No mundo dos investimentos, a busca por opções que ofereçam segurança e um bom retorno é muito frequente.
Entre as diversas alternativas disponíveis, os investimentos em renda fixa ganham destaque pela estabilidade e previsibilidade.
Segundos dados da B3, o número de pessoas físicas que operam renda fixa na bolsa cresceu 59,4% em cerca de um ano e meio, para 15,3 milhões, no primeiro trimestre deste ano.
Mas entre tantas opções de investimento em renda fixa, quais seriam as melhores?
É exatamente sobre isso que iremos falar neste artigo. Você vai saber quais são as características dessa modalidade de investimento, quais são as principais aplicações e como escolher a melhor alternativa. Boa leitura!
Sumário
Toggle- O que é a renda fixa?
- Como funciona o investimento em renda fixa?
- O que é o rendimento líquido na renda fixa?
- O que é o rendimento real na renda fixa?
- Qual é a rentabilidade e o rendimento da renda fixa?
- Os principais tipos de investimentos em renda fixa: confira
- Qual o melhor investimento em renda fixa hoje?
- Conclusão
O que é a renda fixa?
A renda fixa é uma categoria de investimento na qual o investidor empresta dinheiro a um emissor, que pode ser o governo, instituições financeiras ou empresas. Em troca, ele recebe juros ao longo do tempo.
Esses investimentos se destacam pela segurança e pelo retorno previsível, uma vez que as regras de remuneração são definidas previamente.
Essa é a principal diferença em relação à renda variável, na qual diversos fatores tornam o retorno do investimento imprevisível, como as oscilações do mercado de ações, por exemplo.
A previsibilidade e a baixa complexidade da renda fixa a tornam uma boa opção para investidores iniciantes.
Se você está começando no mundo dos investimentos, vale a pena se aprofundar nessa classe de ativos para depois desbravar opções mais arriscadas.
Na renda fixa, fica mais fácil planejar e alcançar um objetivo financeiro, uma vez que você tem muito mais controle da situação em comparação com outras modalidades de investimento.
Por exemplo, se você investe em um título com juros prefixados de 13% ao ano, no vencimento, você irá receber a remuneração combinada. Não tem surpresas.
Como funciona o investimento em renda fixa?
Investir em renda fixa significa comprar o título de uma dívida. Na prática, você empresta o seu dinheiro ao emissor do título, que lhe pagará juros por isso.
A taxa de rendimento e o prazo de vencimento são acordados no momento do investimento.
Dentro dessa classe de ativos, existe uma variedade de tipos de títulos, como veremos mais adiante. Alguns dos mais conhecidos são CDB, LCI/LCA e o Tesouro Direto.
Existem títulos públicos e privados, além de prefixados, pós-fixados e híbridos, os quais você pode conhecer um pouco mais neste vídeo aqui:
A segurança também é um fator muito importante da renda fixa. Não só pela previsibilidade da rentabilidade, mas também por conta do Fundo Garantidor de Créditos, o FGC.
Esta entidade garante as aplicações de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira.
O valor máximo garantido para investimentos com o mesmo CPF em bancos diferentes é de R$ 1 milhão em 4 anos seguidos.
Contudo, vale saber que nem todos os títulos da renda fixa tem garantia do FGC, como é o caso de CRI, CRA, debêntures e fundos de renda fixa.
O que é o rendimento líquido na renda fixa?
O rendimento líquido na renda fixa se refere ao retorno após a dedução de taxas, impostos e descontos.
Isso representa o valor final que o você receberá em mãos no momento do resgate.
É importante ter em mente que esses valores podem variar de acordo com o tipo de investimento e as características do mercado financeiro.
Uma LCI, por exemplo, é isenta de Imposto de Renda. Mas isso não significa necessariamente que sua rentabilidade líquida será sempre maior do que um investimento tributado.
Sendo assim, é essencial que, na hora de investir, você considere não apenas a rentabilidade bruta da aplicação, mas também o rendimento líquido, que é o que de fato impactará a performance da sua carteira e o crescimento do seu patrimônio.
O que é o rendimento real na renda fixa?
O rendimento real de uma aplicação desconta a inflação durante o período do investimento. Para calculá-lo, basta deduzir o IPCA, que é o medidor oficial da inflação no país, da rentabilidade líquida de um ativo.
Assim, o retorno em questão é ajustado ao poder de compra atual, proporcionando uma perspectiva mais precisa da performance da aplicação.
Garantir que o seu investimento esteja rendendo acima da inflação é uma forma de proteger o seu patrimônio e poder de compra.
Dessa forma, especialmente no longo prazo, é imprescindível que você considere o rendimento real do investimento para obter ganhos verdadeiros.
Qual é a rentabilidade e o rendimento da renda fixa?
A rentabilidade da renda fixa varia de acordo com o tipo de investimento escolhido e as condições do mercado.
Normalmente, os títulos oferecem retornos mais estáveis em comparação com outras opções.
Também podemos dizer que, de forma geral, os investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos quando a Selic, a taxa básica de juros, está elevada, uma vez que esse indicador influencia o valor do CDI, que é um dos principais indexadores dessa classe de ativos.
Em suma, os investimentos de renda fixa mais atrativos são os que pagam uma porcentagem maior do CDI, como o CDB Daycoval 107% do CDI com liquidez diária.
Os principais tipos de investimentos em renda fixa: confira
1. Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa do governo que permite a compra de títulos públicos. Com diferentes tipos, como Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, é uma opção considerada segura e acessível para diversos perfis de investidores.
Na prática, ao investir em um título do tesouro, é como se você estivesse emprestando dinheiro para o governo para receber juros.
2. CDB (Certificados de Depósito Bancário)
Os CDBs são emitidos por bancos com a finalidade de captar recursos. O investidor empresta dinheiro ao banco e recebe juros sobre o montante investido.
A taxa de retorno pode variar de acordo com o prazo e a instituição emissora. Além disso, os CDBs contam com a proteção do FGC e são muito seguros.
3. Debêntures
As debêntures são títulos emitidos por empresas para financiar seus projetos e operações. Quem investe em debêntures empresta dinheiro a uma empresa em troca de juros.
Essa é uma forma prática de investir no mercado corporativo sem se expor às oscilações da renda variável.
4. Fundos de renda fixa
Os fundos de renda fixa reúnem diversos ativos dessa categoria, como títulos públicos e privados.
Eles oferecem diversificação e gestão profissional para os investidores, sendo uma excelente opção para quem busca comodidade e não deseja administrar os investimentos diretamente.
5. LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e do Agronegócio)
Esses são títulos de crédito emitidos por instituições financeiras, destinados a financiar setores específicos, como o agronegócio (LCA) e o mercado imobiliário (LCI).
Além de serem uma ótima alternativa para quem quer investir no agronegócio e no mercado imobiliário, as LCIs e LCAs têm a excelente vantagem de serem isentas de Imposto de Renda.
6. CRI e CRA (Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio)
Esses títulos representam créditos originados de negócios imobiliários ou agrícolas e são uma forma de investir nesses setores.
Eles oferecem uma oportunidade de exposição a mercados específicos, diversificando ainda mais a carteira de investimentos.
Os papéis não são emitidos por bancos, como no caso das LCIs e LCAs, e sim por securitizadoras.
De forma prática, a securitização é um mecanismo que converte créditos a receber de empresas em papéis que podem ser comprados por investidores.
Qual o melhor investimento em renda fixa hoje?
A escolha do melhor investimento em renda fixa depende do perfil do investidor, objetivos financeiros e cenário econômico. Sendo assim, não existe um único investimento ideal.
Avaliar taxas, prazos e riscos é crucial para tomar decisões informadas. Contudo, considerando o contexto atual da economia, em que a política monetária contracionista do Banco Central começou a surtir efeito e resultou no arrefecimento da inflação, iniciando uma reversão no rumo dos juros, os papéis prefixados ganham destaque e oferecem a oportunidade de obter bons retornos, sem deixar de lado a diversificação e o bom gerenciamento de risco.
Outro tipo de investimento que também é recomendado para o momento são os títulos atrelados à inflação.
Isso porque eles sempre devem estar presentes na carteira com o objetivo de garantir um retorno real para o investidor.
Ainda que o IPCA venha apresentando quedas ao longo do ano, a inflação faz parte da nossa história e alterna entre movimentos de altas e baixas, ou seja, mais cedo ou mais tarde, ela voltará a subir.
Ainda que alguns investimentos sejam mais recomendados para determinados momentos, em qualquer cenário, a diversificação é uma das chaves para o sucesso financeiro.
Por isso, invista em diferentes tipos de ativos para balancear o risco da sua carteira e capturar boas oportunidades.
Aqui no Daycoval, você encontra um portfólio completo com os mais variados tipos de investimentos para você compor a carteira ideal em qualquer cenário econômico e seja qual for o seu perfil de investidor. Abra sua conta e invista!
Conclusão
Investir em renda fixa é uma estratégia sólida para quem busca segurança e previsibilidade nos investimentos.
Com várias opções disponíveis, cada investidor pode escolher aquelas que melhor se alinham às suas metas financeiras e que performem melhor no atual cenário econômico.
Lembre-se de sempre analisar cuidadosamente as alternativas e, se necessário, contar com orientação especializada. Bons investimentos!