Renda fixa ou variável: diferenças e estratégias para investir

Tempo de leitura: 9 minutos
Pessoa calculando quanto investir em renda fixa ou variável

A escolha entre investir em renda fixa ou variável é uma das decisões mais importantes para quem deseja aumentar seu patrimônio e planejar o futuro financeiro.

Afinal, ambas as modalidades de investimento oferecem vantagens e desvantagens que devem ser analisadas de acordo com o perfil e os objetivos do investidor.

Enquanto a renda fixa oferece maior previsibilidade e segurança, a renda variável pode proporcionar maiores retornos, porém com riscos mais elevados.

Neste artigo, vamos explorar as principais diferenças entre renda fixa e variável, detalhar os tipos de investimentos em cada uma dessas categorias e oferecer estratégias para ajudar você a decidir qual é a melhor opção para o seu perfil.

O que é a renda fixa?

A renda fixa é uma modalidade de investimento em que o cálculo do rendimento é conhecido no momento da aplicação.

Alguns exemplos de investimentos em renda fixa incluem títulos públicos, CDBs, LCIs, LCAs, CRI, CRA e debêntures. 

Por sua característica de maior previsibilidade, ela é considerada uma escolha atrativa para investidores que preferem evitar grandes oscilações e riscos.

Vantagens da renda fixa

A principal vantagem da renda fixa é a menor volatilidade e maior previsibilidade dos retornos.

O investidor tem uma maior previsão de quanto irá receber ao final do prazo, o que é ideal para quem busca mais estabilidade.

Além disso, existem opções de renda fixa com isenção de imposto de renda, como as LCIs e LCAs, o que pode aumentar a atratividade desse tipo de investimento.

Riscos da renda fixa

Embora seja considerada segura, a renda fixa não está totalmente isenta de riscos. 

Um dos principais é o risco de crédito, ou seja, a possibilidade de a instituição emissora do título não honrar com o pagamento. Por isso, é fundamental investir em títulos de instituições sólidas e confiáveis, como o Daycoval.

Outro fator a ser considerado é o risco de mercado, que ocorre quando as taxas de juros sobem após uma aplicação prefixada, podendo reduzir o valor de mercado do título caso o investidor precise vendê-lo antes do vencimento.

Perfil do investidor de renda fixa

O perfil ideal para a renda fixa é o investidor conservador, que prioriza a segurança e a estabilidade. 

Esse investidor geralmente prefere proteger seu capital e evitar grandes oscilações, mesmo que isso implique em retornos menores.

No entanto, investidores moderados e até mesmo arrojados também podem ter parte de sua carteira alocada em renda fixa para equilibrar os riscos.

Tipos de investimentos de renda fixa

Existem diversos tipos de investimentos de renda fixa no mercado, cada um com características específicas. Os mais comuns incluem:

  • Títulos públicos: emitidos pelo governo e considerados muito seguros;
  • CDBs (Certificados de Depósito Bancário): oferecidos por bancos e com diferentes prazos e taxas de retorno;
  • LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e Agrícola): isentos de imposto de renda e atrelados aos setores imobiliário e agrícola, respectivamente;
  • CRI e CRA (Certificados de Recebíveis Imobiliários e Agrícolas): títulos lastreados em créditos imobiliários e do agronegócio, emitidos exclusivamente por companhias securitizadoras.
  • Debêntures: títulos emitidos por empresas que oferecem maior retorno, mas também maior risco.

O que é a renda variável?

Pessoa analisando se investe em renda fixa ou variável

A renda variável, como o próprio nome sugere, é um tipo de investimento cujo retorno não é fixo ou previsível. O valor do investimento pode variar ao longo do tempo, conforme as condições de mercado.

Investimentos em renda variável incluem ações, fundos imobiliários, ETFs e derivativos. Esses ativos estão sujeitos a oscilações, podendo valorizar ou desvalorizar com base em diversos fatores econômicos e setoriais.

O investidor em renda variável busca maior rentabilidade, assumindo os riscos associados à volatilidade do mercado.

Vantagens da renda variável

A maior vantagem da renda variável é o potencial de rentabilidade superior. Ao investir em ações de empresas que se valorizam, por exemplo, o investidor pode obter ganhos significativos.

Além disso, a renda variável costuma oferecer liquidez, permitindo que o investidor compre e venda ativos de forma rápida.

Outra vantagem é a possibilidade de participação em setores de crescimento acelerado, o que pode trazer ganhos expressivos a longo prazo.

Riscos da renda variável

O principal risco da renda variável é a volatilidade. O valor dos ativos pode oscilar fortemente em curtos períodos de tempo, impactando o patrimônio do investidor.

Outro risco é a falta de garantias de retorno, pois o desempenho dos investimentos depende de fatores externos, como a economia, decisões governamentais e até crises globais.

Por isso, é importante ter um bom conhecimento do mercado ou contar com a ajuda de especialistas.

Perfil do investidor de renda variável

O investidor de renda variável tende a ser mais arrojado, disposto a correr maiores riscos em busca de retornos mais elevados.

Esse perfil é ideal para quem tem maior tolerância à volatilidade e está disposto a enfrentar eventuais perdas em curto prazo para obter ganhos expressivos no futuro.

Contudo, investidores moderados também podem ter parte da carteira em renda variável, com foco em diversificação.

Tipos de investimentos de renda variável

Os principais tipos de investimentos de renda variável incluem:

  • Ações: participação em empresas listadas na bolsa de valores;
  • Fundos de investimentos imobiliários (FIIs): investimento em imóveis que gera rendimentos mensais;
  • ETFs (Exchange-Traded Funds): fundos que replicam o desempenho de índices de mercado;
  • Derivativos: contratos financeiros cujo valor é derivado de um ativo subjacente, como ações ou commodities.

Renda fixa ou variável: quais as diferenças?

Pessoa entendendo se investe em renda fixa ou variável

A principal diferença entre renda fixa e variável está na previsibilidade dos retornos e no nível de risco envolvido.

Enquanto a renda fixa oferece maior segurança e retorno estável, a renda variável proporciona um potencial de ganho maior, mas com riscos mais elevados.

Vamos entender melhor os pontos em detalhes, logo a seguir.

Rentabilidade

A renda variável tem maior potencial de rentabilidade em relação à renda fixa, mas também apresenta mais volatilidade.

Em momentos de alta no mercado, os investidores de renda variável podem ver seus ativos valorizarem consideravelmente, ao passo que a renda fixa tende a oferecer retornos mais previsíveis e menos voláteis.

Já em momentos de juros altos, a renda fixa tende a apresentar retornos atrativos, tornando-se competitiva frente a opções de renda variável.

Riscos

Os riscos na renda fixa estão geralmente associados ao crédito do emissor, enquanto na renda variável o principal risco é a volatilidade dos preços dos ativos.

Investimentos em renda fixa têm menor probabilidade de perdas significativas, enquanto na renda variável o risco de grandes variações de preço é maior.

Nível de segurança

A renda fixa oferece um nível de segurança maior, uma vez que os retornos são mais previsíveis e menos suscetíveis a grandes oscilações do mercado.

Além disso, muitos investimentos de renda fixa contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que é uma instituição que protege o investidor em casos de falência ou insolvência da instituição financeira emissora.

O FGC cobre aplicações de até R$ 250 mil por CPF, por instituição, o que aumenta significativamente a segurança desses ativos, como CDBs, LCIs, LCAs e outros produtos emitidos por bancos.

Essa garantia faz da renda fixa uma escolha especialmente atrativa para investidores mais conservadores, que buscam preservar seu capital.

Mesmo em cenários de crise, os ativos cobertos pelo FGC oferecem uma camada extra de proteção que não está disponível em investimentos de renda variável, como ações e fundos imobiliários, que não possuem essa garantia.

Já a renda variável, por ser mais exposta às condições do mercado, é uma opção menos segura, especialmente para investidores que não estão acostumados a lidar com oscilações frequentes e sem a cobertura de mecanismos como o FGC.

Nesse caso, o investidor corre o risco de perder parte ou a totalidade do valor investido, dependendo do desempenho do ativo escolhido e das condições macroeconômicas.

Indicadores de rendimento

Na renda fixa, os rendimentos são baseados em indicadores, como o CDI, a Selic e o IPCA, ou em taxas prefixadas. 

Na renda variável, os rendimentos vêm da valorização dos ativos e, no caso de ações, também podem incluir o pagamento de dividendos pelas empresas.

Características do investidor

Para uma adequada aplicação em renda fixa ou renda variável, é necessário conhecer o perfil exato do investidor, evitando que frustrações desnecessárias e que sejam aplicados os recursos da melhor forma possível para atender suas expectativas.

Existem fatores que devem ser considerados, em cada caso, pelos investidores. Na renda fixa devem ser considerados:

  • Maior segurança;
  • Menor necessidade de conhecimento do mercado;
  • Possibilidade de retorno do investimento conhecido;
  • Possui garantias do valor aplicado;
  • Retorno restrito às taxas ofertadas.

Renda variável:

  • Maior risco;
  • Maior necessidade de conhecimento do mercado;
  • Retorno imprevisível;
  • Possibilidade maior rendimento;
  • Sem garantias de valor aplicado;
  • Com ampla variedade de investimentos;

Como investir em renda fixa ou variável de acordo com o perfil de investidor?

Gráficos para analisar se investe em renda fixa ou variável

Para a melhor opção entre renda fixa ou variável, é importante o entendimento do perfil do investidor.

Os bancos e corretoras definem variáveis para estabelecer esses perfis que podem ter classificações e designações específicas para cada instituição. 

Porém, estão compreendidos em três tipos básicos.

Conservador

Quem é conservador faz de tudo para conservar o seu dinheiro. A prioridade, portanto, é sempre a segurança do investimento.

Essa é aquela pessoa que tem aversão a risco. Ou seja, prefere investimentos que sejam mais seguros, com pouco risco, mesmo que isso signifique menos rentabilidade.

Moderado

Não é tão conservador e nem tão arrojado. Está disposto a assumir alguns riscos, mas não muitos.

Busca boa rentabilidade, mas também preza pela segurança.

Arrojado

É quem prioriza a rentabilidade, mesmo se isso exigir entrar em um investimento com um nível maior de risco. 

Está até disposto a “perder” dinheiro em alguns momentos para que tenha um bom rendimento no futuro.

Como escolher entre renda fixa ou variável?

Definir o investimento entre renda fixa ou variável pode ser uma tarefa difícil, se você não conhece seu perfil ou deseja romper com padrões de aplicações já existentes.

De qualquer forma, não é necessário definir uma única opção é trabalhar com diversificação entre essas aplicações é o ideal, para obter maiores oportunidades de rendimentos e, consequentemente, a possibilidade de ganhos que compensem perdas.

Esse critério permite ampliar a visão do investidor e obter a antecipação de objetivos traçados no momento da aplicação.

Como diversificar sua carteira com renda fixa e variável?

Diversificar sua carteira de investimentos é uma estratégia fundamental para equilibrar riscos e maximizar o potencial de retorno.

Isso significa combinar diferentes tipos de ativos, tanto de renda fixa quanto de renda variável, de modo a criar um portfólio que atenda aos seus objetivos financeiros e ao seu apetite por risco.

Por exemplo: você pode alocar uma parte do seu capital em títulos de renda fixa, como CDBs, LCIs ou Tesouro Direto, que oferecem maior previsibilidade e segurança, protegendo o seu patrimônio contra a volatilidade do mercado.

Paralelamente, outra parcela pode ser destinada a ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários ou ETFs, que possuem um potencial de rentabilidade maior, porém com maior risco.

Essa diversificação é vantajosa porque, em momentos de crise ou queda em um determinado setor, a parte da sua carteira alocada em renda fixa pode oferecer estabilidade, enquanto os ativos de renda variável continuam buscando oportunidades de crescimento a longo prazo.

Assim, você equilibra o portfólio e evita depender exclusivamente de um tipo de investimento. 

O percentual ideal de alocação entre renda fixa e variável varia conforme o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado), sendo uma decisão que deve ser revisada periodicamente, conforme suas metas e o cenário econômico mudam.

Quanto e como investir em renda fixa e variável?

O primeiro passo para investir em renda fixa e variável é definir o quanto você está disposto a alocar em cada tipo de ativo, levando em consideração seu perfil de investidor, objetivos financeiros e horizonte de tempo.

Se você tem um perfil mais conservador, é recomendável que a maior parte do seu portfólio seja destinada a investimentos de renda fixa, como títulos do Tesouro ou CDBs de instituições seguras.

Já se você se identifica com um perfil mais arrojado, pode considerar aumentar a exposição a investimentos de renda variável, como ações e fundos imobiliários, buscando rentabilidade no longo prazo, mesmo que isso signifique enfrentar mais oscilações imediatas.

É importante também considerar seu objetivo financeiro ao definir a alocação. Para metas de curto prazo ou reserva de emergência, a renda fixa é a melhor opção por oferecer liquidez e menor risco.

Para metas de longo prazo, como aposentadoria ou acumulação de patrimônio, a renda variável pode ser mais vantajosa por seu maior potencial de crescimento ao longo do tempo.

Seja qual for sua escolha, é sempre recomendável contar com o suporte de especialistas, como os do Daycoval Investe, que podem orientar na escolha dos produtos financeiros mais adequados ao seu perfil e ajudá-lo a montar uma estratégia de investimento personalizada.

Eles podem fornecer insights sobre o melhor momento para investir e ajustar sua alocação, garantindo que suas decisões estejam alinhadas com seus objetivos de crescimento e preservação de capital.

Conclusão

Renda fixa e variável oferecem oportunidades diferentes, cada uma com suas vantagens e riscos.

Ao entender seu perfil de investidor e as características de cada tipo de investimento, você pode tomar decisões mais acertadas e construir uma carteira diversificada que atenda suas necessidades financeiras.

Com uma boa combinação entre segurança e potencial de crescimento, é possível alcançar objetivos de curto e longo prazo. 

Para dar o próximo passo, conte com a ajuda dos especialistas do Daycoval Investe, que estão prontos para ajudar você a fazer as escolhas certas e maximizar os resultados de seus investimentos.

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