Você quer começar a investir em previdência, mas não sabe se escolhe PGBL ou VGBL? Não se preocupe, essa é uma dúvida muito comum entre os investidores.
Ambos os planos oferecem maneiras diferentes de economizar para o futuro, com benefícios e características próprias.
No entanto, PGBL e VGBL são dois tipos de planos de previdência privada, sendo investimentos voltados para a aposentadoria.
Por terem algumas semelhanças, muitos investidores ficam indecisos na hora de escolher uma modalidade. Por isso, neste artigo, vamos explicar qual é a melhor previdência privada para investir: PGBL ou VGBL.
Vamos lá? Então, boa leitura!
Para começar, vamos entender, primeiramente, o que é o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).
Esse investimento é um tipo de previdência privada que permite deduzir as contribuições do Imposto de Renda (IR), até o limite de 12% da renda bruta anual.
Ele é indicado para quem faz a declaração completa do IR e busca uma maneira de complementar a aposentadoria ou ter uma renda extra no futuro.
Tipos de tributação na previdência privada
O PGBL possui duas formas de tributação, sendo a tabela progressiva e a regressiva.
A tabela progressiva é a mesma que incide sobre o salário dos brasileiros mensalmente:
Quem escolhe essa modalidade, tem o desconte na fonte ao receber os valores provenientes do plano. Em regastes, o desconto é de 15% e ajustes podem ser feitos na declaração anual do IR.
Já na tributação regressiva, os valores recebidos são tributados de forma definitiva na fonte.
A alíquota varia conforme o tempo que o dinheiro ficou investido, conforme a tabela abaixo.
Além disso, o PGBL também é um investimento que possui planejamento sucessório. Ou seja, é possível passar aos herdeiros sem a necessidade de inventário.
Como o PGBL funciona?
O PGBL funciona como um investimento de longo prazo, onde, geralmente, os investidores têm o objetivo de obter benefícios fiscais no curto prazo.
Isso acontece porque as contribuições feitas ao PGBL podem ser deduzidas do IR, desde que o investidor faça a declaração pelo formulário completo.
O dinheiro aplicado no PGBL é direcionado para investimentos, de renda fixa ou variável, crescendo ao longo do tempo.
Os investidores fazem contribuições regulares ou esporádicas para o PGBL, sendo que o valor das contribuições é determinado pelo próprio investidor.
Ao longo dos anos, as contribuições e os rendimentos gerados pelos investimentos se acumulam, formando uma reserva que será utilizada futuramente.
Por fim, quando o investidor decide se aposentar, é possível optar pelo resgate do valor acumulado de uma vez ou receber uma renda mensal por um período determinado.
O que é VGBL?
Mas afinal, o que é o VGBL? O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, é outra modalidade de previdência privada amplamente utilizada no Brasil.
Assim como o PGBL, o VGBL é uma ferramenta de investimento de longo prazo, mas difere em alguns aspectos.
Ele é indicado para quem faz declaração simplificada do IR ou deseja investir mais do que 12% da renda bruta anual tributável.
Igualmente ao PGBL, o VGBL também pode ser utilizado como um planejamento sucessório, pois o valor acumulado pode ser transferido aos herdeiros sem passar pelo inventário.
No entanto, o VGBL pode ser mais interessante em alguns casos, como, por exemplo, questionamento por herdeiros não mencionados nas apólices ou em relação às tentativas de alguns Estados de tributar o produto pelo ITCMD.
Além disso, o VGBL é categorizado como seguro de pessoa. Já o PGBL é considerado como um plano de previdência complementar.
Como o VGBL funciona?
Da mesma maneira que o PGBL, os participantes fazem contribuições regulares ou esporádicas para o VGBL.
No entanto, as contribuições não são dedutíveis do Imposto de Renda, ou seja, o investidor não recebe benefícios fiscais no momento das contribuições.
Sua tributação acontece apenas sobre os rendimentos gerados pelo investimento, não sobre o valor total resgatado. A alíquota funciona no mesmo esquema dos planos PGBL.
Então, o investidor pode decidir resgatar o montante acumulado ou receber renda mensal, pagando impostos somente sobre os ganhos financeiros, não sobre o valor principal.
Assim como o PGBL, os recursos do VGBL podem ser investidos em diferentes tipos de fundos, como renda fixa, renda variável, multimercados, entre outros.
PGBL x VGBL, quais as diferenças?
Mas afinal, quais são as diferenças entre PGBL ou VGBL? Essa é uma dúvida muito comum entre os investidores que estão indecisos entre ambas modalidades.
Para nortear o entendimento, a seguir, trouxemos as principais diferenças entre o PGBL e VGBL. Vamos conhecê-las?
PGBL
Uma das principais diferenças entre o PGBL é que as contribuições feitas pelos investidores podem ser deduzidas no IR. Porém, essa dedução é válida apenas para quem faz a declaração do Imposto de Renda pelo formulário completo.
Além disso, os benefícios concedidos no PGBL ocorrem durante a fase de acumulação dos recursos.
No entanto, na fase de resgate, o investidor é tributado sobre o montante total resgatado ou recebido como renda, incluindo o valor principal investido e os ganhos financeiros.
Por isso, esse investimento costuma ser mais atraente para investidores que se encontram em faixas de renda mais elevadas, pois oferece uma oportunidade de reduzir o IR no curto prazo.
VGBL
Ao contrário do PGBL, o VGBL não oferece benefícios fiscais no momento das contribuições.
Isso significa que as contribuições feitas para o VGBL não podem ser deduzidas do IR, independentemente do formulário de declaração de imposto utilizado pelo investidor.
A tributação dessa modalidade incide apenas sobre os ganhos financeiros acumulados, não sobre o valor principal investido.
Então, o investidor pode resgatar o montante acumulado ou receber uma renda mensal, pagando impostos apenas sobre os rendimentos, não sobre o valor total investido.
Por isso, o VGBL é frequentemente recomendado para pessoas que não fazem a declaração do IR pelo formulário completo, já que não poderiam aproveitar as deduções fiscais do PGBL.
PGBL ou VGBL, qual escolher?
Afinal, PGBL ou VGBL: qual escolher? A decisão depende de diversos fatores individuais e objetivos financeiros.
Então, para ajudá-lo nessa decisão, separamos alguns dos principais motivos para decidir entre PGBL ou VGBL. Veja a seguir!
Escolha o PGBL se:
Se você faz a declaração de IR pelo formulário completo, optar pelo PGBL é uma ótima alternativa.
Isso porque o PGBL oferece benefícios fiscais no momento das contribuições, permitindo que o investidor reduza a carga tributária no curto prazo.
Além disso, se você tiver uma renda tributável mais alta, o PGBL pode ser mais vantajoso, uma vez que a dedução fiscal pode resultar em economias significativas no IR.
Caso também você não se importe com a tributação futura, o PGBL é o investimento ideal. Isso porque o imposto é cobrado sobre o montante total resgatado na fase do saque.
Escolha o VGBL se:
Caso você não faça a declaração de IR pelo formulário completo ou não deseje aproveitar os benefícios fiscais no momento das contribuições, o VGBL é uma opção adequada.
Como o VGBL é tributado apenas sobre os ganhos financeiros, não sobre o valor principal investido, ele se torna vantajoso para investidores que preferem pagar menos impostos no resgate.
Além disso, se você está em busca de flexibilidade no planejamento sucessório, o VGBL oferece essa opção, evitando a necessidade de passar pelo processo do inventário.
Saiba mais: Como se preparar para a aposentadoria?
VGBL ou PGBL: como declarar no imposto de renda?
Para declarar um plano de previdência VGBL ou PGBL no IR é necessário ter muita atenção aos pequenos detalhes do processo. Veja a seguir o passo a passo que preparamos:
VGBL
Passo 1 – No VBGL, o investidor deve acessar a ficha de “Bens e Direitos” da declaração do IR e selecionar o código “97 – VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre”.
Passo 2 – Em seguida, informar o valor total investido no VGBL até o último dia do ano-calendário.
Passo 3 – Além disso, é necessário preencher os campos com os dados da instituição financeira onde está o VGBL, incluindo o CNPJ da instituição.
Passo 4 – Caso tenha realizado resgates ou recebido rendimentos no ano, esses valores devem ser declarados separadamente na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica” ou “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”, dependendo do tipo de rendimento.
PGBL
Passo 1 – No PGBL, o investidor deve acessar a ficha de “Bens e Direitos” e escolher o código “36 – Previdência Complementar (PGBL)”.
Passo 2 – Com isso, é necessário preencher os campos com os dados da instituição financeira onde você possui o PGBL, incluindo também o CNPJ da instituição.
Passo 3 – Na ficha “Pagamentos Efetuados”, selecione o código “36 – Previdência Complementar – PGBL” e informe o valor total das contribuições realizadas durante o ano. Assim, será possível realizar a dedução dessas contribuições do IR.
Passo 4 – Igualmente ao VGBL, se você realizou resgates ou recebeu rendimento do PGBL no ano, os valores devem ser declarados na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica” ou “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”.
Como resgatar o PGBL ou VGBL?
O resgate em planos de previdência privada, como o PGBL ou VGBL, envolve considerações essenciais para maximizar seus benefícios financeiros.
Ao resgatar, esteja ciente das implicações fiscais do processo. Por exemplo, o PGBL é tributado sobre o valor total resgatado, enquanto o VGBL incide apenas sobre os ganhos financeiros.
Então, certifique-se de conhecer as regras de carência de seu plano, evitando penalidades.
Além do resgate integral, considere alternativas como resgates parciais para manter a proteção previdenciária e minimizar os impactos fiscais.
A portabilidade de previdência permite transferir seu plano para outra instituição, mantendo vantagens fiscais. Lembrando que é possível mudar para fundos de estratégias diferentes, mas dentro da mesma modalidade. Ou seja, se seu plano for PGBL, não pode mudar para VGLB, e vice-versa.
Ou seja, compreender as regras, considerações e alternativas do resgate é fundamental. Para isso, é importante consultar um profissional financeiro para tomar decisões informadas e otimizar seus investimentos de acordo com suas necessidades.
Passo a passo: como resgatar PGBL ou VGBL
O resgate do PGBL ou VGBL é um procedimento que também deve ser feito com cautela e os investidores devem se atentar aos pequenos detalhes.
Passo 1 – Primeiramente, leia atentamente o contrato do plano para entender as condições específicas estabelecidas pela instituição financeira contratada;
Passo 2 – Em seguida, entre em contato com a instituição responsável pelo plano, pelo canal de atendimento disponibilizado;
Passo 3 – Ao fazer contato, você terá a opção de escolher a forma de resgate que melhor atende às suas necessidades, como resgate total, parcial, renda mensal vitalícia ou programada;
Passo 4 – A instituição financeira solicitará documentos para processar a solicitação, como cópias de documentos pessoais;
Passo 5 – Após a aprovação e processamento da solicitação, os recursos serão disponibilizados conforme a opção de resgate escolhida;
Passo 6 – É essencial que você esteja ciente das tributações, pois os ganhos financeiros serão tributados de acordo com as alíquotas de IR vigentes.
Então, antes de efetuar o resgate, avalie os impactos financeiros da decisão, considerando cuidadosamente seus objetivos financeiros.
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Conclusão
Escolher entre o PGBL ou VGBL é uma decisão que deve ser tomada com cautela, uma vez que dependerá de diversos fatores individuais.
Se você preenche o formulário completo do IR e se interessa pelos benefícios fiscais, a melhor alternativa é o PGBL.
No entanto, caso o formulário preenchido do IR não for completo e você deseja uma tributação favorável sobre seus rendimentos, a melhor opção é a VGBL.
É importante ter em mente seus objetivos, metas e preferências pessoais. Dessa maneira, é possível realizar a escolha certa e ter um futuro bem-sucedido.
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