
A inflação é um dos principais indicadores que influenciam o poder de compra e a rentabilidade dos investimentos.
Isso acontece porque o dinheiro perde valor quando os preços dos bens e serviços aumentam, o que afeta os retornos financeiros, principalmente em aplicações de longo prazo.
Compreender os efeitos da inflação é essencial para proteger o seu patrimônio e tomar decisões estratégicas.
Por isso, neste conteúdo vamos explicar como a inflação afeta os investimentos de renda fixa e variável, além de compartilhar dicas valiosas para manter uma carteira equilibrada em diferentes cenários. Aproveite a leitura!
Sumário
Toggle- O que é inflação e quais os seus indicadores?
- Como a inflação afeta os investimentos de renda fixa?
- Como a inflação impacta os investimentos de renda variável?
- Como analisar os cenários econômicos antes de investir?
- Onde investir quando a inflação está em alta? E quando está em baixa?
- Quais são as estratégias de proteção mais eficientes para os investidores?
- Conclusão
O que é inflação e quais os seus indicadores?
A inflação representa o aumento generalizado dos preços dos bens e serviços ao longo do tempo, o que se reflete na redução do poder de compra da moeda e também na rentabilidade dos investimentos.
Isso pode acontecer por diferentes motivos, como aumento da demanda, custos de produção mais altos e desvalorização cambial.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o principal indicador utilizado para medir a inflação, por isso é conhecido como o índice oficial de inflação no país.
Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA é o responsável por avaliar a variação média do custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.
Além do IPCA, a inflação também pode ser medida por outros indicadores, como:
- IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado): muito utilizado para reajuste de aluguéis, contratos e tarifas públicas, acompanha a variação de preços em diferentes estágios da economia, com maior peso no atacado;
- INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): semelhante ao IPCA, também mede a variação do custo de vida dos brasileiros, mas foca em famílias com renda mensal mais baixa (de 1 a 5 salários mínimos);
- IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fipe): também avalia a variação do custo de vida, mas foca especificamente na cidade de São Paulo, considerando famílias com renda mensal de 1 a 10 salários mínimos.
Como a inflação afeta os investimentos de renda fixa?
Os investimentos de renda fixa são considerados mais estáveis, por isso são uma escolha comum para investidores que buscam riscos controlados. No entanto, também são afetados pela inflação.
Investimentos como CDBs (Certificados de Depósito Bancário), debêntures e títulos públicos oferecem retornos prefixados ou atrelados a indexadores como o IPCA ou o CDI.
Isso significa que a rentabilidade pode ser afetada conforme as mudanças na economia, o que pode intensificar ou reduzir os efeitos da inflação sobre essas aplicações.
Vamos entender melhor os possíveis impactos:
- Títulos prefixados: são mais impactados pela alta da inflação, pois o rendimento é fixo e pode perder valor real ao longo do tempo;
- Títulos atrelados à inflação: são protegidos contra a inflação porque oferecem um rendimento fixo acrescido da variação do IPCA, o que evita a perda do poder de compra;
- Títulos pós-fixados: investimentos com retorno pós-fixado, como o Tesouro Selic e CDBs atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), acompanham a taxa de juros, por isso podem se beneficiar quando a inflação sobe e a Selic é ajustada para controlá-la.
Como a inflação impacta os investimentos de renda variável?
Os investimentos de renda variável, como ações e fundos imobiliários (FIIs), também sofrem influência da inflação, mas o cenário é um pouco diferente do que acontece com a renda fixa.
Entenda como a inflação afeta os investimentos de renda variável:
- Ações: empresas com grande poder de repasse de preços, como aquelas do setor de commodities e energia, tendem a se beneficiar da inflação mais alta. No entanto, companhias de bens e serviços não essenciais, bem como empresas endividadas, podem sofrer impactos negativos;
- Fundos imobiliários: FIIs de papel (títulos de dívida imobiliária) e FIIs de tijolo (investimentos em imóveis físicos) podem sofrer menos impacto se os contratos forem corrigidos por índices inflacionários e tiverem boa capacidade de repasse. Contudo, podem perder atratividade em cenários de juros elevados e redução do poder de consumo.
Como analisar os cenários econômicos antes de investir?
Antes de decidir onde aplicar o seu dinheiro, é importante não só entender como a inflação afeta os investimentos, mas também avaliar o cenário econômico e suas implicações.
Confira alguns fatores a serem considerados antes de tomar a sua decisão:
- Crescimento econômico: tenha em mente que setores cíclicos, como varejo e turismo, são mais sensíveis ao PIB, enquanto setores essenciais, como energia e saneamento, tendem a ser mais estáveis;
- Taxa Selic: a política monetária influencia diretamente a atratividade da renda fixa e o desempenho da bolsa de valores, por isso não deixe de acompanhar a taxa básica de juros;
- Risco fiscal: a situação das contas públicas também impacta os juros futuros e a confiança dos investidores, por isso é importante acompanhar o cenário de dívida bruta e PIB;
- Expectativa de inflação: analisar as projeções do IPCA ajuda a prever os impactos sobre diferentes investimentos e tomar decisões mais assertivas.
Leia também: Como se proteger da inflação? Veja dicas e estratégias
Onde investir quando a inflação está em alta? E quando está em baixa?
A escolha do melhor investimento deve considerar o cenário inflacionário. Em momentos de inflação alta, a proteção deve ser prioridade, enquanto em períodos de inflação controlada, abre-se espaço para investir em ativos de maior risco e crescimento.
Descubra as melhores opções para momentos de alta e baixa da inflação:
- Inflação em alta: Tesouro IPCA+, FIIs de papel, ações de commodities, fundos de inflação;
- Inflação em baixa: FIIs de tijolo, ações de crescimento, títulos prefixados, CDBs de longo prazo.
Quais são as estratégias de proteção mais eficientes para os investidores?
Independentemente do cenário, existem algumas medidas que ajudam a minimizar os impactos da inflação e proteger seu patrimônio.
O primeiro passo você tem feito até esse ponto da leitura: compreender como a inflação afeta os investimentos. Com isso em mente, fica mais fácil avaliar o momento do mercado e direcionar o seu planejamento de forma mais estratégica.
Além disso, vale colocar essas dicas em prática:
- Diversifique o portfólio: incluir ativos de diferentes classes é uma maneira de reduzir riscos e garantir uma carteira mais resiliente;
- Opte por ações de setores defensivos: empresas de utilities, energia e saúde tendem a ser menos afetadas por oscilações inflacionárias;
- Considere proteção cambial: dólar e ativos internacionais podem ser uma estratégia interessante de proteção contra desvalorização da moeda;
- Escolha investimentos atrelados ao IPCA: títulos públicos e privados com retornos indexados à inflação tendem a oferecer melhor rentabilidade;
- Avalie fundos multimercado: estratégias flexíveis permitem adaptar os investimentos a diferentes cenários econômicos, o que ajuda a proteger seu patrimônio.
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Conclusão
A inflação impacta diretamente o desempenho dos investimentos, por isso é essencial considerá-la ao montar a sua estratégia.
Enquanto a renda fixa pode sofrer com a redução do poder de compra, existem alternativas de ativos atrelados ao IPCA que garantem proteção, como vimos ao longo deste conteúdo.
Já na renda variável, setores estratégicos podem se beneficiar da alta dos preços.
A chave para um portfólio mais resiliente é um bom planejamento, que começa ao compreender como a inflação afeta os investimentos.