Você sabe o que significa ESG e como essas três letras têm transformado o mundo das empresas e o mercado de investimentos? Essa é uma sigla em inglês para melhores práticas ambientais, sociais e de governança e que tem exigido maior dedicação dos gestores na apresentação de seus resultados, comprovando como está sendo feita a gestão e alocação de recursos. Além disso, o conceito vem trazendo mais diversidade ao exigir um maior comprometimento nas ações de inclusão e igualdade de gênero e raça. Mas o fator que tem se mostrado preponderante nessa avaliação é a sustentabilidade, conectando cada vez mais os negócios à cultura de preservação ambiental.
Nessa nova era de preocupações que vão além dos lucros, algo que ainda está em estágio inicial no Brasil, a intenção de investir sem pensar em seus impactos, ou propósitos, focado apenas na multiplicação do capital, pode estar com os dias contados. No mercado financeiro, as informações ESG já estão no radar dos principais gestores e a aderência a esses princípios tem sido um critério cada vez mais decisivo. Está em franca ascensão o percentual de investidores que apoiam suas escolhas com foco nas práticas de governança, direitos humanos e mudanças climáticas dentro dos negócios.
O Banco Daycoval está atento à importância disso e já usa métricas de ESG na seleção de fundos de investimento, além de apostar também no fomento à economia por meio de linhas de crédito que atendem a esse critério, caso da parceria com o IFC para financiamento de negócios femininos. Por isso, selecionamos aqui algumas informações que ajudam a entender um pouco mais sobre esse movimento que veio para ficar.
O que é investimento ESG?
Os investimentos ESG são aqueles que fazem aplicações financeiras de maneira responsável, que visam mais do que rentabilidade e consideram retornos que vêm de empresas socialmente responsáveis. Nesse tipo de aplicação, os critérios ESG ajudam gestores de carteiras de ações a analisar de maneira aprofundada informações sobre as companhias: como elas estão aplicando o capital que levantam no mercado, como elas se relacionam com o meio ambiente, como lidam com questões sociais e quais são suas principais práticas empresariais. Ou seja, a sustentabilidade em foco sem perder a atenção para os impactos sociais e de gestão. De acordo com a consultoria Morningstar, especializada em dados de fundos, em 2020 os fundos sustentáveis chegaram a US$ 51,1 bilhões em novos investimentos no planeta, frente aos US$ 21,2 bilhões de 2019.
Quais são as métricas ESG?
As métricas são classificadas como:
Ambientais – Como as empresas estão inseridas na realidade ambiental, qual seu nível de dependência de recursos naturais e como atuam para redução dos impactos de sua atividade;
Sociais – São os dados que ajudam os investidores a entender questões relacionadas a direitos humanos, relações trabalhistas, comunidades e com o público;
Governança – Análise de dados sobre boas práticas de gestão, confiança e controle de corrupção.
Mas o que são fundos ESG?
Os fundos ESG não são novidade, mas recentemente eles ganharam maior evidência e têm se configurado em uma forma importante de direcionar investimentos em negócios social e ambientalmente responsáveis.
Com as metas de redução de emissões de CO2 previstas pelos acordos climáticos internacionais, além das inovações que buscam diminuir os impactos ambientais e sociais, as empresas estão cada vez mais atentas a isso e seguem a corrida para se adequar.
Com todos esses movimentos, surgem carteiras bastante diversificadas que mesclam esses investimentos em organizações com elevados padrões ESG, o que demonstra um movimento preocupado em manter uma gestão ética, sem destruir seu entorno e sem abrir mão de retorno.
Eles são fundos que buscam negócios com modelo sustentável, ou seja, há uma busca por empresas que apresentem boa performance em ao menos um dos pilares ESG.
Opções ESG no Brasil
Para investir em ESG no Brasil, além dos fundos específicos classificados como ESG, há também ETFs, que seguem os padrões de sustentabilidade. Existe também o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), que acompanha a performance ambiental das empresas.
Na pegada de Carbono, tem o ICO2, uma modalidade criada pela B3 em parceria com o BNDES. Essa classe é composta por empresas que se comprometeram a desenvolver práticas para redução da emissão de gases do efeito estufa.
Mais recentemente, a bolsa do Brasil lançou um índice direcionado a quem busca investir em fundos ESG. Trata-se do S&P/B3 Brasil ESG, uma associação da S&P Dow Jones com a B3 que segue critérios de sustentabilidade corporativa e no qual as empresas precisam estar em linha com o Pacto Global e não podem integrar setores pouco sustentáveis.
Dívida com metas de diversidade
A B3 concluiu em setembro 2021 a emissão externa de dívida de USD 700 milhões que conta com metas de diversidade, o que servirá para reforçar ainda mais a tendência de títulos ESG. Pela emissão desse Sustainability Linked Bond (SLB), a B3 passa a se comprometer financeiramente com o cumprimento de metas ligadas à sustentabilidade, entre elas o compromisso de criar um índice de diversidade para o mercado brasileiro e o de aumentar o percentual de mulheres em cargos de liderança dentro da Bolsa.
Daycoval ESG
As carteiras de investimentos do Banco Daycoval também adotam critérios ESG e há diversos produtos voltados para esse segmento. A Daycoval Asset e o Daycoval Investimentos contam com especialistas que podem auxiliar os interessados a investir de forma mais responsável e com compromissos sociais, éticos e ambientais. Consulte as opções pelo site.
