Fundos de investimento são produtos financeiros que costumam ser vistos como uma forma de facilitar a vida do investidor, uma vez que, ao comprar suas cotas, você investe em uma cesta de ativos cuidadosamente elaborada por um gestor profissional.
Entretanto, por mais prático que esse tipo de investimento seja, existem algumas particularidades que devem ser compreendidas por quem investe. Um exemplo disso é o conceito de cotização de resgate.
Neste artigo, você vai ver o que é a cotização de resgate, como funciona e os prazos associados à sua realização. Boa leitura!
A cotização de resgate é o processo de conversão de cotas de um fundo de investimento em dinheiro a partir da solicitação de saque do investidor.
Basicamente, é o tempo necessário para que o gestor venda os ativos e disponibilize o dinheiro ao cotista que solicitou o resgate.
Na prática, a expressão se refere à quantidade de dias, corridos ou úteis, entre o pedido de resgate e a transformação das cotas em dinheiro. Ou seja, é a cotização de resgate que indica a liquidez das cotas de um fundo.
Esse período de tempo pode ser representado pelos símbolos D+ (número de dias), para dias corridos, ou D+ (número de dias) du, para dias úteis.
Vamos ver dois exemplos:
D+20 – indica que, a partir da solicitação de resgate, serão necessários 20 dias corridos para que as cotas do fundo sejam transformadas em dinheiro.
D+10 du – demonstra que levará um prazo de 10 dias úteis para que as cotas do fundo sejam convertidas em dinheiro, após o pedido de resgate.
Vale ressaltar que esses prazos podem variar de acordo com o tipo de fundo e suas características.
Como a cotização de resgate funciona?
De forma geral, os fundos menos complexos e que investem em ativos com maior liquidez necessitam de menos dias para disponibilizar o dinheiro ao investidor que solicitou o resgate.
Bons exemplos disso seriam os fundos de renda fixa.
Já fundos que envolvem investimentos mais complexos, como em ações, por exemplo, precisam de mais tempo para disponibilizar o recurso resgatado ao investidor.
Um ponto importante é que cada fundo tem autonomia para estipular a cotização de resgate.
Por isso, sempre leia com atenção o regulamento do fundo pelo site da CVM e atente-se a todos os detalhes da política de investimento.
Prazo, liquidação e resgate de cotização, o que são?
Entender os prazos associados à cotização de resgate é um passo fundamental para os investidores.
Esses prazos são divididos em três aspectos principais: prazo de cotização, prazo de liquidação e prazo de resgate, que explicaremos a seguir.
Prazo de cotização
O prazo de cotização é o período necessário para que o gestor registre uma ordem de venda de cota e realize a conversão em dinheiro.
Ele se inicia assim que o investidor indica que deseja vender suas cotas. Entretanto, a movimentação não ocorre de forma imediata.
Prazo de liquidação
Já o prazo de liquidação é o tempo que leva para que a movimentação seja de fato processada e a transação seja concluída com o dinheiro sendo transferido para a conta do investidor.
Vale ressaltar que o prazo de liquidação começa após o prazo de cotização.
Prazo de resgate
Juntos, o prazo de cotização e o prazo de liquidação representam o prazo de resgate, que é o tempo total que o investidor deve aguardar para ter os seus recursos na conta de investimento.
Como funciona o resgate de fundos de investimentos?
Vamos ver como funciona na prática. Imagine que você possui cotas de um determinado fundo de investimento cujo prazo de resgate seja D+20, sendo o prazo de cotização D+18 e o prazo de liquidação D+2.
Caso você desejasse resgatar os seus investimentos, os passos seriam os seguintes:
- Solicitar o resgate via home broker ou plataforma de investimento.
- A solicitação é recebida pelo gestor e as cotas são convertidas em dinheiro dentro do prazo de cotização, ou seja, em 18 dias.
- É feita movimentação do recurso para a sua conta em até 2 dias, que é o prazo de liquidação.
- Pronto! Você já pode sacar, reinvestir ou movimentar o seu dinheiro.
Por que existe burocracia de prazos na cotização?
A burocracia associada aos prazos na cotização de resgate é uma medida de proteção para ambas as partes envolvidas – investidores e instituições financeiras.
Esses prazos são estabelecidos para garantir uma execução ordenada das transações, evitando movimentações bruscas nos ativos e protegendo os interesses dos investidores e a estabilidade do mercado.
A necessidade de tempo para a cotização e a liquidação também está relacionada à complexidade das operações nos mercados financeiros.
Processos como a venda de ativos, cálculos de valorização e transferências de recursos exigem tempo para serem realizados de maneira precisa e segura.
Como falamos no começo deste artigo, os fundos de investimento são uma excelente alternativa para quem quer investir ou diversificar a carteira, mas não tem disponibilidade para se dedicar a compreender todas as variáveis do mercado.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre como funciona esse tipo de investimento, é hora de começar a rentabilizar com a escolha do fundo ideal para o seu perfil.
Para isso, você pode contar com o suporte personalizado dos nossos assessores de investimentos para recomendar opções de fundo compatíveis com a sua tolerância ao risco e objetivos.
Conclusão
Em resumo, podemos dizer que a cotização de resgate aparece como uma peça importante no quebra-cabeça dos fundos dos investimentos.
Compreender os prazos associados a esse processo é vital para o sucesso e a segurança de quem investe.
Agora, na hora de investir, você já pode tomar decisões mais fundamentadas, garantindo uma jornada financeira sólida e rentável. Bons investimentos!
