Juros e inflação: entenda a dinâmica desses indicadores para capturar oportunidades de investimento

Tempo de leitura: 4 minutos

O mercado financeiro é cíclico e nós podemos provar. Neste artigo, você vai compreender como a dinâmica entre a evolução dos juros e da inflação pode impactar os seus investimentos, tanto abrindo janelas de oportunidade como representando risco de prejuízo, caso você não esteja atento aos movimentos do mercado.

Por meio de gráficos, você vai ver como funciona o conceito de ganho real e de preservação do poder de compra, pontos fundamentais para fazer boas escolhas na hora de montar a sua carteira de investimentos.

Boa leitura!

Qual a relação entre juros e inflação?

Você deve saber que o descontrole inflacionário foi um grande problema no passado do nosso país.

Por esse motivo, em 1999, foi adotado o regime de metas de inflação, como parte de uma série de reformas econômicas, que visavam à estabilização da economia.

O objetivo principal dessa medida foi evitar que a inflação descontrolada prejudicasse o poder de compra das famílias e aumentasse as incertezas em relação ao futuro.

O regime de metas de inflação consiste na estipulação de uma meta para este indicador e um intervalo de tolerância. O papel do Banco Central é manter os preços controlados dentro dessa faixa.

Com isso, toda vez que ocorre uma aceleração inflacionária e a autoridade monetária identifica que as causas por trás desse movimento podem ser persistentes e contundentes a ponto de resultar em um cenário de descontrole da inflação, medidas contracionistas passam a ser adotadas.

Tais medidas consistem na elevação das taxas de juros e, consequentemente, no desaquecimento econômico e, em alguns casos, recessão.

Quando a inflação deixa de ser uma preocupação, o Banco Central inicia o ciclo de cortes na Selic, que é a taxa básica de juros no país.

No gráfico abaixo, é possível perceber como a inflação (barras verticais alaranjadas) e os juros (linha azul claro) “andam” juntos e refletem justamente a dinâmica cíclica mencionada acima.

Como identificar riscos e oportunidades?

Ao conhecer essa dinâmica entre juros e inflação (IPCA), será que não podemos tirar alguns insights valiosos sobre isso para ter sucesso nos investimentos?

Vamos descobrir nas análises abaixo:

Análise 1

Após a política monetária contracionista começar a surtir efeito e resultar no arrefecimento da inflação, estaremos próximos de uma reversão no rumo dos juros. Isso significa que é hora de ficar atento.

No gráfico abaixo, as marcações indicam momentos em que que a inflação estava bem acima da banda superior da meta, e que, após a elevação dos juros e manutenção por algum tempo em patamar elevado, a inflação começa a ceder, abrindo espaço para o ciclo de cortes nos juros.

Saber ao certo, de antemão, quando de fato os juros serão cortados é o que todos os analistas buscam. Entretanto, isso não é uma tarefa trivial.

De qualquer forma, ao conhecermos essa dinâmica, podemos por meio da diversificação da carteira em papéis prefixados capturar boas oportunidades com um bom gerenciamento de risco.

Análise 2

Em momentos de aceleração inflacionária, é preciso fazer conta. Será que as aplicações protegem o poder de compra do valor investido? Depende!

Se a rentabilidade estiver superior ao IPCA para o mesmo período, sim. Caso contrário, não.

E é aí que surge o conceito de ganhos reais ou, em outras palavras, ganhos acima da inflação.

No gráfico abaixo, vamos analisar os mesmos pontos de antes. Porém, de outra ótica.

Perceba que a linha verde pontilhada, referente à rentabilidade da poupança, está abaixo da inflação, nas marcações 1, 2 e 3.

Nesses momentos, o valor aplicado na referida modalidade, na verdade, não rendeu do ponto de vista real (acima da inflação), o que faz com que o investidor perca o seu poder de compra.

Na prática, de forma geral, os preços dos bens e serviços naqueles momentos se elevaram mais do que o retorno proporcionado pela poupança.

Conclusão

O que fazer então?

Estar atento ao cenário econômico é a melhor solução para tomar boas decisões.

Além disso, manter ativos atrelados à inflação em carteira é sempre uma boa opção, principalmente em momentos de aceleração inflacionária.

Dicas importantes!

  • Acompanhe a economia para tomar decisões mais assertivas em relação a seus investimentos.
  • Diversifique sua carteira para mantê-la bem equilibrada em relação a risco e retorno.
  • Tenha estratégias bem definidas para o seu capital.
  • Considere manter seus objetivos financeiros em reservas.

Nem sempre é fácil colocar todos esses pontos em prática no dia a dia. Para te ajudar nessa missão, aqui no Daycoval você conta com um time de assessores de investimentos para te atualizar sobre os rumos do mercado e ajudar na composição da carteira ideal para você, considerando pontos como o cenário econômico, seus objetivos e perfil de investidor. Abra a sua conta invista agora mesmo.

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