Fundos de renda fixa: como funcionam e por que vale a pena investir?

Tempo de leitura: 6 minutos

Você já ouviu falar em fundos de renda fixa?  Esse é um tipo investimento muito conhecido, especialmente por quem busca opções com previsibilidade e risco baixo, mas sem abrir mão da diversificação.

Se esses são alguns pontos que dão “match” com a sua estratégia de investimentos, vale a pena saber um pouco mais sobre como funcionam os fundos de investimento em renda fixa.

Neste artigo, você vai entender como esses fundos funcionam, quais as vantagens e desvantagens, como é a cobrança e outros detalhes indispensáveis para você descobrir se esse é o investimento ideal para você. Boa leitura!

Como funcionam os fundos de renda fixa?

De modo geral, fundos de investimento funcionam como uma “cesta” com diversos ativos. Um administrador escolhe os investimentos e faz a gestão dessa “cesta” para os cotistas do fundo, alternando as escolhas conforme as oportunidades do mercado e as regras do fundo.

O cotista, que é o investidor, passa a ter participação na rentabilidade do fundo de forma proporcional à quantidade de cotas que ele possui. Isso sem precisar se preocupar com a escolha e a gestão dos ativos.

No caso de um fundo de renda fixa, como o próprio nome indica, a regra é que o gestor priorize investimentos dessa categoria, como CDB, LCI e LCA, Tesouro Direto e títulos de Crédito Privado, como Debêntures.

Na maioria das vezes, esses fundos são compostos por, no mínimo, 80% de títulos renda fixa e os demais 20% podem ser derivativos.

Por focar nesses ativos de baixo risco, o principal objetivo de um fundo de renda fixa é entregar aos investidores uma rentabilidade estável e segura.

Mas como funciona essa rentabilidade?

A rentabilidade de um fundo de renda fixa vem dos juros recebidos pelos papéis que compõem a carteira. Sendo assim, ela varia conforme as taxas desses títulos e é distribuída aos cotistas de forma proporcional à quantidade de cotas em uma periodicidade acordada, que costuma ser trimestral ou semestral.

Quais são os principais fundos de renda fixa?

Fundos simples

Voltados especialmente para investidores menores e iniciantes, apresentam baixo custo e risco. Para isso, a carteira é composta por pelo menos 95% de títulos públicos ou privados de baixo risco.

Curto prazo

Este tipo tem apenas títulos com prazos de vencimento curtos, com média de 60 dias e máximo a 375 dias, e só pode ser composto por títulos privados – atrelados à Taxa Selic, ou prefixados, além do Tesouro Direto.

Longo prazo

Aqui o vencimento é superior a 365 dias, o que aumenta as possibilidades do gestor. A composição conta com títulos privados e títulos públicos, pré e pós-fixados. Sendo assim, o risco envolvido é um pouco maior, mas também é possível alcançar retornos melhores.

Referenciado

No fundo de renda fixa referenciado, o rendimento tem como base um determinado índice de referência, como o CDI ou IPCA. Para isso, 95% dos papéis da carteira são indexados ao índice. Além disso, ao menos 80% dos títulos precisam ser de baixo risco.

Dívida externa

Neste fundo, pelo menos 80% das aplicações estão em títulos da dívida externa do Governo Federal, negociados no exterior.  As regras do fundo só permitem que o gestor invista no país em situações bem específicas, como operações de hedge e em derivativos

Crédito privado

Pelo menos metade da carteira deve ser formada por títulos privados, como FIDCs e debêntures, por exemplo. Com essa flexibilidade, o risco desse tipo de fundo tende a ser um pouco mais elevado. 

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Quais são as vantagens e desvantagens de investir em fundos de renda fixa?

Na hora de escolher um investimento para a sua carteira, além de avaliar se ele é compatível com o seu perfil de investidor e os seus objetivos, é fundamental por na balança os prós e os contras antes de tomar a decisão.

Por isso, separamos as vantagens e desvantagens relacionadas aos fundos de renda fixa para você analisar e fazer a escolha certa.

Vantagens

Segurança: como a maior parte dos títulos que compõem um fundo de renda fixa conta com garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) ou do próprio governo, ele é considerado um investimento de baixo risco. Além disso, a administração por um profissional capacitado é mais um fator de segurança.

Diversificação: Investir em fundos de renda fixa é uma forma prática de aplicar em títulos variados de uma única vez, o que reduz o risco de perdas.

Rentabilidade: como a rentabilidade desses fundos segue os principais indicadores da renda fixa, em tempos de juros altos, eles oferecem um retorno muito atrativo, especialmente levando em conta seu baixo risco.

Acessibilidade: aplicar em fundos de renda fixa é fácil e rápido. Você pode investir online e com um valor inicial baixo.

Desvantagens

Liquidez: em alguns casos, os fundos de renda fixa podem ter uma liquidez mais baixa que outros títulos de renda fixa, o que significa que você pode ter dificuldade para resgatar seu dinheiro antes do prazo de vencimento. Entretanto, já existem opções com resgate em D+1, como o Daycoval Classic FIRF CP.

Taxa: assim como outros fundos, os de renda fixa cobram uma taxa de administração, o que deve ser considerado na hora de avaliar a rentabilidade final do investimento.

Rentabilidade: para perfis mais arrojados, a rentabilidade de um fundo de renda fixa pode ser pouco atrativa em comparação com opções de renda variável. Porém, o risco também é maior nos ativos mais arrojados.

tesouro-ipca

Impostos e taxas

Tanto o Imposto de Renda quanto o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) são cobrados sobre os rendimentos de um fundo de renda fixa.

No caso do IOF, a cobrança só ocorre em regastes feitos em menos de 30 dias da data de aplicação. A alíquota é decrescente varia conforme o prazo, podendo chegar a 96%.

Já a incidência de Imposto de Renda é aplicada sempre. A alíquota também varia conforme o tempo de permanência. Quanto mais tempo, menos imposto pago.

Levando em conta a tributação, os fundos de renda fixa são divididos em duas categorias: curto e longo prazo.

Os de curto prazo são formados por papéis com vencimento máximo a 375 dias e os de longo prazo com vencimento acima de 365 dias. Veja as tabelas de alíquotas para os dois tipos:

Fundos de curto prazo

Até 180 dias de aplicação22,5%
Acima de 180 dias de aplicação20%

 

Fundos de longo prazo

Até 180 dias de aplicação22,5%
De 180 a 360 dias de aplicação20%
De 361 a 720 dias de aplicação17,5%
Acima de 720 dias de aplicação15%

Nos fundos de renda fixa, o acerto com o Leão é feito semestralmente. No último dia útil de maio e novembro, os administradores calculam o imposto devido, considerando a menor alíquota. A cobrança é realizada por meio do recolhimento de cotas do fundo, o que ficou conhecido como come-cotas.

Se no momento do resgate o tempo de permanência for referente à uma alíquota maior do que a recolhida no come-cotas, o gestor retém a diferença do imposto devido. 

Como escolher o melhor fundo de renda fixa?

Agora você já sabe como funcionam os fundos de renda fixa. Mas o que deve ser analisado na hora de escolher um fundo em meio a tantas opções? Temos algumas dicas:

  1. Verifique os títulos em carteira: cheque a diversificação e a rentabilidade dos títulos que compõem o fundo e avalie quais são as perspectivas para os indexadores em questão, como CDI e IPCA, por exemplo.
  2. Avalie a taxa de administração: como falamos, os fundos cobram uma taxa de administração. Por isso, avalie se o percentual cobrado é justo em relação ao que é oferecido.
  3. Analise o histórico do fundo: visite os relatórios sobre o fundo e veja o seu desempenho ao longo do tempo. Resultado passado não é garantia de resultado futuro, mas ajuda a ter uma ideia de como o fundo performa em diferentes cenários. 
  4. Conheça o gestor: verifique a reputação de quem administra o fundo e analise se ele tem experiência e conhecimento de mercado para administrar o seu dinheiro. 

Conclusão

Investir em fundos de renda fixa é uma alternativa segura e acessível para quem busca investimentos de baixo risco. Diversificação e flexibilidade são os principais pontos fortes desse tipo de fundo.

Contudo, é importante analisar a rentabilidade, o histórico do fundo e a adequação ao seu perfil de investidor antes de fazer a sua escolha. 

Aqui no Daycoval, a gente tem uma opção bem interessante: o Daycoval Classic FIRF CP, que tem resgate em D+1 e rendeu 111% do CDI nos últimos 12 meses. Clique aqui para saber mais sobre esse fundo. 

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