Como se proteger da inflação? Dicas e melhores investimentos

Tempo de leitura: 6 minutos
como se proteger da inflação

Em um cenário econômico em constante mudança, a inflação pode se apresentar como um verdadeiro desafio financeiro.

Segundo dados de um estudo do matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho , o real perdeu mais de 87% do seu valor desde que foi implementado. Levando em consideração o poder de compra, R$ 100 de 1994 seriam equivalentes a R$12,33 hoje.

Percebe como essa desvalorização pode ter um grande impacto no seu patrimônio e no seu poder de compra?

A boa notícia é que existem diversas estratégias para você se proteger dos efeitos prejudiciais da inflação e manter suas finanças sólidas e estáveis. Neste artigo, você irá conhecer todas elas. Boa leitura!

O que é inflação?

A inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo.

Na prática, ela representa o incremento do custo de vida e a redução do poder de compra de uma moeda.

Isso significa que com o dinheiro que você tem hoje, não será possível pagar as mesmas coisas no futuro, desde produtos no supermercado, até combustível, carros, imóveis, aluguéis e mensalidades escolares.

Imagine que um carro hoje custe R$ 100 mil. Se o segmento de transportes tiver um acréscimo de 10%, esse mesmo automóvel passará a custar R$ 110 mil.

A apesar desse movimento ser natural em qualquer economia, é muito importante saber como lidar com seus efeitos.

Afinal, o aumento dos preços pode representar prejuízo para quem não tem um bom planejamento financeiro.

Caso o seu salário e os seus investimentos não cresçam igual ou acima da inflação, você estará perdendo o seu poder de compra.

Sendo assim, para evitar que a inflação afete o seu padrão de vida, é essencial tomar algumas medidas que protejam o seu patrimônio.

Principais causas da inflação: confira

Existem diversos fatores que podem contribuir para um aumento descontrolado dos preços em uma economia. Alguns dos principais são:

  • Aumento na demanda: Quando a demanda por bens e serviços excede a oferta, os preços tendem a subir.
  • Custos de produção: Se os custos para produzir mercadorias e serviços aumentam, as empresas podem repassar esses valores para os consumidores.
  • Eventos globais: Choques econômicos, como aumentos nos preços das commodities, podem afetar os preços internamente.
  • Expectativas inflacionárias: As expectativas inflacionárias são crenças que os agentes econômicos, como consumidores e empresas, têm em relação ao futuro comportamento dos preços. Ao criarem uma pressão por reajustes salariais e elevações de preços de produtos e serviços, acabam por iniciar um ciclo autossustentável de inflação.
  • Inércia da inflação: A inércia inflacionária diz respeito à persistência da inflação ao longo do tempo, mesmo após as causas iniciais terem sido mitigadas. Isso ocorre quando os preços se ajustam lentamente devido a contratos de longo prazo, indexação de preços, rigidez salarial e outros mecanismos que retardam a reação da economia a mudanças nas condições econômicas.

Principais indicadores da inflação

A inflação de um país é medida por meio de indicadores. No Brasil, existem alguns índices que desempenham essa função, cada um com seu escopo, como veremos a seguir:

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

O IPCA é o índice mais conhecido e é considerado o medidor oficial da inflação no Brasil.

Esse indicador mede a variação média dos preços de uma cesta de produtos consumidos pelas famílias e serve como referencial para o sistema de metas de inflação.

Entre as informações coletadas estão itens de saúde, alimentação, vestuário, transporte e comunicação.

O cálculo é feito por meio de um levantamento mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga os resultados entre a primeira e a segunda semana de cada mês. 

São considerados no índice os dados de consumo de famílias com renda mensal entre um e 40 salários mínimos.

INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)

O INPC é um indicador muito similar ao IPCA. Porém, ele considera a variação que ocorre nos preços de produtos consumidos por famílias que recebem até cinco salários mínimos mensais.

Dessa forma, ele retrata de maneira mais fiel o impacto da inflação sobre as famílias derenda mais baixa e serve como parâmetro para os reajustes realizados periodicamente no salário mínimo.

IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado)

Realizado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M considera os custos dos serviços dos itens que chegam até o consumidor. Dessa forma, é um indicador mais abrangente que o IPCA.

Na prática, ele é utilizado como referência para reajustes de alguns tipos de contrato, como o aluguel e o fornecimento de energia elétrica, por exemplo.

IPA (Índice de Preços por Atacado)

Também calculado pela FGV, o IPA monitora a variação de preços de produtos comercializados no atacado, como itens agropecuários e industriais, antes de chegarem ao consumidor final.

Esse índice conta com três subdivisões:

  • IPA-DI: preços do primeiro dia do mês até o dia 30;
  • IPA-M: preços do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual;
  • IPA-10: preços do dia 11 do mês anterior até o dia 10 do mês atual.

Qual investimento te protege da inflação?

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O aumento desgovernado da inflação pode resultar na deterioração do patrimônio de um indivíduo e na redução do seu poder de compra. Conheça os investimentos que protegem o seu poder de compra da inflação:

Investir em títulos que estão vinculados à inflação é uma forma eficaz de manter seu poder de compra ao longo do tempo.

Existem muitas opções que remuneram de acordo com a variação do IPCA, mas também existem alternativas atreladas a outros índices, como o IGP-M.

Títulos IPCA

Investir em produtos financeiros indexados ao IPCA é uma das formas mais eficientes de proteger o seu poder de compra. você pode encontrá-los na forma de CDBs ou títulos do tesouro.

Em geral, esses produtos são compostos de uma parcela prefixada e outra pós-fixada, que está exatamente atrelada ao IPCA, proporcionando um retorno real ao investidor.

Exemplo: CDB Daycoval IPCA + 7,5% a.a. com prazo de 2 anos.
Isso significa que o título paga a inflação mais uma parcela de 7,5% ao ano – e você pode resgatar o título ao final de 2 anos.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos por instituições financeiras, que, muitas vezes, remuneram conforme a variação do IPCA, além de realizarem o pagamento de um prêmio extra. Um exemplo seria a LCA Daycoval Pós – 97% do CDI – 3 anos com liquidez após 9 meses

Debêntures

Títulos de renda fixa emitidos por empresas privadas, que, normalmente, também utilizam índices inflacionários na remuneração.

ETFs

existem alguns fundos negociados na bolsa de valores que replicam o desempenho de índices de inflação. Alguns exemplos são o IMAB11, IMBB11 ou IB5M11.

Fundos Imobiliários

Investir em propriedades por meio de fundos pode ser uma estratégia, já que os aluguéis e os valores dos imóveis tendem a aumentar com a inflação.

Aqui no Daycoval, você encontra todas essas opções de investimento e ainda conta com a expertise de um time de assessores de investimentos para montar a carteira ideal para o seu perfil e objetivo. Abra a sua conta e proteja o seu dinheiro da inflação.

Conclusão

No nosso país, historicamente, a inflação sempre passa por ciclos de altas e baixas, o que exige atenção constante.

Porém, com as estratégias certas, você pode transformar o dragão da inflação em um animal de estimação inofensivo.

Investir em ativos atrelados à inflação e acompanhar os movimentos do mercado para tomar decisões embasadas é a receita certa para proteger suas finanças. Bons investimentos!

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