O que é renda fixa? Entenda como funciona esse tipo de investimento seguro e rentável

Tempo de leitura: 10 minutos

Estabilidade e segurança são características muito valorizadas entre os investidores que optam pela renda fixa. Com relativo baixo grau de risco e complexidade, é uma ótima opção para quem vai começar a investir ou está montando a reserva de emergência.

Além disso, no atual cenário de alta dos juros, esse tipo de investimento se apresenta como a bola da vez até mesmo para investidores mais experientes, pois a relação entre risco e rentabilidade se torna muito atrativa na maioria dos produtos de renda fixa.

Aliás, o nome renda fixa está relacionado à rentabilidade deste tipo de investimento, que é previsível, pois tem uma taxa prefixada ou acompanha um indicador determinado, como a Selic, o IPCA ou o CDI.

Contudo, apesar de se tratar de um tipo de investimento indicado para quem está começando, esta categoria também tem suas peculiaridades. Ela conta com ativos com diferentes prazos e perfis de risco e precisa ser estudada.

Por isso, para investir em renda fixa, é fundamental que você compreenda os principais conceitos desse tipo de investimento, conheça a variedade de títulos disponíveis e suas características.

Neste artigo você vai encontrar tudo isso. Boa leitura!

O que é renda fixa?

A renda fixa é um tipo de investimento em que a rentabilidade pode ser prevista no momento da aplicação. Essa é a principal diferença em relação a renda variável, onde diversos fatores tornam o retorno do investimento imprevisível, como o mercado de ações, por exemplo.

Essa previsibilidade torna a renda fixa uma boa opção para investidores iniciantes. Se você está começando no mundo dos investimentos, vale a pena se aprofundar nessa classe de ativos para depois dar saltos maiores.

Com ela, fica mais fácil planejar e alcançar uma meta, já que você tem muito mais controle da situação em comparação com outras modalidades de investimento. Por exemplo, se o você investe em um título com juros prefixados de 10% ao ano, no vencimento, você irá receber a remuneração combinada. Não tem surpresas.

Dentro da renda fixa, existem variados tipos de títulos. Conheceremos todos eles ao longo deste artigo. Assim, você poderá escolher com tranquilidade os que mais correspondem aos seus objetivos.

Alguns dos mais conhecidos são CDB, LCI/LCA, Tesouro Direto e a famosa (e pouco rentável) poupança. Existem títulos públicos e privados, além de pré e pós-fixados. E você irá entender suas características a seguir.

Porém, se você já sabe que a renda fixa é para você, clique aqui para fazer uma simulação com a Dayane, o nosso simulador de investimentos, e descobrir qual título é o ideal para você.

Como funciona?

Investir em renda fixa significa comprar o título de uma dívida. Na prática, você empresta o seu dinheiro ao emissor do título, que lhe pagará juros por isso. A taxa de rendimento e o prazo de vencimento são acordados no momento do investimento.

O emissor do título utiliza o dinheiro para pagar dívidas, realizar projetos, financiar obras, tudo isso nos mais variados setores, como o agronegócio e o mercado imobiliário

Já você, investidor, só precisa esperar chegar a hora de embolsar o seu lucro. E de quebra ainda apoia o desenvolvimento de áreas importantes para a nossa economia.

A segurança também é uma marca muito importante da renda fixa. Não apenas pela previsibilidade da rentabilidade, mas também por conta do Fundo Garantidor de Créditos, o FGC.

Esta entidade mantém a segurança das aplicações de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira ao ano. O valor máximo para investimentos com o mesmo CPF em bancos diferentes é de R$ 1 milhão em 4 anos seguidos. Sendo assim, caso você queira investir R$ 500 mil, o ideal é dividir entre pelo menos duas instituições financeiras.

É preciso que um caos econômico assole o país para que essa garantia não funcione, o que nunca ocorreu. Mas é importante saber que nem todos os títulos da renda fixa tem garantia do FGC, como é o caso de CRI, CRA, debêntures e fundos de renda fixa.

Além de FGC, existem outras siglas e termos que você também deve conhecer para entender tudo sobre renda fixa. São elas:

  • IPCA:  o indicador oficial que mede a inflação no Brasil.
  • SELIC:  a taxa básica de juros da economia brasileira.
  • CDI: a taxa que lastreia as operações entre bancos e costuma ficar sempre próxima à Selic.

E por que você precisa saber o que essas siglas significam? O motivo é que, em muitos casos, elas que vão ditar quanto você irá ganhar com o seu investimento de renda fixa. Muitos títulos tem sua rentabilidade atrelada a um desses indicadores.

Principais investimentos

A renda fixa conta com diversos tipos de títulos e você precisa estar atento a cada uma de suas especificações para fazer uma boa escolha ou até mesmo combinar várias opções em uma carteira diversificada para objetivos variados. Vamos as explicações:

Primeiramente, você precisa ter em vista que os investimentos de renda fixa são divididos entre prefixados, pós-fixados ou híbridos.

Os títulos prefixados tem uma rentabilidade pré-determinada. Por exemplo, se você optar por um título com rentabilidade de 11% ao ano, no vencimento, o seu retorno será exatamente esse. Nenhuma variável econômica irá interferir no seu lucro. Este é o investimento em renda fixa mais seguro e previsível que existe.

Já os títulos pós-fixados têm sua rentabilidade atrelada a indicadores econômicos, principalmente o CDI, a Selic e o IPCA, que vimos as definições acima. Isso quer dizer que o seu investimento vai render de acordo com o indicador ou um percentual dessa taxa, como 100% do CDI, por exemplo.

Neste caso, não é possível saber a rentabilidade com tanta precisão, já que os indicadores podem oscilar tanto para cima quanto para baixo. Contudo, eles podem ser estimados por meio de análises econômicas. É o caso da Selic, que está em um ciclo de alta e deve permanecer em patamares elevados por mais tempo.

Por fim, os títulos híbridos combinam os atributos dos dois tipos anteriores. Uma parte do rendimento é fixa e a outra é pré-fixada. É um tipo de investimento que protege o seu patrimônio da inflação e ainda garante um lucro certo.

Agora, vamos conhecer os diferentes tipos de produtos que se enquadram nessa modalidade de investimento:

Tesouro Direto – Este é um título emitido pelo governo, por isso, tem risco soberano. Existe o Tesouro prefixado, atrelado ao IPCA e à Selic.  Os recursos captados são utilizados para o desenvolvimento da educação, saúde e infraestrutura do país.

CDB – o Certificado de Depósito Bancário é um dos investimentos mais conhecidos desta categoria. Como o nome sugere, é emitido por bancos. Sua rentabilidade costuma ser atrelada ao CDI ou ao IPCA e bancos pequenos e médios costumam oferecer taxas mais atrativas, como é o caso do Daycoval. Além disso, quanto mais longo o prazo de vencimento, maior a taxa de rentabilidade.

LCI/LCA – Estas siglas significam Letra de Crédito Imobiliária e Letra de Crédito do Agronegócio. Assim como os CDB, estes títulos também são emitidos por bancos. Além de ser uma ótima alternativa para quem quer investir no agronegócio e no mercado imobiliário, as LCIs e LCAs tem a excelente vantagem de serem isentas de imposto de renda.

Debêntures – Emitidos por empresas, esses títulos captam recursos para financiar projetos e pagar dívidas. Com a alta dos juros, esse tipo de investimento pode ser menos atrativo por conta da relação segurança-rentabilidade, já que, mesmo oferecendo boas taxas, não contam com a garantia do FGC.

Letras de Câmbio (LC) – Com rentabilidades (e também riscos) mais altas, as Letras de Câmbio são parecidas com os CDBs, mas são emitidas por instituições financeiras de pequeno porte. Este título é garantido pelo FGC.

Letras Financeiras (LF) – Nos mesmos moldes das LCs, as LFs também servem para financiar projetos dos emissores. A principal diferença é que este tipo de título tem vencimento mínimo de 2 anos.

CRI/CRA – O Certificado de Recebíveis Imobiliários e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio não são tão conhecidos como outros títulos. Emitidos por securitizadoras, costumam apresentar alta taxa de rentabilidade. Porém, não contam com a cobertura do FGC e são voltados para investidores com perfil arrojado.

Poupança – Muito conhecida pela população em geral, a poupança também é um investimento de renda fixa. Porém, por conta de seu baixo rendimento, ela é pouco interessante em comparação com outros investimentos com liquidez diária, tão seguros quanto e com melhor rentabilidade, principalmente em cenário de juros altos.

Quanto rende?

O rendimento da renda fixa, apesar de previsível, pode não ser exatamente fixo. Isso porque, em produtos pós-fixados, ele varia de acordo com o seu indexador, que, como vimos, pode ser o CDI, o IPCA ou a Selic.

Por exemplo, quem investe em um título atrelado ao CDI ou a Selic tem o valor da sua rentabilidade alterada a cada reunião do Copom, quando a taxa básica de juros é ajustada (caso haja ajuste).

Como escolher um investimento de renda fixa?

A escolha de qualquer investimento passa obrigatoriamente pela definição de objetivos. E com a renda fixa não é diferente. Você precisa saber para que o dinheiro será usado, em quanto tempo e o risco que está disposto a correr.

Se o seu objetivo, por exemplo, for formar uma reserva de emergência, sem dúvida, a melhor opção é um título com liquidez diária. Já se você pretende usar o dinheiro para fazer uma viagem em 3 anos, pode optar por uma aplicação com prazo mais longo e rentabilidade maior.

Com as definições em mãos, você pode ir atrás de títulos que preencham os requisitos almejados. Uma dica é contar com a ajuda de simuladores de investimento. Aqui no Daycoval, a Dayane, nosso robô de investimentos, te ajuda a montar uma carteira com os títulos ideias para você.

Vantagens da renda fixa

Segurança é o ponto forte da renda fixa, já que a maioria dos produtos conta com a garantia do FGC. Mas este não é o único atributo dessa modalidade de investimento. Confira a lista:

Rentabilidade: a renda fixa pode proporcionar bons rendimentos, principalmente quando os juros estão elevados. Atualmente, a rentabilidade pode ultrapassar 1% ao mês, o que é um ótimo retorno, tendo em vista a segurança desse tipo de investimento.

Liquidez diária: existem opções na quais é possível sacar o dinheiro a qualquer momento. Perfeito para a reserva de emergência.

Diversificação: investir em renda fixa não significa colocar o seu dinheiro todo em um mesmo produto. Você pode diversificar para mais de um objetivo, contando com opções de diferentes prazos, rentabilidade e até mesmo risco.

Praticidade: é muito fácil investir em renda fixa. O processo é 100% online e intuitivo.

Isenção de impostos: alguns títulos são isentos de impostos, como LCI e LCA, o que contribui para o aumento do retorno.

Para todos: É possível começar a investir em renda fixa com apenas R$ 30,00.

Desvantagens da renda fixa

Taxas: IOF, IR e taxa de custódia estão entre as taxas que podem incidir em títulos de renda fixa e reduzir o rendimento.

Carência: em aplicações que têm prazo de carência, não é possível solicitar resgate antecipado e, caso seja necessário, pode ser aplicada uma multa.

Variação: em algumas situações, caso você não espere o vencimento, pode ficar sujeito à variação do preço do título no mercado secundário e perder dinheiro.

Custos para investir em renda fixa

Conhecer os custos dos investimentos é um ponto muito importante. Afinal, eles saem do seu rendimento. Veja quais são os tributos e taxas cobrados na renda fixa:

IOF – O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) só é cobrado em aplicações que sejam liquidadas dentro dos primeiros 30 dias. Por isso, é interessante esperar este período para fazer o resgate sem pagar essa taxa.

IR – O Imposto de Renda também é um incentivo para você deixar o dinheiro aplicado pelo maior tempo possível, pois sua tabela é regressiva na renda fixa. Confira:

O pagamento do imposto é descontado pela instituição no momento do resgate. É o chamado rendimento líquido.  Também é fornecido um informe de rendimentos especificando os valores que devem ser mencionados na sua declaração de Imposto de Renda. 

Taxa de custódia – Com valor anual de 0,25%, esta taxa é cobrada pela BM&F Bovespa apenas no Tesouro Direto, com o objetivo de proteger os dados do investidor e armazenar os títulos.

Como investir em renda fixa?

Começar a investir em renda fixa é muito fácil e está ao alcance de qualquer um. Confira o passo a passo:

  • Escolha uma instituição financeira de confiança e abra sua conta. Aqui no Daycoval você investe com uma instituição que tem mais de 50 anos de história e é reconhecida pela oferta variada de produtos e taxas atrativas na renda fixa. Abra sua conta.
  • Envie o dinheiro para a conta da instituição, o que normalmente é feito por TED de mesma titularidade.
  • Selecione os produtos com características que atendam aos seus objetivos. Clique em renda fixa e verifique as opções se atentando ao vencimento, carência, rentabilidade e aporte mínimo. Não esqueça que você pode contar com a ajuda da Dayane, nosso robô de investimentos, para fazer uma simulação e descobrir o mix de produtos ideal para você.
  • Invista nos produtos escolhidos especificando a quantia desejada e finalizando com sua assinatura eletrônica.

É seguro investir em Renda Fixa?

Investir em renda fixa é considerado seguro, especialmente quando comparado a investimentos de renda variável, como as ações.

Isso porque os títulos de renda fixa oferecem retornos mais previsíveis e, muitas vezes, são garantidos por órgãos governamentais ou instituições financeiras, como o FGI.

No entanto, é muito importante escolher em quais tipos de títulos investir, sempre considerando a solidez da instituição emissora, as condições econômicas e o seu perfil de investidor.

O que são fundos de investimento em renda fixa?

Os fundos de investimento em renda fixa reúnem o dinheiro de vários investidores para comprar diversos tipos de títulos de renda fixa.

Eles são gerenciados por profissionais financeiros e oferecem diversificação, liquidez e a expertise de gestores experientes.

Isso os torna uma opção conveniente para quem deseja se beneficiar da renda fixa sem gerenciar diretamente seus investimentos.

Por que Selic e CDI influenciam a renda fixa?

A Selic, a taxa básica de juros do Brasil, e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que caminha sempre próximo à Selic, são indicadores-chave na renda fixa. Afinal, muitos títulos têm seus rendimentos atrelados a essas taxas.

Quando a Selic ou o CDI sobem, os investimentos em renda fixa também tendem a se valorizar, tornando-os muitas vezes mais atrativos em relação a outras opções de investimento.

Por que a inflação influencia a renda fixa?

A inflação é a variação contínua dos preços dos bens e serviços em uma economia. Além de afetar a rentabilidade das aplicações financeiras, ela também interfere no seu poder de compra.

Isso acontece porque a inflação representa a deterioração do valor do dinheiro ao longo do tempo, visto que uma certa quantia atual não será suficiente para pagar as mesmas despesas no futuro.

Ao investir, é muito importante compreender qual é o retorno real de determinada aplicação, ou seja, descontada a inflação.

Com a inflação alta, o valor real dos retornos dos investimentos tende a diminuir. Por isso, é essencial considerar a relação entre as taxas de juros oferecidas pelos títulos de renda fixa e a taxa de inflação.

Por exemplo, se uma aplicação paga juros de 10% ao ano, mas a inflação no período é de 4%, o ganho real será de 6%.

Outro ponto é que existem investimentos atrelados diretamente à inflação. Os títulos que acompanham o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o medidor oficial da inflação no país, são imprescindíveis para proteger o seu poder de compra e garantir uma rentabilidade acima da inflação.

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