporta em dólar pode usar o hedge cambial para evitar perdas caso a moeda americana desvalorize. O objetivo não é maximizar os ganhos, mas sim preservar o capital diante de cenários adversos.
Essa estratégia é cada vez mais comum em mercados financeiros modernos, onde a volatilidade pode corroer margens de lucro ou desestabilizar todo um portfólio.
Ao adotar o hedge financeiro, o investidor abre mão de uma parte do retorno potencial em troca de mais previsibilidade, algo extremamente valioso em tempos de incerteza.
Como funciona uma operação de hedge no mercado financeiro?
Na prática, o hedge financeiro funciona por meio de contratos, geralmente no mercado futuro, de opções ou de derivativos. O objetivo é travar preços ou taxas para proteger a rentabilidade de um investimento principal.
Por exemplo, uma empresa brasileira que exporta seus produtos e recebe em dólar, logo, se o dólar cair, essa empresa pode perder receita.
Para evitar esse risco, ela pode contratar um hedge cambial, fixando uma taxa de câmbio para garantir previsibilidade nas suas receitas.
Ou seja, o hedge não serve para gerar lucro direto, mas sim para mitigar possíveis perdas. Essa estratégia é amplamente usada por investidores institucionais, empresas e também por investidores individuais mais experientes.
Tipos de hedge
Existem diferentes tipos de hedge financeiro, cada um voltado para uma necessidade específica. Abaixo, explicamos os principais tipos com exemplos práticos.
1. Hedge cambial
O hedge cambial é utilizado para proteger operações que envolvem moedas estrangeiras. Empresas que importam ou exportam, ou mesmo investidores com ativos no exterior, podem se proteger contra a oscilação do dólar ou euro, por exemplo.
● Exemplo: uma empresa que importa maquinário da Europa pode travar a cotação do euro por meio de contratos futuros.
Esse tipo de hedge é um dos mais utilizados no Brasil, devido à constante flutuação da moeda norte-americana.
2. Hedge natural
O hedge natural acontece quando a empresa tem receitas e despesas em uma mesma moeda, reduzindo naturalmente a exposição cambial.
Não exige instrumentos financeiros adicionais, sendo mais comum em empresas com operação internacional consolidada.
● Exemplo: uma empresa que vende em dólar e também paga fornecedores nessa moeda já está, de certa forma, protegida.
Apesar de não ser tecnicamente uma operação de mercado, o hedge natural é eficiente na proteção contra riscos cambiais.
3. Hedge em commodities
Empresas que trabalham com commodities agrícolas, minerais ou energéticas usam esse tipo de hedge para garantir previsibilidade de receita, uma vez que os preços desses ativos são bastante voláteis.
● Exemplo: um produtor de café pode vender contratos futuros do produto para travar o preço e garantir o valor de sua colheita.
Esse modelo é vital para a sustentabilidade de produtores e empresas ligadas ao agronegócio e mineração.
4. Hedge em ações
O hedge em ações protege a carteira de investimentos contra quedas expressivas na bolsa. É comum o uso de opções de venda (puts) ou contratos futuros para se resguardar.
● Exemplo: um investidor com ações da Petrobras pode comprar uma opção de venda que garante a venda das ações por um preço fixo, mesmo que o mercado caia.
Esse tipo de hedge é bastante útil em períodos de incerteza política ou econômica.
Qual a importância de utilizar estratégias de hedge financeiro?
Utilizar hedge financeiro não significa apostar contra o mercado, mas sim proteger-se dele. Essa estratégia proporciona:
● Maior previsibilidade nas receitas e despesas;
● Redução de perdas em momentos de crise;
● Estabilidade no planejamento financeiro de médio e longo prazo;
● Maior confiança para manter a estratégia de investimentos.
Para empresas, o hedge é ainda mais estratégico, pois protege margens de lucro e garante sustentabilidade em momentos turbulentos.
Qual a diferença entre hedge e swap?
Apesar de ambos serem usados para mitigar riscos, hedge e swap têm objetivos e estruturas diferentes. O hedge é uma estratégia ampla de proteção, enquanto o swap é um tipo específico de contrato derivativo usado dentro dessa estratégia.
O swap funciona como uma troca de fluxos financeiros entre duas partes. Por exemplo, uma empresa pode trocar um fluxo de taxa fixa por uma taxa variável, protegendo-se da oscilação dos juros.
Já o hedge pode ser feito com diferentes instrumentos: opções, futuros, swaps ou até mesmo posições opostas no mercado.
Hedge X diversificação de investimentos
É comum confundir hedge financeiro com diversificação, mas são conceitos distintos e complementares. A diversificação distribui o risco entre diferentes ativos, enquanto o hedge atua diretamente na proteção contra um risco específico.
● Diversificar é investir em ações, renda fixa, câmbio, imóveis, entre outros;
● Fazer hedge é, por exemplo, proteger sua exposição em dólar com contratos futuros.
Ou seja, a diversificação dilui riscos, o hedge neutraliza riscos pontuais. Juntos, fortalecem a resiliência da carteira.
Como fazer o hedge e proteger os seus investimentos?
Para aplicar uma estratégia de hedge, o investidor precisa:
- Identificar o risco que deseja proteger (câmbio, taxa de juros, preço de ativos etc.);
- Escolher o instrumento adequado (contratos futuros, opções, swaps);
- Calcular a exposição e o tamanho da posição de hedge necessária;
- Monitorar o mercado e ajustar o hedge conforme necessário.
É importante lembrar que o hedge tem custo, seja pelas taxas cobradas ou pela possível renúncia a lucros maiores. Por isso, deve ser planejado com critério e alinhado aos objetivos financeiros.

Conclusão
Neste artigo, você entendeu o que é hedge financeiro, como ele funciona, os principais tipos e suas aplicações práticas.
Aprendeu que o hedge não é sobre ganhar mais, mas sim sobre perder menos, mantendo seus investimentos protegidos mesmo quando o cenário econômico se mostra incerto.
No mercado atual, com juros flutuantes, tensões geopolíticas e oscilações cambiais, contar com uma boa estratégia de proteção é fundamental. Para isso, contar com o suporte de uma instituição sólida faz toda a diferença.
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